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Pouca gente sabe pedir o benefício do governo que paga um salário mínimo por mês, salva idosos e pessoas com deficiência na miséria, mas exige Cadastro Único certo, laudo médico e ainda paciência com a burocracia

O benefício do governo conhecido como BPC/LOAS garante um salário mínimo a idosos e pessoas com deficiência em miséria profunda, mas exige Cadastro Único atualizado, laudos completos, perícia do INSS, renda rigidamente analisada e fôlego para enfrentar filas, negativas, revisões e visitas ao CRAS em todo o Brasil

benefício do governo BPC/LOAS se mantém como uma das principais políticas de assistência social em vigor no Brasil, garantindo um salário mínimo mensal a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade extrema, mesmo sem histórico de contribuição ao INSS, e funcionando como rede de proteção para famílias com poucos recursos.

Na prática, até dezembro de 2025 esse arranjo assistencial se tornou a única renda regular em muitos domicílios, ajudando a custear alimentação, medicamentos e contas básicas em territórios marcados pela extrema pobreza, ao mesmo tempo em que expõe falhas de cadastro, exigência de laudo médico detalhado e demora nas análises do INSS.

O que é o BPC/LOAS, benefício do governo que paga um salário mínimo

Previsto na Lei Orgânica da Assistência Social, o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) é um benefício do governo de natureza assistencial, voltado a quem não consegue prover a própria manutenção nem conta com apoio suficiente da família.

O desenho da política alcança principalmente pessoas que passaram a vida na informalidade ou nunca conseguiram inserção estável no mercado de trabalho.

O BPC garante um salário mínimo mensal, mas não gera 13º salário nem pensão por morte.

Ainda assim, em grande parte dos lares atendidos, ele representa a única renda estável, o que torna o valor decisivo para a compra de alimentos, remédios e para o pagamento de despesas básicas, com impacto direto na redução da extrema pobreza em áreas vulneráveis.

Quem tem direito a esse benefício do governo em 2025

O BPC/LOAS atende dois grupos distintos: idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência com impedimentos de longo prazo que dificultem a participação plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas.

Em ambos os casos, é necessário demonstrar que não há meios próprios ou familiares de garantir o sustento.

O critério de renda familiar per capita, em regra, precisa ser inferior a um quarto do salário mínimo, o que faz com que pequenas variações no orçamento possam excluir famílias pobres que ultrapassam a linha por margem mínima.

Além disso, é obrigatório que a família esteja inscrita e atualizada no Cadastro Único, base oficial usada pelo governo para identificar o público de baixa renda.

O benefício pode ser concedido a brasileiros natos, naturalizados e a alguns portugueses residentes, dentro das regras de reciprocidade vigentes.

Passo a passo para pedir o benefício do governo

O acesso ao BPC/LOAS depende de um roteiro formal que combina Cadastro Único correto, documentos pessoais, laudo médico bem preenchido e análise do INSS.

O pedido pode ser iniciado pelos canais digitais, pelo telefone 135 ou presencialmente, e exige comprovação detalhada da situação socioeconômica da família.

De forma simplificada, o passo a passo para solicitar o benefício do governo segue esta sequência, conforme a base normativa e operacional em 2025:Play Video

Inscrição ou atualização no Cadastro Único no CRAS do município, informando renda, composição familiar e endereço, com atenção a eventuais divergências que podem gerar pendências futuras.

Reunião de documentos pessoais de todos os integrantes da família e, no caso de pessoas com deficiência, laudos médicos completos, que descrevam impedimentos de longo prazo e suas repercussões funcionais.

Protocolo do pedido pelo aplicativo ou site Meu INSS, pelo telefone 135 ou diretamente em uma agência do INSS, vinculando o requerimento ao CPF do solicitante.

Avaliação social e eventual perícia médica realizadas pelo INSS, etapa em que são checadas condições de saúde, renda familiar e informações do Cadastro Único.

Acompanhamento do andamento e recebimento da decisão, com possibilidade de recurso em caso de negativa, o que frequentemente prolonga o tempo de espera das famílias.

Cada uma dessas fases exige organização documental e paciência com a burocracia, principalmente em cidades onde o acesso a internet, transporte até o CRAS ou até a agência do INSS é limitado.

Burocracia, laudo médico e renda: os principais obstáculos

Os principais entraves para acessar o BPC/LOAS continuam sendo a burocracia, o desconhecimento das regras e a dificuldade de reunir documentos exigidos.

Famílias em maior vulnerabilidade, sem internet regular ou morando longe de unidades do CRAS e de agências do INSS, frequentemente atrasam ou desistem do pedido por falta de apoio técnico para preencher corretamente formulários e cadastros.

critério de renda rígido, atrelado a um quarto do salário mínimo por pessoa, faz com que aumentos pontuais, bicos temporários ou benefícios de outros membros da família empurrem o cálculo para cima e acabem excluindo domicílios ainda pobres.

Ao mesmo tempo, a necessidade de manter o Cadastro Único sempre atualizado cria o risco de suspensão do benefício do governo em caso de inconsistências, omissões de renda ou mudança de endereço não registrada.

laudo médico, quando se trata de pessoa com deficiência, também é ponto sensível.

Descrições genéricas, ausência de informações sobre tempo de duração do impedimento e impacto na vida cotidiana podem levar o INSS a indeferir o pedido ou solicitar complementações, prolongando o tempo de análise.

Em muitos casos, a demora na perícia e na avaliação social faz com que famílias fiquem meses sem resposta, mesmo diante de situação de miséria.

Impacto do BPC/LOAS na renda das famílias brasileiras

Em lares sem emprego formal, o BPC/LOAS costuma ser a única fonte de renda previsível ao longo do mês, permitindo algum nível de planejamento mínimo para despesas fixas.

O valor do benefício do governo é frequentemente destinado à compra de alimentos, à aquisição de medicamentos de uso contínuo e ao pagamento de contas essenciais, como energia e água.

Como política pública, o BPC contribui para reduzir a extrema pobreza e as desigualdades regionais, sobretudo em municípios com pouca oferta de emprego e alta informalidade.

Ao mesmo tempo, o desenho do programa obriga o Estado a aprimorar continuamente os processos de perícia médicaanálise social e monitoramento do Cadastro Único, além de comunicar com clareza os direitos e deveres dos beneficiários para evitar cortes e suspensões inesperadas.

O que o beneficiário precisa fazer agora

Diante desse cenário, especialistas em assistência social recomendam que quem se enquadra nos critérios revise com cuidado a situação do Cadastro Único, se organize para reunir documentos e laudos médicos detalhados e utilize, sempre que possível, os canais digitais do Meu INSS e o apoio do CRAS para evitar erros formais no pedido do benefício.

Para manter o benefício do governo ativo, é essencial acompanhar notificações, cumprir prazos de atualização cadastral e guardar cópias de laudos, declarações e comprovantes de renda.

Em um contexto de pobreza estrutural, informação correta e documentação em ordem podem significar a diferença entre ter ou não ter o salário mínimo garantido todos os meses.

FONTE: Click petroleo e gas

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