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A “Capital Iluminada da Fé” investe na economia criativa

Produtores artesanais e artistas de Congonhas incrementam seus negócios e contatos futuros no evento natalino referência do Alto Paraopeba.

A economia criativa é um setor estratégico que usa a criatividade, conhecimento e inovação para gerar bens e serviços culturais, promovendo desenvolvimento econômico e social, diversificação, identidade e atratividade turística, através de atividades como as artes, o artesanato, a moda, o audiovisual, a gastronomia, o patrimônio, a tecnologia, entre outras atividades, transformando talentos em valor econômico sustentável. Em uma cidade de grande efervescência cultural como Congonhas, o que cabe ao poder público é apoiar a economia criativa. Assim como ocorre em outros eventos, neste Natal, graças a um arrojado projeto desenvolvido pela Governo Municipal e a Igreja, Congonhas se apresenta como a “Capital Iluminada da Fé”, referência ao título de “Capital Mineira da Fé”, que começa a reverberar por todo o estado e o País. Durante a programação e em outros atrativos natalinos, os empreendedores locais têm oferecido ao público o que sabem fazer de melhor, tornando esta época do ano mais leve, saborosa, divertida, carregada de emoção e fé. Como efeito, estes trabalhadores conseguem elevar suas rendas e aquecerem a economia da cidade.

Na Prefeitura de Congonhas, este trabalho é realizado em conjunto pela Secretaria de Cultura (porque todos estes saberes e fazeres são culturais) com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (porque cada oportunidade se torna um negócio), com a Secretaria de Desenvolvimento, Assistência Social e Cidadania e com a Secretaria de Ciência, Inovação e Tecnologia (porque atividades culturais e econômicas sempre precisam inovar).

Música, teatro e cinema

A economia criativa está presente nos shows musicais, encenações, nos pontos de alimentação, exposição e venda de produtos artesanais.

Os shows de Cristianne Carvalho, Jéssica e Wellington, Marcelo Heidenreich e Gian Resende foram contratados pela Secretaria de Cultura. Já as apresentações culturais relacionadas à música e ao teatro que ocorrem na Romaria e no Teatro Municipal Dom Silvério Gomes Pimenta foram viabilizados por parcerias, sem o pagamento de cachês, mas se enquadram na economia criativa, porque o evento abre espaço para que os artistas apresentem seus trabalhos ao público e futuros contratantes.

De acordo com a diretora de Economia Criativa da Secretaria de Cultura, Priscilla Lobo, “a economia criativa é muito ampla e envolve vários segmentos, como música, teatro, design, produção artesanal (de peças utilitárias e decorativas para a casa toda, assim como as quitandas e outros produtos alimentícios) cinema, artes plásticas, entre outras. Quando o indivíduo usa a criatividade para gerar renda, surge a economia criativa, que representa uma parcela importante do sustento de diversas famílias de Congonhas”. A classe artística de Congonhas está sempre envolvida com o intenso calendário oficial de eventos do município.

Desenvolvimento econômico

A Diretoria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Congonhas viabilizou a atuação de diversos representantes da economia criativa durante o evento natalino. Muitos deles já haviam se beneficiado do espaço garantido pela pasta durante o Carnaval, o Jubileu e outros eventos e atividades realizados em Congonhas.

Sala do artesanato

Ocupando parte das dependências da Romaria, a sala do artesanato oferece oportunidade a associadas da UNIARTE, da Pata da Loba, artesãs independentes, como a quitandeiras de apresentarem seus trabalhos e comercializem seus produtos. Ocuparam estandes daquele espaço cinco artesãs individuais e duas associações.

Tassiane Cristina Barbosa Brito é artesã independente e produz suas peças em feltro e EVA. Ela ocupa um estande juntamente com a tia Simone, que faz bordados, crochê e artesanato com barbante e malha. Ela aproveita a primeira oportunidade ofertada pela Prefeitura para expandir os negócios. “Pessoas que acompanharam os vídeos e outras divulgações feitas neste Natal nos contataram, fizeram pedidos e voltaram aqui para comprar. Então a divulgação para um número maior de pessoas aumentou as nossas vendas. Este é um projeto muito bom! E quem vem ver os atrativos do Natal geralmente levam uma lembrancinha, o que nos ajuda a gente muito”.

