Já no apagar das luzes de 2025, ainda não foram concluídos os trabalhos da Comissão Processante, instalada em 7 de agosto, pela Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete (MG) para investigar omissão da Prefeitura na crise do transporte público. A previsão de conclusão do relatório final era de 90 dias. André Menezes (PSDB) foi escolhido como relator, o Presidente Giuseppe Laporte (PODE) e Eustáquio Silva (PV) como membro.
A denúncia que desencadeou a Comissão Processante foi apresentada pelo ativista Talysson Zebral baseada na omissão e falta de transparência no transporte público, serviço que viveu em agosto uma nova crise que se arrastava há mais de 8 anos. Em 2021, a cidade ficou sem transporte público após o rompimento unilateral com a famigerada empresa Viação Presidente. Em dezembro de 2023, após um doloroso processo licitatório, a Umuarama assumiu o transporte público. Mesmo com um subsídio de mais de R$ 420 mil ao mês, a empresa alega que acumula desde 2021 um déficit de mais de R$3,2 milhões, parte deste montante, algo em torno de R$ 2,3 milhões, já está na Justiça para a cobrança pela empresa.
O Magistrado cita parcialidade e contaminação eleitoral da comissão, já que o Presidente da Comissão, Giuseppe Lisboa Laporte, e o Relator, André Luís de Menezes, foram candidatos a prefeito nas eleições o que poderia interferir no processo de apuração e investigação.
E agora?
A Câmara impetrou um Mandado de Segurança para reverter a decisão mas até agora, passados 3 meses, não houve manifestação do TJMG. Ao que se percebe, faltando 14 dias para o final da legislatura, tudo permanecerá neste cenário de indefinição. Encerrando a gestão, perde-se o objeto da Ação.
Por outro lado, os vereadores já terminaram a Legislatura de 2021/2024 e já entraram em recesso parlamentar, e não há tempo hábil para a conclusão dos trabalhos. Vai rolar pizza no Natal.