×

Sem dinheiro para construir, veja como financiar terreno e construção pela Caixa, usar Minha Casa Minha Vida, aportar só 20%, planejar o projeto certo e evitar obras paradas com segurança

Sem dinheiro guardado, entender como financiar terreno e construção pela Caixa com construção financiada é o primeiro passo para usar Minha Casa Minha Vida, combinar construção em terreno próprio, aportar só 20 por cento e evitar obras paradas com planejamento técnico desde o início do projeto aprovado pelo banco antes.

Em 2024, com os imóveis mais caros e a construção civil pressionada, muita gente descobre que dá para financiar terreno e construção pela Caixa usando construção financiada, combinando o programa Minha Casa Minha Vida e planejamento de crédito, em vez de depender apenas de reservas próprias e arriscar começar a obra sem fôlego financeiro.

A lógica do modelo 80 por cento banco e 20 por cento cliente muda a cultura da obra: primeiro aprova-se o crédito, define-se se será construção em terreno próprio ou aquisição de terreno e construção e só depois se projeta a casa, justamente para evitar projetos irreais e obras paradas poucos meses após o início, quando o dinheiro acaba.

Por que começar pelo crédito antes do terreno

O ponto de partida da construção financiada é simples e técnico: antes de procurar terreno, o futuro proprietário precisa saber quanto o banco está disposto a liberar de financiamento.

Na Caixa, a análise considera renda familiar e limite de comprometimento da prestação, em geral até cerca de 30 por cento da renda bruta mensal, o que define o teto real de investimento.

Esse valor máximo engloba tudo que o banco enxerga como imóvel, isto é, soma de terreno mais custo de construção.

Quando o cliente tenta financiar terreno e construção pela Caixa sem esse diagnóstico prévio, o risco é projetar uma casa maior do que o orçamento comporta, estourar o custo e gerar obras paradas por falta de caixa.

A construção financiada inverte a lógica: primeiro vem o limite financeiro, depois o sonho arquitetônico se adapta a ele.

Ao saber que, por exemplo, o conjunto terreno mais casa deve caber em 300 mil reais, o comprador consegue buscar lotes compatíveis, dimensionar metragem da casa, padrão de acabamento e cronograma sem surpresas.

Essa disciplina financeira é o antídoto direto contra obras paradas e contra o hábito de começar a construir contando apenas com dinheiro que ainda não existe.

Modalidades para financiar terreno e construção pela Caixa

Quem decide financiar terreno e construção pela Caixa encontra duas modalidades principais dentro da construção financiada.

A primeira é o financiamento de aquisição de terreno e construção, pensado para quem ainda não tem lote.

Nesse formato, um único processo de crédito cobre a compra do terreno e a construção da casa, amarrando tudo em um mesmo contrato.

A segunda modalidade é a construção em terreno próprio, voltada a quem já possui o lote regularizado e quer financiar apenas a obra.

Em ambos os casos, a Caixa assume o papel de principal banco de construção financiada em nível nacional, com taxas de juros e regras específicas para esse tipo de operação.

Escolher corretamente entre aquisição de terreno e construção e construção em terreno próprio evita retrabalho de projeto, documentação e atrasos na liberação do financiamento.

Na prática, a escolha da modalidade impacta todo o fluxo: prazos de análise, tipo de avaliação do imóvel, exigências de documentação e forma como o banco calcula o limite de crédito.

Por isso, antes de avançar, é essencial alinhar com o correspondente Caixa qual modalidade traduz melhor o plano da família e qual estrutura de construção financiada faz mais sentido para não pressionar o orçamento mensal.

Minha Casa Minha Vida dentro da construção financiada

YouTube Video

Dentro dessa estrutura de construção financiada, o programa Minha Casa Minha Vida abre uma frente relevante para famílias com renda bruta de até 8 mil reais e imóveis de até 350 mil reais.

O mesmo programa que financia casa pronta também pode ser usado para financiar terreno e construção pela Caixa, inclusive para obras ainda não iniciadas, desde que o valor total se encaixe no teto do programa.

Isso significa que, ao encaixar o projeto dentro dos 350 mil reais, o cliente pode acessar subsídios, juros reduzidos e condições mais suaves de entrada, o que reforça a segurança do fluxo de caixa.

Usar Minha Casa Minha Vida na construção em terreno próprio ou na aquisição de terreno e construção, quando possível, reduz o peso da parcela e diminui o risco de obras paradas por falta de dinheiro no meio do caminho.

Para quem tem renda em torno de 5 mil reais, por exemplo, a combinação de Minha Casa Minha Vida com construção financiada permite alcançar valores de financiamento próximos ou acima de 200 mil reais, o que viabiliza uma casa bem dimensionada dentro do limite, sem depender de improvisos ou empréstimos de última hora.

Entendendo o 80 por cento do banco e os 20 por cento de entrada

Na visão da Caixa, o imóvel é sempre a soma do valor do terreno com o custo da construção.

Se o terreno vale 100 mil reais e a obra está orçada em 400 mil reais, o imóvel total é de 500 mil reais.

Se a renda do comprador comporta, o banco financia até 80 por cento desse valor, ou seja, 400 mil reais, e o cliente precisa aportar os outros 20 por cento.

