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PATRIMÔNIO VIVO! Entre Rios de Minas eterniza o Cavalo Campolina em lei e projeta a cidade para o turismo nacional!

A Câmara Municipal de Entre Rios de Minas aprovou, nesta terça-feira (7 de outubro de 2025), a Lei nº 54/2025, de iniciativa do Vereador Bruno Asevedo Coelho Silva, que institui o “Dia do Cavalo Campolina”, a ser comemorado anualmente em 26 de julho, data que acontecerá durante a tradicional Festa da Colheita e Exposição, com mais de 60 anos de existência. A data celebra a importância histórica, cultural, econômica e identitária da raça Campolina, que nasceu no próprio município e é reconhecida nacionalmente como um dos maiores patrimônios da pecuária equestre brasileira. Entre Rios de Minas é berço da raça campolina.

De acordo com a nova legislação, o objetivo é valorizar o patrimônio imaterial representado pelo cavalo Campolina, estimular o turismo rural e ecológico, promover eventos culturais e esportivos ligados à raça e fomentar o desenvolvimento econômico de Entre Rios de Minas e região.

A lei prevê que o Poder Executivo desenvolva políticas públicas específicas, incluindo apoio a exposições, cavalgadas e feiras agropecuárias, além de programas educativos nas escolas municipais para difundir a história do Campolina. Também estão previstos incentivos à pesquisa e à preservação da memória da criação da raça, bem como articulação com órgãos estaduais e federais para captar recursos voltados ao turismo e à cultura.

Outro destaque é a criação do Circuito Municipal do Cavalo Campolina, que vai integrar rotas de cavalgadas ecológicas, visitas a criatórios, eventos culturais e turísticos, com sinalização e material promocional. O circuito fará parte dos roteiros oficiais de turismo da Estrada Real, fortalecendo a imagem de Entre Rios de Minas como berço da raça Campolina.

O Dia do Cavalo Campolina deverá ser comemorado todos os anos com atividades culturais, cavalgadas e celebrações públicas, unindo tradição, turismo e desenvolvimento econômico.

A história

Em 1870, Cassiano Campolina, nascido em 10 de julho de 1836, na cidade de São Brás do Suaçuí, do termo de Entre Rios de Minas/MG, ganhou do Imperador D. Pedro II a égua Medéia. Ela estava prenhe de um garanhão Andaluz e desse acasalamento nasceu Monarca, cavalo que na fazenda do Tanque (, contribuiu decisivamente na formação da raça Campolina.

Cassiano (foto) começou seu trabalho, objetivando criar cavalos de grande porte, ágeis, resistentes e de beleza inigualável. Para isso, cruzou e selecionou raças de cavalo tais como, Puro Sangue Inglês, Anglo-Normando e animais de origem Ibérica.
Em 1904, após anos trabalhando firme em seu propósito, faleceu Cassiano Campolina em Entre Rios de Minas. Coube a um de seus herdeiros, o Tenente Coronel Joaquim Pacheco de Resende e sua família, cumprir o seu legado, criando, selecionando e aperfeiçoando a raça Campolina.

Na década de 30 foi criado o Consórcio Profissional Cooperativo dos Criadores da Raça Campolina liderado por, Paulo Rocha Lagôa , Joaquim Resende, Waldemar Urbano, Cel. Américo de Oliveira, Cel. Gabriel Augusto de Andrade, Bolivar de Andrade, Antonio Dutra, Herculano de Abreu, Renato Pereira Sobrinho, Ascânio Diniz e tantos outros.

Após aproximadamente 70 anos desenvolvendo a raça conforme as referências de cada criador, tornou-se necessário definir um padrão racial para que todos pudessem unir esforços e aperfeiçoar a raça conforme suas características oficiais.

A Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina foi fundada em 1951, com sede em Belo Horizonte, tendo como seu primeiro Presidente o criador Bolivar de Andrade da Fazenda Campo Grande, situada no município de Passa Tempo, Minas Gerais. Hoje, todos os criadores da raça são responsáveis pela continuidade dessa história que ganha mais admiradores e se consolida a cada ano.

Antes da morte de Cassiano Campolina deixou dinheiro para a construção do centenário Hospital Cassiano Campolina, tombado a nível estadual. Em 2014, na gestão da ex-prefeita, Cristina Resende, ganhou uma linda estátua de um cavalo montado, feita cuidadosamente em aço inox. O monumento foi instalado no trevo da cidade na MG 383. A escultura foi encomendada pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina (ABCCCampolina) ao artista plástico Zê Vasconcellos, conhecido por transformar sucata em obras monumentais

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