Com base em testes realizados em 2021 em São Paulo, detalhamos a performance da moto elétrica ZX, custos e a lei por trás do lançamento da moto elétrica ZX.
Em 2021, a empresa Wayy Mobility introduziu a moto elétrica ZX no mercado brasileiro, apresentando-a como uma solução de locomoção urbana econômica. Para colocar o modelo à prova, foram realizados testes completos com a motocicleta pelas ruas de São Paulo.
A análise revelou um veículo com aceleração surpreendente e um custo por quilômetro baixíssimo para a época, mas também levantou pontos cruciais sobre as exigências legais para pilotá-la, definidas pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito).
Entenda todas as informações dos testes, desde as impressões de pilotagem até os dados técnicos fornecidos pela Wayy e a legislação vigente, para que você entenda o contexto completo deste lançamento.
O teste em São Paulo, impressões de Pilotagem
Durante os testes em 2021, a primeira característica notada foi a ausência de ruído, seguida por uma aceleração de saída extremamente forte. A resposta imediata do motor elétrico exigia um controle cuidadoso do acelerador para não “pular”. No trânsito da capital paulista, essa agilidade permitiu que a ZX se destacasse nos semáforos.
A motocicleta atingiu uma velocidade final de 76 km/h, considerada adequada para o uso diário na cidade. Também foram destacadas a leveza e a facilidade para manobrar no corredor, já que a condução é simplificada pela ausência de embreagem e marchas, com os freios localizados nos manetes.
Quanto a Wayy afirmava custar em 2021?

Um dos maiores argumentos de venda da Wayy na época era o custo. Segundo a empresa, com base nos valores de energia de 2021, um motociclista que rodasse 210 km em uma semana gastaria apenas R$ 4,20 para recarregar a bateria, um custo de aproximadamente R$ 0,02 por quilômetro.
O preço de compra divulgado para a moto elétrica ZX partia de R$ 17 mil. A Wayy oferecia opções de financiamento em até 18 vezes no cartão de crédito ou em 48 vezes pelo Banco Santander. A manutenção, conforme informado pela fabricante, era simples e barata, focada em itens como fluido de freio, pneus e pastilhas. A bateria possuía vida útil de 1.500 ciclos, com um custo de reposição de R$ 4.000.
O motor de 3.000 Watts e suas especificações
O motor da ZX, localizado na roda traseira, possui 3.000 watts de potência. Por ser elétrico, não possui cilindros e, portanto, não se mede em cilindradas. Na época, a própria Wayy informou que seu desempenho era comparável ao de uma moto a combustão de 44 cilindradas cúbicas.
A empresa também garantiu que o motor era preparado para enfrentar chuva sem risco de dano ou choque elétrico, embora tenha recomendado, como em qualquer veículo, evitar passar por áreas alagadas.
Das Luzes de LED à partida sem chave
Nos testes, foi observado que o design agressivo da ZX lembrava modelos da linha “Z” da Kawasaki, e seu farol tinha semelhanças com o da Yamaha MT-03. Toda a iluminação era em LED, um ponto positivo de segurança, já que a moto é silenciosa.
A moto elétrica ZX foi apresentada com diversas tecnologias de fábrica, incluindo:
Freios a disco nas duas rodas.
Dois modos de pilotagem e a função “Park” (freio de estacionamento).
Marcha a ré para facilitar manobras.
Alarme de fábrica integrado.
Partida sem chave com sensor de presença.
O que as resoluções do Contran dizem sobre a moto elétrica ZX
Um ponto fundamental esclarecido nos testes foi a questão legal. Com base na legislação brasileira, a moto elétrica ZX precisa, sim, ser emplacada. Para pilotá-la, é obrigatório ter CNH na categoria A ou ACC.
Essa exigência se baseia nas Resoluções 465 e 315 do Contran, que definem as características de um “ciclo elétrico” (veículos que podem ter regras mais brandas). A ZX, por suas dimensões e por ultrapassar a velocidade máxima de 50 km/h, não se encaixa nessa categoria. Portanto, o pagamento de IPVA também é obrigatório, embora alguns estados ofereçam isenção ou descontos como incentivo a veículos elétricos.
FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS