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A era da IA começou: só 100 profissões devem sobreviver até 2040, diz especialista

Trabalhos humanos serão reduzidos a ensinar, operar ou desenvolver inteligências artificiais

No palco do AI Bank Summit 2025, o especialista em inteligência artificial Danilo McGarry lançou uma previsão que soou quase cinematográfica: em quinze anos, o planeta poderá ter apenas cerca de cem empregos verdadeiramente relevantes.

Segundo ele, o futuro do trabalho será dividido entre os que constroem, os que ensinam e os que utilizam a inteligência artificial.

McGarry resgatou a trajetória da IA, lembrando que a tecnologia tradicional acumula 69 anos de história. Os bancos foram os primeiros a testar modelos para fraudes e análise de crédito, mas custos altos abriram caminho para a IA generativa.

Ele ainda revelou que o Google tinha sua própria IA seis meses antes do ChatGPT, mas segurou o lançamento para não interferir no seu motor de pesquisa instantânea.

O especialista pintou um quadro futurista: modelos como ChatGPT‑4 processam informações até 100 mil vezes mais rápido que o cérebro humano e retêm dados quase sem limite, enquanto nós guardamos apenas dez itens em curto prazo.

Para 2025 e 2026, ele prevê QI médio de 200 a 250 e capacidades multimodais, unindo fala, visão, audição e interação manual — uma era em que a inteligência artificial não só assiste, mas redefine o mundo.

Cronograma da IA e riscos competitivos

Na sua leitura, a Inteligência Artificial Geral pode surgir entre 2027 e 2030, superando qualquer ser humano em amplitude de raciocínio. Ele descreveu o momento como uma “tempestade perfeita” tecnológica: quem se preparar tende a ganhar força, mas quem hesitar pode sofrer perdas severas.

Casos de teste em andamento indicam ganhos de até 30% em receita e lucratividade para empresas que incorporam IA.

McGarry apontou liderança e velocidade como diferenciais competitivos. Por isso, ele recomenda buscar consultorias especializadas para fechar lacunas de qualificação.

Transformações setoriais em curso

A onda não se limita às finanças, mas o setor sente primeiro. Bancos tradicionais perdem espaço para concorrentes que apostam em tecnologia.

Assim, “toda empresa” tende a virar empresa de tecnologia, com indústrias convergindo. Ademais, clientes preferem aplicativos simples a filas em agências.

Escritórios de advocacia em reconfiguração

No jurídico, pesquisa, revisão e redação de documentos já contam com apoio de IA, o que diminui a necessidade de equipes volumosas. Enquanto isso, pequenas equipes ganham produtividade com sistemas automatizados e departamentos tendem a concentrar cargos de liderança.

Números do mercado e áreas mais afetadas

Relatórios citados reforçam a direção. O Goldman Sachs estima que a IA generativa pode elevar o PIB global em 7%. Já a Bloomberg projeta um mercado de US$ 1,3 trilhão até 2032.

Tais números guiam decisões estratégicas e pressionam agendas de investimento.

Consultorias como Bain & Company e McKinsey & Company apontam funções mais expostas neste ciclo. Os grupos com impacto mais imediato, do desenvolvimento ao relacionamento com clientes, são engenharia de software, operações com clientes, vendas e marketing.

McGarry encerrou com uma avaliação direta: ele não vê barreiras técnicas relevantes ao avanço. Portanto, a AGI pode surgir em dois a três anos, no máximo. Os investimentos corporativos em IA crescem continuamente, e o movimento não deve cair.

FONTE: CAPITALIST

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