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Mais carteira, menos fila: desemprego cai a 5,6% e ocupação explode para 102 milhões

Mercado de trabalho aquece, garante recorde de ocupados e impulsiona renda dos brasileiros com salto expressivo no emprego com carteira assinada

taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho de 2025, marcando o menor patamar da série histórica iniciada em 2012, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE em 27 de agosto de 2025. Além disso, o número superou a previsão da Bloomberg, que projetava recuo para 5,7%. Para efeito de comparação, no trimestre anterior, entre fevereiro e abril, o índice havia sido de 6,6%.

Recorde de ocupação impulsionado pelo emprego com carteira

O mercado de trabalho mostrou força ao alcançar 102,4 milhões de pessoas ocupadas, o maior contingente já registrado no país. Além disso, desse total, 39,1 milhões estão empregados com carteira assinada, consolidando recorde histórico.

Do mesmo modo, o número de trabalhadores por conta própria também bateu recorde e chegou a 25,9 milhões. Esse dado representa alta de 1,9% no trimestre, com acréscimo de 492 mil pessoas.

Por consequência, o contingente de desocupados caiu para 6,1 milhões, menor nível desde o fim de 2013. O IBGE considera desocupado quem não exerce atividade e, ao mesmo tempo, busca trabalho na semana de referência.

Segundo o analista do IBGE, William Kratochwill, os dados comprovam que “o mercado de trabalho vive um momento positivo, com expansão da ocupação e redução da subutilização da força de trabalho”.

Renda cresce e acompanha geração de vagas

O movimento de contratações foi acompanhado pelo crescimento da renda. Assim, o rendimento médio mensal subiu para R$ 3.484, representando alta de 1,3% frente ao trimestre anterior e de 3,8% em relação a julho de 2024.

Consequentemente, a massa de rendimento real habitual somou R$ 352,3 bilhões, configurando o maior volume registrado pelo IBGE em toda a série.

Desalento recua em ritmo acelerado

O total de desalentados caiu para 2,7 milhões, queda de 11% no trimestre, o que equivale a 332 mil pessoas a menos, e de 15% em relação ao ano anterior, ou seja, 475 mil a menos.

Assim, para Kratochwill, “os números mostram que os brasileiros que saíram da desocupação estão, de fato, entrando no mercado de trabalho, e não desistindo”, reforçando a leitura de um mercado mais dinâmico.

Setores que puxaram o crescimento

O avanço da ocupação foi distribuído entre setores estratégicos da economia. Nesse sentido, os principais destaques foram:

  • Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais: alta de 2,8%, equivalente a mais 522 mil pessoas.
  • Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: aumento de 2,7%, com 206 mil trabalhadores a mais.
  • Informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas: expansão de 2%, com 260 mil novas vagas.

Entretanto, a população fora da força de trabalho se manteve estável em 65,6 milhões, tanto em relação ao trimestre anterior quanto na comparação anual.

Informalidade perde força

taxa de informalidade caiu para 37,8%, frente a 38% no trimestre anterior e 38,7% em julho de 2024. Ainda assim, o número de trabalhadores sem carteira ficou em 38,8 milhões, com leve crescimento em ambas as comparações.

No entanto, para o IBGE, o aumento foi estatisticamente irrelevante, já que a expansão do emprego formal continua predominando, puxando a queda da informalidade.

Retrato do mercado de trabalho brasileiro

Portanto, os dados divulgados pelo IBGE em agosto de 2025 consolidam um panorama claro:Play Video

  • desemprego caiu a 5,6%, menor índice desde 2012.
  • população ocupada bateu recorde com 102,4 milhões de trabalhadores.
  • emprego formal alcançou 39,1 milhões de pessoas com carteira assinada.
  • rendimento médio subiu para R$ 3.484, refletindo a abertura de vagas.
  • desalento recuou para 2,7 milhões, queda expressiva em um ano.
  • Os setores de serviços sociais, agricultura e atividades financeiras foram os principais motores da ocupação.
  • informalidade cedeu e se manteve abaixo de 38%.

Dessa forma, os resultados confirmam que o mercado de trabalho brasileiro entrou em uma fase de fortalecimento, registrando recordes históricos tanto na geração de empregos quanto na renda dos trabalhadores.

Por fim, o cenário reforça que a economia nacional se apoia em um mercado de trabalho mais ativo, formalizado e capaz de sustentar o consumo interno.

E você, acredita que esse ritmo de queda do desemprego vai continuar nos próximos meses ou que o mercado pode perder fôlego com a desaceleração global?

FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS

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