Com o advento da explosão da tecnologia da informática, cujo ápice se nota pela internet, esta vem se firmando vigorosamente como uma poderosa força de troca de informações.
Certamente que em sua grande maioria serve apenas como entretenimento, como podemos verificar pelo modelo das redes sociais, onde se comunicam concomitantemente centenas e até milhares de pessoas, pipocando figuras, textos, e pequenos vídeos mostrando coisas engraçadas, de autoajuda, pitorescas e até repulsivas. Justiça seja feita, consideremos também o seu bom uso para passar informações de interesse público, principalmente pelos smartphones.
Mas, passado algumas décadas desde sua efetiva implantação e popularização, o troço avançou em muito, entranhando na vida da gente de uma maneira nunca dantes imaginada, nem mesmo por intelectuais e escritores antigos, assim como o inglês George Orwell, que trabalhando com a criatividade ao extremo, imaginou como poderia ser o mundo do futuro (pensado naquela época), criando a assustadora figura do “Grande Irmão”. O SISTEMA, que toma conta da vida de todo mundo, através de uma vigilância ditatorial.
E o avanço ainda não terminou. Suas ramificações agora começam a ameaçar perigosamente uma fortaleza que durante séculos se manteve inabalável. A imprensa escrita.
Expliquemos. Antigamente para nos inteirarmos dos acontecimentos principalmente nas esferas nacional e estadual, fora de nossos domicílios, éramos completamente dependentes de publicações de circulação nacional.
Para o bem ou para o mal, ficávamos presos aos interesses de proprietários de corporações que aumentavam ou diminuíam os fatos de acordo com seus interesses. E na maioria das vezes, os distorciam. Transformavam, às vezes, em bombásticas noticias fatos inteiramente irrelevantes.
Isso até explica o enorme desinteresse de grande parcela da população em preocupar-se com assuntos insistentemente divulgados pela grande mídia. Mesmo no inconsciente, percebia-se que a coisa não era bem assim e então divulgava-se, pelo mesmo processo, que a “massa é ignorante e alienada”. Aliás, numa palestra recente, Ciro Gomes demonstra que pode haver revolta popular, quando o povo não se vê representado pelos seus políticos. Oremos.
Então eis que surgem no âmago da internet, uma série interminável de blog’s e sites, muito mais abertos quanto ao espectro da noticia e da informação, muitas vezes até com claro posicionamento no contexto geral, mas ampliando de sobremaneira as opções da captura de informações por parte do lado mais vulnerável do povo de uma Nação. Ou seja, nós.
Aí caímos no verdadeiro desafio moderno século. Superar a tentadora dicotomia do certo e do errado, do alto e do baixo, da esquerda e da direita, do petralha e do coxinha e partimos para o que verdadeiramente nos interessa que é formar uma sociedade coesa, com os interesses coletivos unificados, buscando o equilíbrio e o bem-estar social e, principalmente, tratar do meio ambiente com o seu devido valor, lembrando que ele é parte fundamental de nossas vidas já que, sem ele, sem vida.