Governo admitiu que o investimento foi adquirido em maio/2024 seguindo os procedimentos legais da Resolução CMN nº 4.963/2021, na Portaria MTP nº 1.467/2022 e na lista de instituições autorizadas pela Secretaria de Previdência.
A PREVCON afirma estar monitorando de perto os desdobramentos da liquidação e diz que o ativo não compromete a meta de rentabilidade e não coloca o patrimônio em risco.
Mas na prática, especialistas alertam: a situação é grave.
Congonhas entre os municípios mais expostos
A queda do Banco Master acendeu um alerta nacional. Dados do Ministério da Previdência mostram que 18 fundos estaduais e municipais tinham juntos R$ 1,86 bilhão aplicados na instituição. Congonhas está na lista — e a cifra de R$ 14 milhões preocupa servidores e aposentados.
Diferentemente de aplicações tradicionais, essas letras financeiras NÃO são cobertas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Ou seja:
👉 se o banco quebrou, o dinheiro entra na fila de credores
👉 não há garantia de recuperação total — ou sequer parcial
A aplicação foi realizada no período em que o então presidente da PREVCON era Wellington José Avelar da Silva Oliveira Motta, conhecido como “Totozinho”, durante o governo do ex-prefeito Cláudio Dinho.
Crise no Master: prisão, bloqueio de bens e colapso financeiro
A situação explodiu após quatro acontecimentos:
✔️ Liquidação extrajudicial decretada pelo Banco Central
✔️ Prisão de Daniel Vorcaro, controlador do Master, em operação da Polícia Federal
✔️ Indisponibilidade dos bens de ex-administradores
✔️ Fracasso das tentativas de compra e reestruturação
Entre outubro de 2023 e dezembro de 2024, o banco intensificou a emissão dessas letras, captando R$ 2,1 bilhões — hoje, dinheiro na corda bamba.



