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MEC anuncia bolsas de R$ 2.100 para manter professores onde há necessidade

Poucas iniciativas públicas conseguem mudar o cenário educacional tão rapidamente quanto uma boa política de incentivo. Foi exatamente esse movimento que ganhou força quando o Ministério da Educação, por meio da Capes, abriu a porta para que estados e o Distrito Federal reforçassem seus quadros docentes.

O foco do Edital nº 22/2025 não é apenas preencher vagas, mas criar condições de permanência para professores onde há escassez.

Com bolsas de R$ 2.100 mensais por 24 meses, o programa Mais Professores para o Brasil pretende reter talentos nas disciplinas mais críticas da educação básica. A seleção das escolas com carências específicas estará disponível no Simec, permitindo que gestores visualizem as prioridades e façam escolhas estratégicas.

A adesão, porém, tem prazo definido: os entes federativos precisam formalizar a participação até 10 de dezembro. A partir daí, o objetivo é simples: dar previsibilidade financeira, reduzir vacâncias e aproximar a estrutura pública das necessidades reais das salas de aula.

Quem pode participar e como funciona a seleção

As redes de ensino conduzirão os processos seletivos, e a Prova Nacional Docente, realizada pelo MEC, poderá valer como critério de classificação ou pontuação adicional. Para concorrer, o professor precisa ter vínculo formal com a rede pública.

Podem participar concursados em estágio probatório, contratados especificamente para adesão ao programa e profissionais com vínculo funcional previsto de, no mínimo, dois anos, com possibilidade de renovação por igual período. Contudo, a renovação não amplia a vigência da bolsa.

Requisitos acadêmicos e compromissos

Além do vínculo, a rede exigirá formação adequada e compromissos formais. O candidato deve apresentar diploma de licenciatura ou curso de formação pedagógica para graduados não licenciados, reconhecido pelo MEC.

Também será necessário passar no processo seletivo e assinar o termo de adesão e compromisso junto à União, via CAPES/MEC, além de cumprir atividades na escola e manter a frequência.

Critérios de distribuição e formação exigida

Cada rede pública elegível poderá pactuar, no mínimo, 120 bolsas. A distribuição adicional será proporcional à necessidade das escolas, considerando-se dois critérios acumulativos: adequação da formação docente acima de 25% e indicador de nível socioeconômico (Inse) entre os 25% mais baixos do país.

As redes destinarão as bolsas às turmas dos anos finais do ensino fundamental e ao ensino médio das escolas elegíveis. Paralelamente, o bolsista cursará uma especialização EAD de 360 horas, ofertada por uma instituição de ensino superior parceira, que interliga teoria e prática em sala de aula e se conclui em 24 meses.

Cronograma e etapas no Simec

Os gestores usarão o Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec) para aderir, validar escolas e informar seleções. O cronograma concentra decisões em dezembro e janeiro. Por isso, as redes devem planejar equipes e prazos internos com antecedência.

  • Até 10 de dezembro: adesão das redes no Simec.
  • 12 de dezembro: divulgação do resultado de vagas e redes participantes.
  • De 15 de dezembro a 15 de janeiro de 2026: seleções de professores bolsistas pelas redes.
  • Até 23 de janeiro: envio do resultado da seleção ao MEC.
  • 2 de março: início do curso de especialização.

O programa Mais Professores para o Brasil reconhece o papel central do docente e organiza um pacote de valorização. Além da Bolsa Mais Professores, inclui Pé-de-Meia Licenciaturas, Portal de Formação e Prova Nacional Docente.

O governo também prevê benefícios exclusivos em bancos públicos e descontos em hotéis, enquanto visa atender 2,3 milhões de docentes em todo o país.

FONTE: Capitalist

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