Prefeito assume obrigado a instalar hidrômetros em todas as residências sob determinação do MPMG; moradores não pagam conta de água
Diversos prefeitos que assumiram as gestões passam por situações constrangedoras com dívidas e desorganização administrativa e sem regularidade fiscal. Na noite desta quinta-feira (16), o prefeito de São João del-Rei, Aurelio Suenes, realizou uma coletiva de imprensa ao lado do diretor do DAMAE, Rômulo Viegas, para abordar os desafios financeiros e administrativos enfrentados pelo município herdados da administração Nivaldo Andrade.
O prefeito iniciou sua fala criticando duramente as dívidas herdadas pela atual gestão. Segundo ele, a dívida do DAMAE com a Cemig soma R$ 102 milhões, valor considerado “vergonhoso” para a prefeitura. Outra dívida mencionada foi com o Instituto de Previdência, que chega a aproximadamente R$ 17 milhões. Sobre essa pendência, Suenes informou que enviou à Câmara Municipal um pedido de parcelamento para viabilizar o pagamento.
Outro problema grave apontado foi a falta de localização de patrimônios municipais, cuja situação está sendo investigada. Economia com aluguéis e reorganização administrativa. Segundo o prefeito, a prefeitura não possui recursos em caixa suficientes para quitar as pendências e já iniciou uma série de reuniões para renegociar os valores. O objetivo é buscar alternativas para evitar maiores prejuízos e manter os serviços públicos funcionando.
O prefeito também apresentou propostas para reduzir os custos mensais com aluguéis, que atualmente chegam a R$ 263 mil. Uma das alternativas em negociação é a troca do prédio da antiga Escola de Comércio Tiradentes, no bairro 8 de Dezembro, pelo prédio do UNIPTAN. Caso o acordo seja concretizado, o espaço abrigará diversas secretarias municipais, gerando economia e facilitando o acesso da população aos serviços.
Enquanto essa parceria não se concretiza, estuda-se a ocupação dos 3º e 4º andares do prédio do Banco do Brasil, que em breve estará desocupado. O espaço também passaria por reformas para atender as secretarias temporariamente.
Situação do Expominas
Sobre o Expominas, o prefeito foi direto ao afirmar que a situação do local está definida como inviável para abrigar a prefeitura. A coletiva evidenciou os esforços da gestão para reestruturar as finanças municipais, enfrentar os problemas herdados e buscar soluções econômicas e eficientes para melhorar o atendimento à população.
Colocação de hidrômetros
A prefeitura deve implementar essas ações imediatamente. A atual gestão prevê que o corte no fornecimento de água para residências e comércios inadimplentes começará em março. No entanto, para famílias inscritas no CadÚnico em situação de vulnerabilidade, a suspensão ocorrerá de forma diferenciada.
A Prefeitura, atendendo à determinação do Ministério Público, trabalha para cumprir as medidas e evitar a intervenção judicial no DAMAE, conforme alertado pelo promotor de Justiça Antônio de Melo.