SUV compacto promete consumo de até 32 km/l, cinco estrelas em segurança e preços entre R$ 130 mil e R$ 190 mil no Brasil. Modelo chega em outubro e já pode ser reservado nas concessionárias.
Previsto para estrear no Brasil em outubro, o Toyota Yaris Cross chega com foco em economia e segurança.
O modelo promete consumo acima de 32 km/l em medições divulgadas no Chile, recebeu cinco estrelas em testes de colisão do ASEAN NCAP e inicia vendas em faixa estimada entre R$ 130 mil e R$ 190 mil.
Concessionárias já aceitam sinal para pré-reserva, enquanto a marca posiciona o utilitário para enfrentar Hyundai Creta, Volkswagen T-Cross e Nissan Kicks.
Lançamento, posicionamento e estratégia de preço
A Toyota repetirá a lógica aplicada ao Corolla ao adotar o sobrenome “Cross” para distinguir o SUV das demais carrocerias.
Embora compartilhe o nome com o Yaris, a empresa encerrou a produção das variantes hatch e sedan, deixando o novo utilitário como representante da linha no país.
No varejo, a rede projeta valores entre R$ 130 mil e R$ 190 mil, patamar que abre espaço para versões a combustão e híbridas, com diferença aproximada de R$ 60 mil entre as configurações.
Segundo lojistas, os sinais de pré-reserva variam conforme a praça e podem ir de R$ 5 mil a R$ 10 mil.
Enquanto a marca não detalha a gama, o desenho comercial indica um leque suficiente para atingir públicos distintos.

Quem busca preço de entrada terá opção a gasolina/etanol, ao passo que consumidores interessados em menor consumo e etiqueta verde tendem a migrar para a alternativa eletrificada.
Dessa forma, o Yaris Cross ocupa o espaço intermediário dos SUVs compactos, faixa que concentra parte relevante das vendas no país.
Dimensões, plataforma e porta-malas
Em mercados onde já é oferecido, o Yaris Cross mede 4,31 m de comprimento, 1,77 m de largura, 1,61 m de altura e traz 2,62 m de entre-eixos.
O porta-malas comporta 472 litros, volume competitivo dentro do segmento e suficiente para a bagagem de uma família.
A base estrutural é a DNGA (Daihatsu New Global Architecture), derivação simplificada da TNGA usada por Corolla e Corolla Cross.
Essa arquitetura prioriza leveza e eficiência, atributos que ajudam no consumo e na dinâmica.Play Video
No visual, a inspiração no RAV4 é evidente.
A frente alta com grade ampla e os contornos de para-choque reforçam a imagem de robustez, enquanto a traseira elevada e as lanternas horizontais ampliam a sensação de largura.
Ainda que os detalhes de acabamento para o Brasil não estejam confirmados, a expectativa é de um pacote alinhado à identidade recente da marca.
Conjunto mecânico: combustão e híbrido

A linha oferecerá duas soluções de motorização.
A configuração a combustão utiliza o conhecido 1.5 flex aspirado, com até 110 cv de potência e 14,9 kgfm de torque, associado ao câmbio CVT com simulação de sete marchas.
Essa combinação privilegia suavidade e baixo consumo urbano, característica recorrente nos automáticos de variação contínua.
Já a opção híbrida parte do mesmo 1.5, mas preparado para operar no ciclo Atkinson, que sacrifica potência de pico para entregar melhor eficiência.
Nesse arranjo, o motor térmico desenvolve 91 cv e 12,3 kgfm, trabalhando em conjunto com um motor elétrico de 80 cv e 14,4 kgfm.
A potência combinada informada é de 111 cv.
O torque combinado não foi divulgado.
Essa ausência é comum em sistemas híbridos devido à forma como as curvas de torque se somam em rotações diferentes, mas a tendência é de acelerações lineares e consumo contido.
Consumo e eficiência
Relatos do mercado chileno apontam consumo acima de 32 km/l na versão híbrida, número que reforça a vocação do Yaris Cross para rodar gastando pouco combustível.
No Brasil, os índices oficiais do Inmetro ainda não foram apresentados, porém a combinação de carroceria compacta, plataforma leve e trem de força eletrificado sugere bons resultados em ciclo urbano.
As condições de rodagem, o uso de etanol e a calibragem local podem produzir valores distintos dos observados no exterior.
Ainda assim, a Toyota tem histórico favorável em eficiência em seus híbridos, o que ajuda a explicar o posicionamento mais alto de preço em relação às versões somente a combustão.

Para o consumidor que circula majoritariamente em cidade, a economia acumulada no longo prazo pode compensar o investimento inicial maior.
Segurança e equipamentos esperados
O Yaris Cross obteve nota máxima (cinco estrelas) no ASEAN NCAP, entidade que avalia proteção de adultos e crianças, além de tecnologias de assistência.
Embora o pacote brasileiro não esteja descrito, é razoável esperar itens como seis airbags, controle de estabilidade e assistências de condução presentes em outros mercados, a exemplo de alerta de colisão e frenagem autônoma de emergência.
A homologação local definirá a lista exata, mas a boa performance em crash test adiciona um argumento relevante na disputa com os rivais diretos.
Rivais diretos e cenário competitivo
O segmento de SUVs compactos reúne alguns dos modelos mais vendidos do país.
Hyundai Creta oferece ampla rede e pacotes de conectividade.
Volkswagen T-Cross aposta em desempenho e espaço interno.
Nissan Kicks destaca consumo e custo de manutenção.
Nesse contexto, o Yaris Cross avança com credenciais de baixo consumo, nota máxima em segurança e a reputação de confiabilidade da marca.
Além disso, o intervalo de preço entre versões a combustão e híbrida cria degraus que podem atrair tanto o cliente de entrada quanto o consumidor disposto a investir mais em tecnologia e economia.
Enquanto as versões e conteúdos não são oficializados, a Toyota e seus concessionários fortalecem a presença do produto com a pré-venda.

A estratégia antecipa demanda e ajuda a calibrar a oferta inicial, especialmente se a procura pela variante híbrida superar as expectativas, como ocorreu com outros modelos eletrificados da marca.
O que observar até a estreia
Até a chegada às lojas em outubro, os principais pontos de atenção são a definição das versões, a lista completa de equipamentos e os valores confirmados.
Também vale acompanhar os índices de consumo homologados no Brasil para comparar o desempenho real com os números obtidos no Chile.
Por fim, a política de preços de revisão e a garantia do sistema híbrido tendem a pesar na decisão de compra do consumidor que prioriza custo total de propriedade.
Com consumo declarado acima de 32 km/l, cinco estrelas no ASEAN NCAP e faixa de preço posicionada no centro do segmento, o Yaris Cross reúne elementos para competir desde o lançamento.
A pergunta que fica é: qual configuração deve conquistar mais interessados, a combustão pelo preço inicial ou a híbrida pela eficiência prometida?
FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS