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Pela 1ª vez, três mulheres dividem bancada na Câmara de Congonhas. Em quase 80 anos, apenas sete foram eleitas.

Desde 1947, ano em que foi instalada a Câmara de Congonhas, um total de 254 vereadores já ocuparam assentos no legislativo da cidade. No entanto, apesar de quase oito décadas de história, apenas sete desses mandatos foram exercidos por mulheres.

Em 1969, após o falecimento do vereador Antônio Vartuli, a suplente Maria Luiza Vilaça foi convocada para assumir a vaga, mas não compareceu para tomar posse. Passaram-se, então, outros vinte anos até que Dalva Osório e Maria do Carmo Camelo assumissem uma vaga na Câmara. As duas foram eleitas em 1988 e exerceram mandatos até 1992. Em 1996, Elaine Souza Costa se tornou a primeira mulher a ser reeleita para o cargo de vereadora e, em 1999, a primeira mulher a presidir a Câmara.

Em 2017, o Legislativo voltou a contar com a presença de duas mulheres na bancada – Conceição Aparecida Penido, que foi vice-presidente por dois anos e Patrícia Monteiro que, em 2025, tornou-se a primeira parlamentar a exercer três mandatos.

Hoje, pela primeira vez, a Câmara conta com a presença de três mulheres na bancada: Kate Bárbara (Solidariedade), Patrícia Monteiro (PSB) e Simonia Magalhães (PL). Elas carregam a responsabilidade de representar a população e abrir caminho para que mais mulheres participem da vida pública.

KATE
“Enfrentar o ambiente político é, sem dúvida, um desafio diário. A primeira grande barreira é o preconceito velado para superar aquela ideia de que a mulher não entende de política, gestão ou liderança. Sempre fui uma mulher com os pés no chão e não tenho medo dos desafios”.

PATRÍCIA
“A política ainda é percebida como um espaço majoritariamente masculino. Embora haja avanços, eles ocorrem de forma lenta e tímida. “Temos mulheres maravilhosas e capacitadas em nossa cidade, com projetos incríveis, mas ainda faltam políticas de inclusão e valorização da liderança feminina”.

SIMÔNIA
“Por muito tempo, a política foi um espaço negado às mulheres. Romper essa barreira histórica é uma missão coletiva. Devemos investir na formação de novas lideranças femininas, combater a violência política de gênero e garantir que os partidos valorizem de fato as candidaturas de mulheres”.

Fotos: Reinaldo Silva e Arquivo Câmara

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