No caso da aquisição de terreno e construção, ao financiar terreno e construção pela Caixa, o comprador firma um contrato de promessa de compra e venda com o dono do lote, combinando que 20 por cento do valor serão pagos como entrada e os 80 por cento restantes virão do financiamento após a assinatura do contrato definitivo.

Essa estrutura 80 por cento banco e 20 por cento cliente é a base da construção financiada e precisa ser planejada no orçamento desde o início.

Em muitos casos, o vendedor aceita parcelar a entrada de 20 por cento ao longo de alguns meses, até a liberação do crédito.

Paralelamente, o consumidor precisa considerar custos adicionais como imposto de transmissão, ou ITBI, que costuma variar entre 0,5 e 3 por cento do valor do terreno, além de taxas de cartório e registros. Ignorar esses itens é um atalho para estourar o orçamento e ver obras paradas por falta de recursos para a documentação.

Projetos, prefeitura e segurança jurídica antes da obra

Depois de aprovado o crédito e escolhido o terreno, começa a etapa técnica de projeto.

O cliente contrata arquiteto e engenheiro para desenvolver projeto arquitetônico, estrutural, elétrico e hidrossanitário, todos necessários para a construção em terreno próprio ou para a modalidade de aquisição de terreno e construção.

Esses gastos iniciais saem do bolso do cliente e só mais tarde são reembolsados pelo financiamento, o que exige reserva planejada.

Com os projetos concluídos, é preciso aprová-los na prefeitura, obter alvará de construção e, em seguida, encaminhar a documentação para a Caixa.

Somente após a aprovação do banco e a assinatura do contrato de financiamento, o documento é levado ao cartório para registro na matrícula.

Nesse momento, o imóvel passa à propriedade do comprador, mas fica alienado à Caixa como garantia do crédito.

Essa sequência vale tanto para quem escolhe construção em terreno próprio quanto para quem opta por financiar terreno e construção pela Caixa.

Pular etapas, iniciar a obra sem alvará ou sem registro e tentar encaixar tudo depois é uma das formas mais rápidas de travar liberação de recursos, gerar multas e transformar o canteiro em mais uma estatística de obras paradas.

Liberação do dinheiro por etapas e juros de obra

Outro ponto central da construção financiada é a forma como o dinheiro chega ao cliente. A Caixa não libera todo o valor de uma vez.

O valor é dividido em etapas, associadas ao cronograma físico da obra.

O cliente executa, por exemplo, 15 por cento do projeto no primeiro mês, e então o banco reembolsa 15 por cento do valor de financiamento após vistoria.

Durante a obra, não se paga a prestação cheia do financiamento.

Pagam-se apenas os chamados juros de obra, calculados sobre o saldo já liberado.

Se a taxa anual de referência, em um financiamento padrão fora do Minha Casa Minha Vida, for em torno de 10,5 por cento ao ano, o efeito prático desses juros de obra, por serem cobrados em cima de valores liberados gradualmente, pode equivaler a algo próximo de 7 ou 8 por cento no período.

Além disso, embora muitos contratos sejam assinados com prazos de 30 ou 35 anos, a média de quitação dos financiamentos da Caixa gira em torno de 7 anos, seja porque o imóvel é vendido, seja porque o cliente antecipa o pagamento.

Esse comportamento reforça a lógica de que, muitas vezes, é mais racional financiar terreno e construção pela Caixa do que descapitalizar todas as reservas, mantendo parte do dinheiro investido enquanto a casa é erguida com juros de obra controlados.

Como evitar obras paradas com planejamento de projeto

No dia a dia, o erro mais comum é fazer o caminho inverso da construção financiada: comprar terreno sem saber o limite de crédito, desenhar um projeto de alto padrão e, só depois, descobrir que o custo real da obra é duas ou três vezes maior do que o imaginado.

Nessas situações, o orçamento estoura e as obras paradas se multiplicam.

Ao seguir o fluxo correto, o cliente primeiro descobre quanto pode financiar terreno e construção pela Caixa, escolhe entre aquisição de terreno e construção ou construção em terreno próprio, dimensiona o imóvel dentro desse teto e só então fecha com construtora e começa a erguer a casa.

Quando o projeto nasce a partir do limite de crédito e dos 20 por cento de entrada, o risco de ver a estrutura pronta e o acabamento abandonado por falta de dinheiro cai drasticamente.

A combinação adequada de Minha Casa Minha Vida, construção financiada, reserva para a entrada de 20 por cento e planejamento detalhado de cronograma, materiais e mão de obra é o que transforma a promessa de casa própria em realidade concreta, sem improvisos.

Mais do que uma linha de crédito, financiar terreno e construção pela Caixa é uma ferramenta de gestão de risco que exige disciplina, informação e atenção aos detalhes do contrato para evitar obras paradas.

Ao colocar no papel renda, limite de crédito, valor de terreno, tamanho da casa e custos indiretos, o futuro proprietário passa a tomar decisões com base em números reais, e não apenas no desejo de construir.

Esse planejamento prévio, aliado ao uso correto da construção financiada e do Minha Casa Minha Vida, é o que permite transformar um lote vazio em patrimônio sem comprometer todo o orçamento familiar.

FONTE: Click petroleo e gas

Receba Notícias Em Seu Celular

Quero receber notícias no whatsapp