Minas Gerais talvez não seja, ainda, o principal polo de desenvolvimento de games do país, mas isso pode mudar no futuro próximo. Pelo menos é o objetivo de uma série de novas iniciativas tomadas pela iniciativa privada e pública no estado.
A ideia é apostar em um mercado bilionário que não exige grandes insumos para operar, além da capacidade técnica e criativa dos seus profissionais. Mas será que essas iniciativas têm potencial para revolucionar o estado?
1º Congresso Científico de Games do Brasil será em Minas
Em 2025, a cidade de Belo Horizonte recebe o 1º Congresso Brasileiro Científico no Setor de Games. O objetivo do evento é reunir acadêmicos, profissionais e pesquisadores da área para promover conhecimento e avançar o universo gamer no estado. Mas esse não é o único evento da área realizado em Minas Gerais no ano.
Em outubro, a Copa do Mundo da Criação de Jogos teve uma etapa mineira em Belo Horizonte. O objetivo da competição, realizada no Sebrae, era criar um jogo inteiro em 48 horas. Dentre todos os participantes, 60 equipes foram selecionadas para uma fase de incubação, com a chance de ver o negócio sair do papel.
Cemig tenta atrair startups de todas as áreas
A iniciativa privada também tem tentado movimentar o mercado de tecnologia e games em Minas Gerais. Um exemplo é a iniciativa da Cemig para atrair startups para o estado.
A empresa de energia criou o Inova Cemig.Lab, em parceria com o P7 Criativo e a Invest Minas, para atrair até 40 startups de todas as áreas em 2025. O programa oferece espaço físico e infraestrutura (como energia elétrica), além de inteligência de captação de investimentos, para esses negócios prosperarem.
Qual o potencial econômico da iniciativa?
Minas Gerais já teve um “gostinho” do potencial econômico de ter uma empresa de games bem-sucedida em seu estado. Estamos falando, claro, do estúdio Long Hat House, criador do game Dandara. O jogo, lançado para PS4, Xbox One, Nintendo Switch e outras plataformas, venceu prêmios importantes no mercado internacional.
O mesmo estúdio já se prepara, inclusive, para lançar um novo game, Magenta Arcade II, inspirado e baseado na cidade de Belo Horizonte.
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No entanto, esse é apenas um caminho para as empresas de desenvolvimento de games do estado. Existem outros mercados e caminhos que elas podem explorar.
Um deles é o de iGaming, um nicho que deve faturar algo como R$36 bilhões apenas no Brasil em 2025, e que precisa de jogos constantemente.
Basta olhar para uma plataforma de apostas e cassino online para ver quantos jogos do tipo slot, Crash, roleta e BlackJack existem no momento. Esses games são desenvolvidos por várias empresas diferentes, de vários cantos do mundo.
Outro nicho com grande potencial de crescimento é o de Realidade Virtual. Com a popularização de aparelhos como o Meta Quest ou o PlayStation VR2, novos games são necessários para suprir essa nova demanda.
Minas pronta para o “play”?
O cenário é promissor, mas exige constância. Se as iniciativas públicas e privadas convergirem, o Estado tem tudo para virar protagonista no mercado digital. Afinal, talento e criatividade Minas já tem. Agora, é hora de transformar todo esse potencial em negócios reais.



