Uma eleição que expressou o equilíbrio. Anderson Cabido (PSB) chegou a marca de 12.193 (36,01%) em uma margem de 1.178 votos contra o atual prefeito, Cláudio Dinho (PSD) que obteve 11.015 (32,53%). Na terceira colocação ficou Christian Souza (PL) com 10.379 votos (30,65%), uma diferença de 636 votos em relação ao atual prefeito e 1.814 em relação ao vencedor do pleito. Foi uma disputa acirrada. Rafael Dutra (PSOL) chegou a 179 votos e o ex-deputado Anivaldo Coelho (PDT) conseguiu 95 votos.
Entrevista
Em entrevista exclusiva, o futuro gestor, que retorna ao comando de Congonhas, após 12 anos, citou que as semanas posteriores às eleições foram de intensos contatos e articulações na formação da comissão de transição, no qual ele aguarda bom diálogo com a administração, e com os 13 vereadores eleitos. “Já indicamos a composição e aguardamos de forma republicana o processo de transição”, citou. Ele adiantou que ainda no início de novembro vai divulgar o secretariado para a futura gestão com perfil técnico e experiência.
“Acredito na boa relação com a Câmara e um diálogo permanente. Estamos construindo esta relação sem chantagem e toma lá-dá-cá”, assinalou, citando que pretende ter um presidente da Câmara alinhado ao governo.
Clima político
Anderson criticou o abuso de poder econômico e político nas eleições, as calúnias e ataques por ele sofrido. “Como certeza isso reduziu a nossa vantagem. Nossa campanha foi propositiva e por isso foi vitoriosa”.
As prioridades
As prioridades, segundo o novo gestor, é reorganização administrativa e retomada dos serviços essenciais como saúde, educação. “A prioridade é colocar Congonhas nos trilhos, restabelecer o bom funcionamento dos serviços públicos e dar eficiência aos recursos públicos. Será um salto de qualidade e colocar os cidadãos em outro patamar de atendimento”, salientou.
Ao criticar a desorganização administrativa, Anderson mirou a recuperação da cidade como referência regional e no contexto estadual. Ele citou a retomada da contorno norte, conclusão do trevo da cidade (viaduto), reconstrução da creche e escola no Residencial, investimentos na infra-estrutura dos bairros, como Pires e Alvoradas, e outros abandonados.
Contexto regional
Anderson fez uma análise da conjuntura regional, pregou o diálogo dos municípios e maior poder de representação das cidades junto aos Governos Estadual e Federal. “Não serão as diferenças ideológicas que vamos nos pautar. Temos que somar forças para que nossa região tenha voz e vez. Vamos, sim, ter uma relação mais que positiva com Lafaiete e Ouro Branco, como também as demais cidades. O que está em jogo é nossa região”, citando os gargalos do Alto Paraopeba, como a conclusão do hospital regional, BR e o aeroporto bandeirinhas.
Ele informou que ainda este mês deve acontecer uma reunião com os prefeitos eleitos Leandro Chagas (Lafaiete) e Sávio Fontes (Ouro Branco). “Precisamos ter um olhar diferenciado para os pequenos municípios e os consórcios entidades devem estar a serviços dos intere-sses da região”, finalizou, citando o Codap, Ecotres e Amalpa.
Na Câmara
Anderson enfrentará uma Câmara com viés de oposição. Dos 13 eleitos, apenas 4 estão na base do novo governo. A renovação alcançou 5 dos 13 eleitos, o que representa 40%. Uma novidade é que duas mulheres estão no legislativo.
Os novatos são: Heli Piu (Solidariedade) Simonia Magalhães (PL), Rodrigo Mendes (Pode), Kate Barbosa (Pode) e o médico Gilmar Seabra (PV).
O atual Presidente da Câmara, Igor Souza (PL) chega ao seu 3º mandato como o mais votado chegando a marca de 1.821 votos. A maior façanhã é que Eduardo Matozinhos, decano do Legislativo, alcança o 7º mandato.