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Congonhas firma pacto histórico para salvar os Profetas de Aleijadinho

Congonhas deu um importante passo na preservação do seu patrimônio cultural: foi assinado, no Museu de Congonhas, o acordo de cooperação técnica para a criação do Centro de Estudos da Pedra. O convênio foi firmado entre o IPHAN-MG (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Minas Gerais), a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a Prefeitura de Congonhas e a Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo de Congonhas (FUMCULT). O objetivo é unir esforços técnicos e científicos para estudar, preservar e valorizar a pedra (material que marca a arte e a história da cidade).

Durante a cerimônia, o professor Antônio Gilberto, da UFMG, compartilhou um relato sobre sua trajetória no projeto. “Ingressei nesse trabalho em 2007. De lá pra cá, vivemos muitos avanços, recuos, ideias e dificuldades. Hoje estamos dando um passo concreto, e isso me emociona.”

Ele destacou que o Centro será o primeiro do Brasil dedicado exclusivamente à pesquisa sobre o uso da pedra em bens culturais. “Queremos estudar esse material tão simbólico sem danificar nada. O trabalho será feito com muito cuidado, com metodologias não destrutivas”, explicou. “Pensamos além de Congonhas. Esse Centro deve agregar outras cidades e instituições. Há um grande interesse por parte de pesquisadores e profissionais, e isso mostra que estamos no caminho certo.”

André Macieira, coordenador técnico do IPHAN-MG, falou sobre o novo momento vivido pelo órgão. “Estamos iniciando uma fase mais próspera, com uma nova geração que chega ao IPHAN. Precisamos investir em conhecimento técnico para lidar com um patrimônio tão delicado quanto o de Congonhas.” Ele também fez questão de valorizar os artesãos da região. “Temos mestres e profissionais que são reconhecidos internacionalmente. O Centro vai ajudar a formar novos talentos e preservar os saberes que estão aqui.”

Representando também a UFMG, o pró-reitor de Cultura Fernando Mencarelli destacou o valor da parceria: “É muito especial estarmos aqui presencialmente, porque essa construção foi longa e muito cuidadosa. A universidade está completamente à disposição e vê nesse projeto uma grande contribuição cultural, científica e social.” Ele ainda lembrou que essa é uma oportunidade de criar pontes com outras áreas do conhecimento e instituições. “Nossa intenção é somar e fortalecer essa rede.”

Cultura próxima da população

O diretor-presidente da FUMCULT, Pedro Geraldo Cordeiro, agradeceu o trabalho coletivo que permitiu a assinatura do acordo. “Foram anos de dedicação. E a nossa principal missão é essa: aproximar a comunidade do patrimônio.” Pedro também anunciou um plano de formação: “Queremos criar um curso de conservação, junto com a UFMG e outros parceiros. Isso vai reforçar a participação da juventude nesse processo e garantir a continuidade das ações.”

Compromisso com o futuro da cidade

Encerrando as falas, o prefeito Anderson Cabido destacou os avanços já realizados e o impacto que o Centro trará para Congonhas. “O Centro de Estudos da Pedra será fundamental para apontar novos caminhos para Congonhas — para o turismo, para a cultura e para a economia. Vamos trazer pesquisadores, gerar conhecimento e garantir que nossa história seja cuidada com carinho e seriedade.”

Por Secretaria de Comunicação/Prefeitura de Congonhas

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