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ESCÂNDALO FINANCEIRO À VISTA: Prefeitura de Itaverava busca empréstimo de R$ 11 milhões enquanto terceiriza saúde por mais de R$ 500 mil

Itaverava vive um dos momentos mais delicados da sua história recente. Ao mesmo tempo em que terceiriza serviços básicos de saúde por mais de R$ 502 mil ao ano, a Prefeitura agora busca autorização para contrair um empréstimo gigantesco de R$ 11 milhões junto à Caixa Econômica Federal — e o mais alarmante: usando o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) como garantia caso a União não cubra o débito. O projeto, assinado pelo prefeito Wanderley Lopes em 05 de novembro de 2025, autoriza o Executivo a contratar o crédito por meio do FINISA, do Pró-Transporte, Pró-Cidades ou Saneamento para Todos. Mas o trecho mais preocupante está no final, quando o texto deixa claro: na prática, isso significa que recursos essenciais para saúde, educação, transporte, limpeza urbana e pagamento de salários podem ser retidos diretamente pela Caixa para cobrir a dívida.

Especialistas alertam: “Assinatura de cheque em branco”

O uso do FPM como contragarantia é considerado por especialistas uma manobra de risco extremo, especialmente para cidades pequenas. Isso porque:

  • o FPM é a PRINCIPAL fonte de recursos do município;
  • sua retenção pode travar serviços básicos;
  • pode gerar atraso de salários, como já ocorre em outras cidades endividadas;
  • pode comprometer gestões futuras por até 20 anos.

O empréstimo ainda pode ser feito sem garantia da União, transferindo praticamente todo o risco financeiro para o próprio município. Ou seja: se der errado, quem paga é Itaverava.

E enquanto isso… a saúde é terceirizada por mais de meio milhão

Enquanto pede milhões emprestados, a Prefeitura firmou um contrato de R$ 502 mil para terceirizar a Atenção Primária, incluindo:

  • plantões de 12 horas,
  • atendimento ambulatorial,
  • procedimentos básicos,
  • acolhimento da demanda espontânea,
  • estabilização de urgências.

Moradores questionam se a terceirização — e sua dependência de empresas privadas — não é mais um sinal de que o município perdeu o controle da própria gestão de saúde.

População teme colapso financeiro e caos nos serviços

Com a cidade cogitando um empréstimo que beira R$ 11 milhões, aliados a gastos crescentes com terceirizações, servidores e moradores começam a manifestar preocupação. “Se já está difícil agora, imagina quando essa dívida começar a ser cobrada? Vão descontar do FPM e vai faltar tudo!”, desabafa um funcionário público que prefere não se identificar.

Câmara é pressionada: votar a favor é assumir responsabilidade pelo rombo

Com o projeto em mãos, vereadores agora são pressionados:

  • Aprovar significa endividar o município por décadas.
  • Rejeitar significa barrar o maior empréstimo da história local.

A população quer transparência:

  • Onde exatamente serão aplicados os R$ 11 milhões?
  • Por que terceirizar serviços essenciais e ao mesmo tempo contrair uma mega-dívida?
  • Como a Prefeitura pretende pagar essa conta?
  • Qual o impacto na folha e nos serviços essenciais?

Sem respostas claras, cresce o temor de que Itaverava esteja entrando em um ciclo de endividamento perigoso, terceirizações caras e risco iminente de colapso financeiro.

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