Cidade brasileira começou a cobrar R$ 15 por pessoa/dia na Taxa de Conservação Ambiental. A cobrança vale para brasileiros e estrangeiros.
Um “cenário de outro planeta” que agora tem preço para preservar o que encanta! Águas tão transparentes que parecem filtradas à mão, grutas que lembram cenários cinematográficos e rios que transformam um simples mergulho em experiência sensorial: Bonito, no Mato Grosso do Sul, vive há anos sob a pressão de um turismo intenso.
E, a partir de 20 de dezembro de 2025, o município passou a colocar essa demanda na ponta do lápis com a cobrança de uma taxa diária por visitante — medida que, segundo a Prefeitura, busca blindar o patrimônio natural que sustenta a fama do destino.
O que mudou em Bonito: começou a valer a Taxa de Conservação Ambiental
A Prefeitura de Bonito oficializou o início da cobrança da Taxa de Conservação Ambiental (TCA) em 20 de dezembro de 2025, com valor de R$ 15 por pessoa/dia.
A regra vale tanto para turistas brasileiros quanto para estrangeiros e foi apresentada como um mecanismo para financiar ações ambientais essenciais, com impacto direto na manutenção e proteção dos recursos naturais do município, como rios, nascentes e cavernas — justamente os atrativos que sustentam o turismo local.
Em posicionamento publicado em canal oficial, a administração municipal afirmou que a TCA foi criada para “fortalecer as políticas públicas de preservação ambiental”, com foco em manutenção, recuperação e proteção das áreas naturais que suportam a visitação e a reputação do destino.
Quem paga e quem fica isento da taxa de R$ 15 por dia
A cobrança é aplicada por pessoa/dia e não diferencia nacionalidade: brasileiros e estrangeiros entram na mesma regra. Ao mesmo tempo, a política de isenções busca preservar a dinâmica local e evitar que a taxa recaia sobre quem vive ou trabalha na cidade.
Ficam isentos moradores de Bonito, trabalhadores e prestadores de serviço que atuam no município e crianças menores de 7 anos.
A Prefeitura informou que não é exigido cadastro prévio para garantir a isenção, mas pode haver solicitação de documentação comprobatória em fiscalizações.
Como funciona a cobrança e o que o visitante precisa fazer
O pagamento da TCA deve ser feito exclusivamente por um portal indicado pelo município, no qual o visitante informa os dados do grupo e registra o período de permanência.
O sistema calcula o valor total conforme os dias em que houver visitação a atrativos, e o processo gera vouchers digitais associados à viagem.
Na prática, o objetivo é criar rastreabilidade e permitir que a cobrança seja integrada ao fluxo turístico regular, reduzindo improvisos e dando previsibilidade tanto para o visitante quanto para o setor local.
Seguro obrigatório incluído: o que a tarifa cobre e quando há reembolso
Um dos pontos centrais da taxa é a contrapartida embutida no valor: o pagamento dá acesso a um Seguro Obrigatório válido durante toda a permanência em Bonito. A cobertura inclui morte acidental e invalidez permanente total ou parcial, além de auxílio-funeral.
O pacote também prevê reembolso de hospedagem para acompanhante em caso de acidente em atrativos licenciados, desde que atendidas as exigências de comprovação e respeitado o limite estabelecido.
A proposta, segundo a comunicação institucional, é que o visitante tenha respaldo financeiro e assistência em situações críticas, especialmente em um destino em que a experiência turística envolve natureza, trilhas e atividades aquáticas.
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Além disso, há Assistência Médica Pré-Hospitalar, com equipe e ambulância disponíveis diariamente em janela operacional definida, com transporte imediato para o hospital do município em caso de necessidade.
A Prefeitura descreve esse atendimento como suporte de urgência fora do ambiente hospitalar, com estrutura voltada a responder rapidamente a ocorrências durante passeios credenciados.
Para onde vai o dinheiro: preservação ambiental, limpeza e infraestrutura turística
A justificativa da TCA se apoia no argumento de que o alto fluxo turístico aumenta custos permanentes e exige manutenção contínua.
A Prefeitura indicou que a arrecadação tem destinação vinculada e obrigatória para ações ambientais, incluindo gestão de resíduos sólidos, ampliação de coleta seletiva, melhorias operacionais e aquisição de equipamentos e veículos voltados ao serviço urbano e rural.
Na leitura do município, o modelo busca proteger a base do turismo de Bonito — o ambiente natural — e, ao mesmo tempo, sustentar a qualidade da experiência, reduzindo o desgaste típico de destinos com demanda constante ao longo do ano.
Críticas e receio: taxa virou alvo de debate
Mesmo com a explicação oficial, a cobrança abriu um novo flanco de discussão. Para parte do público, Bonito já figura entre os destinos mais caros do Brasil, sobretudo pelo custo de passeios voltados ao contato com a natureza.
Nesse contexto, a taxa diária é vista como um adicional que pode elevar ainda mais a conta final da viagem.
Ao mesmo tempo, há quem defenda que o valor funciona como um mecanismo de sustentabilidade: quem visita ajuda a financiar diretamente a conservação do que veio procurar.
A própria Prefeitura cita que a cobrança de taxas ambientais já é adotada em outros destinos turísticos sensíveis do país, como forma de equilibrar conservação, infraestrutura e pressão de visitantes.
Como economizar sem perder a essência da viagem
Para quem quer manter o orçamento sob controle, a estratégia mais eficiente continua sendo montar um roteiro com experiências variadas, evitando repetir atividades similares em dias consecutivos.
Em Bonito, onde a taxa incide por pessoa/dia conforme os dias de visitação em atrativos, um planejamento inteligente pode ajudar a reduzir gastos totais sem abrir mão do que torna o destino único.




