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Em despedida, Hyundai Tucson é vendido mais barato que Creta

Últimas unidades do SUV médio são vendidas por R$ 184.490; modelo tem motor 1.6 turbo de 177 cv, teto solar panorâmico e muito espaço interno

O veterano Hyundai Tucson está perto de ter sua despedida no mercado brasileiro. Com o fim da parceria entre o grupo Caoa e a montadora sul-coreana, o modelo perdeu sua linha de produção nacional e agora vive apenas das poucas unidades fabricadas até abril.

Alguns desses modelos podem ser encontrados em versão única nas concessionárias da marca. Na configuração Limited 2025, o SUV médio é uma alternativa para quem busca espaço interno, boa mecânica, mas não se importa de ter menos tecnologias embarcadas.

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A pedida pelo utilitário é de R$ 199.490, podendo chegar a R$ 184.490 caso o comprador use seu carro seminovo na troca. Com o desconto de R$ 15 mil, o longevo Tucson acaba custando praticamente o mesmo que a versão com apelo esportivo do Creta, a N Line, que tem preço oficial de R$ 188.720.

Será que vale?

Hyundai Tucson tem o mesmo visual há quase dez anos — Foto: Lucas Cardoso/Autoesporte
Hyundai Tucson tem o mesmo visual há quase dez anos — Foto: Lucas Cardoso/Autoesporte

Visitamos uma loja da Hyundai no Rio de Janeiro para conhecer de perto a linha derradeira do SUV. O Tucson estava exposto no showroom da concessionária situada no Norte Shopping, em Pilares, na Zona Norte da capital fluminense. Em posição de destaque, o utilitário na cor preta, mesmo com seu visual “envelhecido”, chama a atenção. Especialmente para aqueles que não se iludem pelas linhas modernas do irmão mais novo, Creta.

Digamos que, em termos de design, o tempo foi gentil com o visual do Tucson. Ainda que tenha sido lançado por aqui há quase dez anos, quando era chamado de “New Tucson”, o modelo mantém linhas harmoniosas. No fim do ano passado, inclusive, o SUV experiente recebeu um retoque na grade dianteira.

A peça tem acabamento cromado e barras horizontais. As linhas parecem se conectar com o arranjo interno dos faróis de LED do Tucson. O conjunto de iluminação inclui ainda as luzes de neblina. Nas laterais, o acabamento metálico também é visto nas maçanetas e em frisos nas molduras dos vidros. As rodas do SUV são de liga diamantadas e têm 18 polegadas.

Rodas do Hyundai Tucson são de 18 polegadas — Foto: Lucas Cardoso/Autoesporte
Rodas do Hyundai Tucson são de 18 polegadas — Foto: Lucas Cardoso/Autoesporte

A traseira tem lanternas com parte da iluminação em LED. Apenas as luzes de ré e setas são do tipo convencional. Há ainda defletores no para-choque e um spoiler no teto. De forma geral, o SUV tem boas escolhas estéticas e não deixa clara a sua idade avançada.

Mais espaço, menos tecnologia

Hyundai Tucson tem bom padrão de acabamento, mas passa longe de ser moderno — Foto: Lucas Cardoso/Autoesporte
Hyundai Tucson tem bom padrão de acabamento, mas passa longe de ser moderno — Foto: Lucas Cardoso/Autoesporte

O interior do Tucson é outro ponto positivo. Sem firulas, o SUV entrega acabamento refinado, com boa parte das superfícies em material macio e couro sintético. É claro, há peças de plástico, mas essas estão mais discretas no conjunto.

Produto de sua época, o Tucson não tem a mesma quantidade de telas vistas nos projetos mais recentes. O layout da central multimídia de 9 polegadas é do tipo flutuante, tem quase todos os botões físicos e não permite o espelhamento sem fio via Android Auto e Apple CarPlay.

O quadro de instrumentos é mais um sinal do tempo de trajetória do Tucson. Mesmo nessa versão completa, o SUV tem apenas uma pequena tela ao centro de dois mostradores analógicos. O modelo tem ar-condicionado digital automático, com saída para a segunda fileira de assentos, teto solar panorâmico e bancos elétricos para motorista e passageiro. A chave é presencial com partida por botão e o freio de estacionamento eletrônico.

Ar-condicionado digital de duas zonas é item de série no Tucson — Foto: Lucas Cardoso/Autoesporte
Ar-condicionado digital de duas zonas é item de série no Tucson — Foto: Lucas Cardoso/Autoesporte

O volante regulável nos dois eixos (profundidade e altura) tem os comandos de mídia, telefone e piloto automático. No console, fica o carregador por indução, além dos botões para acionamento do sistema de modos de condução (Comfort, Eco e Sport), bem como o acionamento da função auto-hold.

Vale mencionar que, apesar do freio de mão eletrônico, o modelo não tem o controle de velocidade adaptativo. A lista de itens de segurança inclui apenas os controles de estabilidade, tração, assistentes de partida em rampa (HAC) e de descida (HDC). Há outros itens como, alerta de ponto cego, alerta de tráfego cruzado traseiro, sinalização de frenagem de emergência e os seis airbags (frontais, laterais e de cortina).

Freio de estacionamento eletrônico e modos de condução ficam em botões próximos à alavanca de câmbio — Foto: Lucas Cardoso/Autoesporte
Freio de estacionamento eletrônico e modos de condução ficam em botões próximos à alavanca de câmbio — Foto: Lucas Cardoso/Autoesporte

A cabine do Tucson é espaçosa e ganha amplitude com o teto panorâmico. O item tem acionamento elétrico e abre parcialmente até a coluna B. Caso você aprecie apenas olhar para o céu, a persiana, essa sim, abre até o final com apenas um toque no botão.

Não que o modelo precisasse do teto para ser considerado espaçoso. O SUV médio tem 4,47 metros de comprimento, 1,85 metro de largura e 2,67 metros de entre-eixos – o Creta tem 2,61 m. O suficiente para alguns cruzarem as pernas no banco traseiro. Aliás, a segunda fileira tem três ajustes de reclinação do encosto, que certamente deve ampliar o conforto em viagens.

Por falar em espaço, o porta-malas do Tucson tem 513 litros de capacidade, além de ter abertura e fechamento por botão ou aproximação.

Hyundai Tucson tem o mesmo motor 1.6 turbo do Creta, mas em versão anterior — Foto: Lucas Cardoso/Autoesporte
Hyundai Tucson tem o mesmo motor 1.6 turbo do Creta, mas em versão anterior — Foto: Lucas Cardoso/Autoesporte

Na parte mecânica, o SUV é equipado com o motor 1.6 turbo TGDI, que é movido a gasolina e pode render até 177 cv de potência e 27 kgfm de torque. A transmissão é a automatizada de dupla embreagem a seco com sete marchas. A combinação é uma versão desatualizada do conjunto que vemos no Creta Ultimate, configuração topo do SUV compacto.

Aliás, a falta da atualização foi um dos motivos que impediu a produção do Tucson em 2025. Desde janeiro, vigora no país as novas regras restritivas de emissão de poluentes do Proconve L8.

Apesar disso, o modelo tem até bons números de consumo. Segundo dados do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, o modelo faz 10,6 km/l na cidade e chega a 12,2 km/l na estrada. O Tucson tem sistema de suspensão independente nas quatro rodas. Os freios são a disco nas quatro rodas.

O desempenho não é dos melhores, mas não é ruim para um carro de 1.624 kg. A Hyundai afirma que o SUV acelera de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos. Já a máxima é de 201 km/h.

FONTE: AUTO ESPORTE

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