Pena total ultrapassa os 33 anos
Um ex-policial do Estado da Bahia foi condenado a 30 anos de prisão pelo homicídio da namorada em Divisa Alegre, no Vale do Jequitinhonha. Ele também foi condenado a 3 anos e 8 meses de detenção, por fraude processual, por alterar a cena do crime para parecer que a vítima havia suicidado.
Os jurados entenderam que houve homicídio qualificado, com as qualificadoras de motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. O júri popular ocorreu na Comarca de Pedra Azul e foi presidido pelo juiz da Comarca de Medina Arnon Argolo Matos Rocha.
Conforme denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o policial submetia a vítima a relacionamento abusivo com brigas, ameaças e agressões constantes. Como morava na Bahia, em março de 2021, o acusado foi até Divisa Alegre se encontrar com a namorada.
O MP indicou que após jantar, o casal voltou para a casa da vítima. Durante uma discussão, ela correu em direção à porta e, nesse momento, foi atingida por um disparo na nuca. Após o crime, segundo a sentença de pronúncia, o então policial movimentou o corpo da vítima duas vezes e alterou também a posição da arma de fogo. A estratégia, conforme a sentença, seria para simular a ocorrência de suicídio. Com isso, além do homicídio, o denunciado respondeu por fraude processual.Play Video
O acusado aguardava o julgamento preso e deve cumprir a pena em regime inicialmente fechado. Cabe recurso da decisão. O processo tramita em segredo.
FONTE: SUPER NOTÍCIAS