A morte de Arlon Henrique Barbosa, de 51 anos, em Senador Firmino, na Zona da Mata, gerou revolta e indignação entre familiares, que afirmam não terem sido informados do falecimento e que o pedreiro foi enterrado em menos de 48 horas após o crime. Arlon foi assassinado um dia antes de completar 52 anos, no final de semana. Arlon, natural de São Paulo, era pedreiro, integrava uma família com 16 irmãos, deixou quatro filhos — a mais nova com 8 anos — e quatro netos. Ele havia viajado para Minas Gerais a trabalho, contratado por um homem de São Paulo para reformar justamente a casa onde acabou sendo assassinado.
Segundo uma das irmãs, Arlon chegou a enviar um vídeo na sexta-feira, um dia antes de morrer, mostrando onde estava hospedado. “Ele foi trabalhar e todos sabiam quem ele era. Mesmo assim, a família só ficou sabendo através da reportagem da reportagem do CORREIO DE MINAS depois que ele já tinha sido enterrado. Não fomos informados de nada. Morreu no sábado e foi enterrado em menos de dois dias. Queremos entender o desfecho da história. A família está indignada. Vamos acionar a Justiça. Não sabeos da identificação de seu túmulo. O que nos intriga é porque não fomos acionados e mesmo assim ele foi epultado sem o conhecimento da família”, desabafou. “E quanto ao assassinato, descobrimos como foi o ocorrido pelo jornal, mas a informação do assassinato veio por uma ligação, de um conhecido a uma de suas irmãs”, completou.
Como ocorreu o crime
Inicialmente, os moradores afirmaram que a vítima teria caído de um andaime. Entretanto, durante depoimentos, ambos entraram em contradição. O homem de 32 anos acabou confessando que, após uma noite de consumo de bebida alcoólica, iniciou uma discussão com Arlon por motivo financeiro. A briga evoluiu para luta corporal e, segundo ele, terminou quando utilizou um cabo de enxada para agredir o pedreiro, que morreu no local.A perícia realizou os trabalhos no imóvel, e o corpo foi encaminhado ao IML. Os dois homens — o agressor de 32 anos e o outro morador, de 48 — foram presos e levados para a Delegacia de Plantão em Ubá.
Enterrado sem aviso à família
A maior revolta da família é que Arlon, identificado e com vínculos claros, teria sido sepultado como indigente no cemitério de Senador Firmino. Os parentes alegam que não receberam ligação de nenhuma autoridade e só descobriram o que havia acontecido após o enterro. A família agora busca esclarecimentos sobre a condução do caso e afirma que tomará medidas judiciais. A PCMG investiga o caso.



