“Comecei procurando meu pai e, em vez disso, encontrei um irmão”, disse Paul Connolly, 60, de Londres. Quando ainda era recém-nascido, sua mãe sofreu um colapso nervoso, “colocou-o no lixo”. Sem saber, seu meio-irmão e ele estudaram na mesma escola — e na mesma época
Um homem que foi abandonado por sua mãe em uma lixeira com apenas duas semanas de idade, conheceu seu meio-irmão paterno. O encontro aconteceu durante as gravações de Long Lost Family —um programa da ITV. A mãe de Paul, que sofreu um colapso nervoso, “colocou-o no lixo” quando ele tinha menos de um mês de vida. Felizmente, um vizinho ouviu seus gritos e ligou para o serviço social. Paul Connolly, 60, que nasceu no leste de Londres em 1962, estava procurando o lado paterno da família depois de passar a infância sob cuidados. Até então, ele tinha apenas contato com seus parentes irlandeses maternos.
Depois que seus dois filhos o presentearam com um kit de teste de DNA, Paul descobriu que era meio maltês — e graças aos pesquisadores da Long Lost Family, ele finalmente encontrou seu meio-irmão paterno Frankie Peroni, 62, que, sem saber, frequentou a mesma escola e na mesma época que ele. Paul era um boxeador amador antes de abrir seu próprio negócio de focado em fitness e reabilitação. Ele admite que a solidão que passou quando criança era “como uma dor física”, acrescentando: “Tenho uma ótima vida agora, pude dar aos meus filhos tudo o que nunca tive. Era fundamental que eles nunca se sentissem inseguros ou solitários ou o desespero que eu sentia”.
No encontro, Paul, que mora em Billericay, Essex, e Frankie ficaram chocados com sua semelhança física. Eles também ficaram surpresos com outras coincidências, como o fato de terem frequentado a mesma escola ao mesmo tempo. Eles agora vivem a pouco mais de 20 km de distância um do outro. Contando a Paul sobre a jornada de Frankie, a co-apresentadora Davina McCall disse: “Sua mãe o mandou para a Irlanda do Norte para morar com os avós e quando Frankie voltou para o Reino Unido, ele acabou sendo cuidado e adotado. É tão parecido com a sua história. Ele se tornou um menino mau, mas teve uma virada em sua vida e começou a trabalhar e adorou, ele se saiu muito bem”.
Após o encontro, Paul disse: “Claro que esse encontro ocorreu mais tarde do que gostaríamos, mas, ao mesmo tempo, acho que devemos ser gratos por todos os dias. Comecei procurando meu pai e, em vez disso, encontrei um irmão. Portanto, o futuro é brilhante, como dizem”. Paul teve uma infância difícil. Ele foi enviado para o Lar Infantil St. Leonard, em Hornchurch, Essex, aos 8 anos de idade. “Houve muita tortura mental, houve muitos espancamentos físicos… eu dormia debaixo da cama. Meu conforto era uma faca de cozinha com cabo de madeira, segurei-a por toda a minha vida”, lembra.
Na certidão de nascimento de Paul, seus pais estão listados como Matthew e Mary Connolly, que eram imigrantes irlandeses. No entanto, ele se lembra de ter percebido que era diferente do irmão materno, que lhe dizia: “Você é filho do Pino”. Pino era um empresário maltês local que tinha uma loja perto da casa de sua mãe. Paul sempre pensou que seu irmão estava brincando, no entanto, quando seus dois filhos lhe presentearam com um kit de teste de DNA, ele ficou chocado ao descobrir que era meio irlandês, meio maltês.
Graças à análise de DNA, a equipe de Long Lost Family descobriu Frankie, que disse ao co-apresentador Nicky Campbell que seu pai era um dono de loja maltês chamado Philip Psaila, também conhecido como Pino. Frankie passou a infância com sua mãe, e lembra de Pino visitá-la ocasionalmente antes de morrer, em 1968. Sua mãe faleceu mais tarde, em 2017. Durante a infância, Frankie e Paul frequentaram a Bishop Ward, uma escola católica só para meninos em Dagenham, Essex. Eles também se cruzaram mais tarde na vida, quando Frankie, que é músico, passou a se apresentar em uma boate onde Paul trabalhava como porteiro.
Falando sobre as razões pelas quais sua mãe pode tê-lo deixado, Paul disse ao The Sun: “Minha mãe deve ter sabido que eu parecia diferente em relação às outras crianças. Acho que ela estava envergonhada por eu ser ilegítimo. Nos anos 60, isso era uma grande vergonha. Ela teve uma educação difícil e teve que fazer o possível para sobreviver. Provavelmente foi a melhor coisa que ela poderia ter feito”.
Ele acrescentou: “Não tive nenhum contato real com minha mãe, mas tive algumas conversas com ela e isso nunca foi mencionado para mim. Obviamente, esse foi o segredo que ela provavelmente levou para o túmulo”, finalizou.
FONTE REVISTA CRESCER