17 de setembro de 2024 13:22

5 Anos da “Expedição Piracicaba: Pela vida do Rio”

A “Expedição Piracicaba: Pela Vida do Rio” completa 5 anos desde a sua primeira jornada, no ano de 2019. Organizada pelo periódico “Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio” com apoio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba (CBH Piracicaba), é um projeto que tem como objetivo principal promover o monitoramento das águas da bacia do Piracicaba e mobilizar a sociedade em torno da necessidade de revitalização do hidroterritório.

Além disso, a expedição busca interagir e ouvir os diversos segmentos sociais sobre problemas e propor soluções para os desafios da conservação e revitalização da bacia hidrográfica do Rio Piracicaba. Esta expedição é uma atividade crucial para entender melhor a dinâmica do rio, refletir sobre a importância da preservação dos recursos hídricos e identificar possíveis fontes de poluição que possam comprometer sua saúde ecológica e, consequentemente, a qualidade de vida das comunidades que dependem dele.

Durante a primeira Expedição do Piracicaba, que durou 11 dias, do dia 26 de maio, até 5 de junho de 2019, foram realizadas várias atividades, como coletas de amostras de água para análise e identificação de fontes de poluição. A expedição também serviu como um fórum para discutir políticas públicas e iniciativas de conservação que poderiam ser implementadas para proteger o rio e sua bacia hidrográfica, integrando e aproximando a sociedade civil, comitê de bacia e pesquisadores dos hidroterritórios.

Geraldo Magela Gonçalves, o “Dindão”, conselheiro do CBH Piracicaba, retrata o projeto como uma experiência exitosa do comitê. “A experiência da Expedição Piracicaba é uma ferramenta e instrumento multidisciplinar, por estar mobilizando, educando, integrando e detectando potencialidades sustentáveis e econômicas da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba: “A gente defende que todo rio tem que ter sua expedição de monitoramento hídrico. A partir do anúncio de uma Expedição em um determinado hidro território, a população já começa a respirar o tema. Diversas atividades acontecem de forma espontânea, o que produz muito mais efetividade”, ressaltou Dindão.

No contexto atual do excesso de informações em que, por exemplo, assuntos banais geram mais engajamento do que pautas ambientais, atrair a atenção para as ações de um Comitê de Bacia Hidrográfica é um desafio. Nesse sentido, Dindão demonstra a efetividade da Expedição Piracicaba. “A resposta para o desafio de conseguir atenção midiática são as Expedições Hidrográficas. As Expedições mexem com o imaginário coletivo, atraem a atenção da mídia e do público, o seleciona, leva e busca informação, fala e escuta, dá voz à população, mobiliza, integra, educa, aproxima os comitês da população, identifica potencialidades econômicas sustentáveis e promove o melhor monitoramento hídrico que uma bacia hidrográfica poderia ter, já que acontece com a participação das populações. E o melhor, gera mídia espontânea para o comitê”, ressaltou o conselheiro.

Sendo assim, Jorge Martins, Presidente do CBH Piracicaba destacou que “a expedição é um marco que a gente tem, uma atividade de grande mobilização, que permite uma maior visibilidade do Comitê, e isso chama a atenção dos demais Comitês, no sentido de cada um produzir projetos semelhantes,” disse.

A expedição também serviu como um fórum para discutir políticas públicas e iniciativas de conservação, integrando e aproximando a sociedade civil, comitê de bacia e pesquisadores dos hidroterritórios.

Foto: Divulgação Expedição Piracicaba Pela Vida do Rio.

Em 2025 a “Expedição do Piracicaba: Pela Vida do Rio” continua

A “Expedição Piracicaba: Pela Vida do Rio” é, portanto, um exemplo de como a união entre ciência, educação e comunidade pode gerar resultados positivos para o meio ambiente e para a sociedade como um todo. Diante dos bons resultados alcançados, Dindão defende que em 2025 a Expedição continue, já que o projeto foi incluído no Plano Diretor da Bacia Hidrográfica do Piracicaba. “Ano que vem teremos Expedição Piracicaba novamente. Se quem tem fome tem pressa, quem tem sede tem mais pressa ainda. E os rios estão com muita sede. Então a gente precisa acelerar esse trabalho, esse tipo de ação. Para estabelecer a reconexão das pessoas com o rio o mais rápido possível. Assim, as pessoas passam a contribuir pela recuperação e conservação da bacia. Precisamos reverter a degradação que os cursos d’água enfrentam”, afirmou Dindão.

A expectativa é que a expedição continue a contribuir para a melhoria da qualidade da água, através da identificação e mitigação das fontes de poluição. Maior consciência e educação ambiental, encorajando atitudes mais sustentáveis por parte da população e das indústrias locais. Políticas públicas eficazes, subsidiando a criação e implementação de ações voltadas para a proteção e recuperação do Rio Piracicaba e seus afluentes. Tudo isso com o propósito de ampliar o engajamento, envolvendo a comunidade, selecionando um público estratégico locais, incluindo governos, ONG’s, escolas e empresas, para que trabalhem juntos na busca de soluções para os problemas apresentados. Além de influenciar outros comitês a iniciarem expedições para monitoramento, diagnóstico, conservação e proteção das Bacias Hidrográficas.

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