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Decreto regulamenta circulação de veículos no Centro Histórico de Congonhas

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A partir do dia 16 de fevereiro, os ônibus de turismo não poderão mais entrar na área histórica da cidade. A medida adotada pelo Governo Municipal garante uma maior preservação do patrimônio e abre novas perspectivas para o setor do turismo através de fretamentos e guiamentos feitos por empresas da cidade. Esta proibição não se estende aos ônibus de transporte coletivo municipal, dos trabalhadores de Congonhas e a outros veículos no período ampliado do Jubileu.

 

O decreto nº 6.257 entrou em vigor em 16 de novembro do ano passado. Mas os 90 primeiros são de trabalho educativo, período no qual estão sendo tomadas todas as providências necessárias para o bom funcionamento da medida. As agências de viagem também já foram avisadas sobre a mudança. A iniciativa de Congonhas segue uma tendência de outras cidades históricas como Tiradentes e Ouro Preto, onde a proibição da entrada de ônibus vigora desde 2006.

 

O Município é um dos responsáveis, ao lado da União e do Estado, pela proteção de bens de valor histórico, artístico e cultural, conforme o artigo 23 da Constituição da República. Outro artigo da Lei 3.023 de 16 de novembro de 2010 determina que ao Município cabe planejar, proteger, regulamentar o trânsito de veículos, pedestres, ciclistas e de animais.

 

Como é

Atualmente, esses ônibus ao entrarem em Congonhas podem fazer apenas um percurso, passando pelas avenida JK, Bias Fortes e parando na Praça Bandeirantes. A partir desse ponto de parada,  os turistas tem que descer a pé para visitar as obras da Basílica e todo seu entorno. Após essa visita, os turistas, em sua grande maioria, retornam para os ônibus e vão embora. Ou seja, a mobilidade e a permanência dos visitantes ficam prejudicadas, impedindo que hotéis, lojas e restaurantes lucrem mais com esse movimento.

 

Como será

Com a nova medida, os ônibus de turismo vão parar na Rodoviária para desembarque dos turistas. A partir daí, a visita pela Cidade dos Profetas terá de ser feita com micro-ônibus, vans ou táxis, por exemplo, sendo que nesses veículos, o visitante poderá transitar por toda a cidade conhecendo outros atrativos além da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, como a Igreja da Matriz de Nossa Senhora da Conceição que também conta com obras do Mestre do Barroco Aleijadinho, o Parque Ecológico da Cachoeira, o Centro da cidade e a Estrada Real.

 

“Esta medida que a princípio parece restritiva, na verdade terá um efeito inverso, melhorando a mobilidade dos turistas em Congonhas. Gerando assim maior tempo de permanência, que é nosso principal desafio. Não dá pra liberar a circulação de ônibus convencionais pela ruas históricas e do Centro. Não temos mais espaço para isso. Com o decreto também teremos impacto econômico positivo com a geração de trabalho e renda relacionados aos fretamentos, que com certeza serão feitos por pessoas daqui”, afirma o secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável, Christian Souza Costa.

Fotos:divulgação

 

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