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Toyota revela quando vai fechará fábrica brasileira que fez o Corolla por 27 anos; japonesa aposta em nova geração com Yaris Cross e Hiace

A Toyota inicia uma mudança industrial significativa no Brasil com o fechamento da fábrica de Indaiatuba, a expansão de Sorocaba e a chegada de novos modelos híbridos e eletrificados, marcando um dos maiores ciclos de reestruturação da marca no país.

A Toyota confirmou que encerrará as operações da fábrica de Indaiatuba, no interior de São Paulo, no segundo semestre de 2026, encerrando um ciclo de 27 anos de produção do Corolla sedã na unidade.

A decisão integra o plano de investimentos de R$ 11 bilhões até 2030 no Brasil, que inclui novos veículos híbridos, expansão do complexo de Sorocaba e o lançamento de modelos como Yaris CrossHiace e Corolla GLi Hybrid.

Com a mudança, a produção do Corolla será transferida para Sorocaba, onde a montadora afirma que concentrará as principais operações no país.

A empresa informou que os cerca de 1.500 funcionários de Indaiatuba poderão ser realocados e que devem ser abertas mais 500 vagas até 2026 em função da ampliação da capacidade produtiva.

Fim da produção em Indaiatuba e início do novo ciclo da Toyota

Inaugurada em setembro de 1998, a planta de Indaiatuba foi construída para produzir exclusivamente o Corolla e acumula mais de um milhão de unidades montadas desde então.

O encerramento definitivo das atividades está previsto para o segundo semestre de 2026, em um processo gradual que será conduzido entre 2025 e 2026.

A produção será totalmente realocada para Sorocaba, onde a Toyota prepara uma segunda unidade fabril.

Toyota anuncia fechamento da fábrica de Indaiatuba em 2026 e investe em nova fase no Brasil com Yaris Cross, Hiace e portfólio híbrido flex.
Toyota anuncia fechamento da fábrica de Indaiatuba em 2026 e investe em nova fase no Brasil com Yaris Cross, Hiace e portfólio híbrido flex.

Segundo comunicados da empresa, essa nova instalação será responsável por receber a próxima geração do Corolla e outros projetos ainda não detalhados.

A fabricante afirma que a concentração das operações em Sorocaba está relacionada a metas de eficiência, modernização e adoção de tecnologias híbridas e eletrificadas.

Sorocaba ganha expansão e novos investimentos estratégicos

O investimento de R$ 11 bilhões anunciado pela montadora prevê a ampliação do complexo de Sorocaba e o fortalecimento da fábrica de motores de Porto Feliz.

A primeira etapa do plano, até 2026, inclui cerca de R$ 5 bilhões voltados à preparação de novas linhas de montagem e ao desenvolvimento de modelos híbridos flex.

Hoje, Sorocaba produz o Corolla Cross e o Yaris, além de veículos destinados à exportação.

Com a expansão, a produção do Corolla sedã também será incorporada ao complexo, que, segundo a Toyota, deverá assumir um papel central na operação brasileira.

Yaris Cross impulsiona nova fase dos híbridos da Toyota

Um dos destaques do novo ciclo é o Yaris Cross, SUV compacto que será produzido em Sorocaba com base na plataforma DNGA, versão simplificada da arquitetura global da marca.

A Toyota anunciou que o modelo teria lançamento previsto para outubro de 2025, em versões a combustão e híbridas flex.

Contudo, em setembro de 2025, a fábrica de motores de Porto Feliz sofreu danos após tempestades que atingiram a região, o que levou à paralisação temporária da produção de motores e afetou o cronograma de lançamento.

A empresa informou que utilizaria temporariamente motores importados do Japão para manter a fabricação dos híbridos e retomar gradualmente o ritmo de produção local.

Até o momento, a Toyota não divulgou uma nova data para o início das vendas do Yaris Cross nas concessionárias, mas mantém o modelo dentro do planejamento industrial vigente.

Toyota anuncia fechamento da fábrica de Indaiatuba em 2026 e investe em nova fase no Brasil com Yaris Cross, Hiace e portfólio híbrido flex.
Toyota anuncia fechamento da fábrica de Indaiatuba em 2026 e investe em nova fase no Brasil com Yaris Cross, Hiace e portfólio híbrido flex.

Hiace e Corolla GLi Hybrid ampliam o portfólio no Brasil

A Toyota também confirmou a chegada da Hiace, van importada da Argentina e equipada com o motor 2.8 turbodiesel utilizado pela Hilux.

O modelo começou a ser oferecido no Brasil em configuração minibus para até dezesseis ocupantes, voltada a empresas, locadoras e transporte de passageiros.

Outras versões, como furgão e ambulância, estão previstas. Outra novidade é o Corolla GLi Hybrid, versão de entrada do sedã híbrido flex.

A configuração foi lançada em 2025, voltada ao público de vendas diretas, como taxistas e pessoas com deficiência.

O modelo utiliza o conjunto híbrido 1.8 de 122 cv combinados e inclui o pacote de segurança Toyota Safety Sense.

Realocação e expansão da força de trabalho

A Toyota afirma que os cerca de 1.500 funcionários de Indaiatuba terão a opção de transferência para Sorocaba, sem previsão de demissões em massa durante o processo.

A realocação deve ocorrer entre meados de 2025 e o fim de 2026.

Segundo a empresa, a expansão do complexo de Sorocaba deverá gerar 500 novas vagas diretas até 2026 e até 2.000 postos adicionais até 2030, somados aos empregos gerados na cadeia de fornecedores.

Programas de treinamento e capacitação estão previstos para adequar os trabalhadores às novas linhas voltadas a veículos híbridos e à futura geração do Corolla.

Reorganização segue movimento iniciado com o fechamento no ABC

O fechamento da fábrica de Indaiatuba ocorre após a desativação da unidade de São Bernardo do Campo, concluída em 2023.

Inaugurada em 1962, a planta do ABC paulista foi a primeira fábrica da Toyota fora do Japão e produziu veículos como o Toyota Bandeirante por mais de 40 anos.

A reestruturação da operação brasileira faz parte de um processo de reorganização adotado pela montadora no país.

A empresa informou, na época, que a realocação de atividades buscava adequar o parque industrial às demandas produtivas e tecnológicas.

Com novos investimentos, ampliação de Sorocaba e lançamentos como Yaris Cross, Hiace e Corolla GLi Hybrid, a Toyota reúne elementos que, segundo analistas do setor, podem influenciar o posicionamento da marca no mercado nacional.

Na sua avaliação, quais desses movimentos devem impactar mais a estratégia da montadora no Brasil?

FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS

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