QUE VERGONHA, LAFAIETE (MG): sob a omissão e silêncio da comunidade e das autoridades asilo vai fechar suas portas

Em menos de 20 dias ou talvez antes o Asilo Carlos Romeiro, em Conselheiro Lafaiete (MG) não terá mais nenhum idoso sob sua responsabilidade. Restavam ainda menos de 5 assistidos que ao longo das próximos dias serão transferidos. A informação veio de membros da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP) que acompanham de perto o drama do fim do asilo. Após quase 48 anos, a instituição encerra um seu ciclo sob a omissão da comunidade lafaietense e das autoridades. E agora?

A novela em torno do fechamento da instituição vem desde dezembro de 2022, quando a direção divulgou uma carta aberta a população. À época o interventor, César Custódio da Silva, explicou os motivos que culminaram para o encerramento das atividades, entre elas a situação sanitária, dívidas colossais e irregularidades,

O asilo opera sem alvará dos bombeiros e de vigilância sanitária, alvará de licença de funcionamento da prefeitura e a instituição operava com um déficit mensal de déficit mensal de R$70mil. A dívida total chegava perto de meio milhão em dezembro de 2022.

Diante da situação de descalabro, o Conselho Nacional determinou apuração e optou pelo fim da ILPI -Instituição de Longa Permanência para Idosos, administrada pela Sociedade de São Vicente de Paulo.

Desde então, os mais de 60 idosos foram ao longo dos quase 2 anos sendo transferidos para outras instituições.

Reação

Em março deste ano, uma audiência pública, promovida pela Câmara, debateu a situação do asilo e as lideranças optaram pela formação de uma comissão para iniciar o processo de construção de uma nova sede com um novo modelo assistencial. Iniciativa seria compartilhada pelo poder público, privado e o 3º setor.

Foi levantada a questão de violação dos direitos humanos com o fechamento do asilo e garantia de que os asilados seriam transferidos com dignidade. A crítica foi direcionada a ausência do poder público.

Mas enfim, o asilo fecha suas portas para a tristeza de uma sociedade que assistiu passiva e acomodada a situação.

Nossa reportagem entrou em contato a direção do asilo, como também com a secretaria municipal de assistência social e