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Capoeira, memória e emoção: Lafaiete viveu um dia inesquecível com Mestre Nem

O sábado, 11 de outubro, ficará guardado na memória de quem esteve na Praça CEU, no bairro Rochedo, em Conselheiro Lafaiete. O espaço se transformou em um grande círculo de afeto, história e resistência para celebrar os 47 anos de trajetória do Mestre Antônio Carlos Manoel, o Mestre Nem, referência maior da capoeira angola em Minas Gerais e fundador do Grupo Força Jovem de Angola. A confraternização reuniu capoeiristas de várias cidades, antigos alunos, mestres convidados e famílias inteiras. As rodas se abriram em energia e movimento, com apresentações marcadas por beleza, ritmo e emoção. No centro da festa, a força da tradição se misturava ao orgulho da herança cultural deixada por Mestre Nem, símbolo de uma vida dedicada à arte e à educação.

O ponto alto do encontro foi a exibição do filme que retrata a trajetória do mestre, um documentário sensível que arrancou aplausos e lágrimas. Em cada imagem, uma lembrança viva: os primeiros alunos, os grupos formados, as viagens, as rodas e a voz firme que ensinou gerações a respeitar o corpo, o outro e a própria história.

Durante o evento, os painéis expostos contavam essa caminhada com recortes de jornais, fotos antigas e frases inspiradoras. Entre elas, duas se destacavam: “Quem fica sentado para aprender, pode ficar de pé para ensinar” e “A grande palavra de um verdadeiro mestre é a humildade”. Juntas, resumem o legado de um homem que fez da capoeira um caminho de sabedoria, disciplina e amor ao próximo.O mundo da capoeira bateu forte em Lafaiete. A vibração era contagiante, e a presença de capoeiristas vindos de diferentes lugares deu à confraternização o tom de uma verdadeira celebração nacional da cultura popular.

Entre os presentes, destacou-se a presença do ex-deputado estadual Glaycon Franco. Sua presença foi recebida com carinho e respeito pelos organizadores e participantes, reconhecendo o valor simbólico do apoio a uma manifestação que ultrapassa fronteiras políticas e se firma como patrimônio imaterial de nossa região. Foi um dia de beleza, memória e reconhecimento. Um encontro onde o tempo se curvou diante da história de um mestre que ensinou a transformar a luta em arte, o movimento em respeito e o som do berimbau em esperança.

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