A associação Pata da Loba, reconhecida pela qualidade de seu artesanato em todo o estado, também está presente na Romaria. As peças são estampadas com temas de Lobo Leite, como os casarões, igreja e flores. As técnicas de bordado utilizadas são a bainha aberta e o bordado a mão livre.

Nair de Freitas Cardoso, moradora do Ipiranga, há 10 anos como associada do Pata da Loba, lembra que participou de uma oficina e nunca mais saiu. “De lá para cá, fizemos outras oficinas, inclusive com um designer de São Paulo, produzimos um catálogo e recentemente participamos de uma oficina do Sebrae. Estamos sempre buscando qualificação profissional, o que faz nossos produtos serem sempre bem aceitos”.

Os produtos da Pata da Loba são comercializados durante o ano em feiras estaduais, nos eventos da Prefeitura e na Estação de Lobo Leite, que é visitada pelos turistas.

Maria das Graças Veloso.  Moradora do bairro Boa Vista e associada da Uniarte, trabalha com artesanato há 30 anos. Segundo ela, “esta oportunidade de expor nossos produtos durante o Natal aqui na Romaria está sendo muito proveitosa para nós, artesãos. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e uma Gerência de Artesanato está contribuindo para o nosso crescimento profissional”.

Nayara Matosinhos Silva, gerente de Artesanato da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, destaca que este evento natalino é uma importante oportunidade de valorização do artesanato local. “Temos incluído o artesanato em todos os eventos do município, garantindo espaço, visibilidade e geração de renda para nossos artesãos, além de fortalecer a identidade cultural de Congonhas”, afirma.

A artesã independente Sinaria Cristina Alves Souza, do Pires, coloca a família toda para produzir artesanato, quitanda e doces, que também é produto artesanal. A família faz quitanda há mais de 30 anos, mas ainda não havia participado do Festival da Quitanda, somente da Feira do Produtor Rural e de uma feira que acontece no Pires, realizada de 15 em 15 dias no Telecentro.

“Eu estou aproveitando o evento natalino para ampliar minha clientela, mostrando os produtos para Congonhas inteira, para fazer as entregas durante o ano, além de vender bastante aqui na Romaria”.

Praça de alimentação

Em outra parte da edificação da Romaria, está instalada a praça de alimentação, com seis estandes ocupadas por associados da AVECAC, que comercializam caldos, macarrão, cachorro-quente, salgados, doces e bebidas, além de mais duas quitandeiras e outro pelo CEAMEC, por meio da Secretaria de Desenvolvimento, Assistência Social e Cidadania (SEDASC), para a venda de refeição, açaí e bebidas.

Ainda dentro da Romaria, ambulantes comercializam algodão doce, pipoca e chup chup gourmet.

Na área externa à Romaria, há hamburgueria e vendedores de churros e milk shake.

“O trabalho dos ambulantes na cidade consiste em vender produtos ou serviços em espaços públicos, como ruas, praças, praias, ônibus e eventos. Eles fazem parte do comércio informal urbano e têm um papel importante no dia a dia da população. Hoje contamos com duas associações e uma delas – a AVECAC – está participando do evento natalino na Romaria. Os ambulantes são fundamentais para a economia urbana e para a vida cotidiana das cidades, apesar dos desafios que enfrentam”, afirma Flaviana Bittencourt, da Diretoria de inclusão produtiva e cooperativismo.

Uma das expositoras, Amanda Caetano preparou uma coleção exclusiva para este Natal. Ela produz biscoitos artesanais, decorados, personalidades para festa, canecas, monta cestas e kits. O carro-chefe dela neste Natal está sendo os coockies, que são biscoitos decorados de glacê real em formato de Papai Noel, árvore de Natal, biscoitos de gengibre e tudo está fazendo o maior sucesso.

“Estou muito feliz com a oportunidade que a Prefeitura oferece para nós, empreendedores da economia criativa. É tanta gente boa que tem aqui [em Congonhas], que precisa de mais visibilidade. Já aguardo novas oportunidades de divulgar o nosso trabalho, que é feito com todo o carinho”, diz Amanda que possui um ateliê e realiza vendas online pelo Instagram.

Mariana Anália Abreu Costa Silva, moradora do bairro Cristo Rei, é outra confeiteira que aproveita o evento natalino para expor seus brigadeiros e biscoitos natalinos.

“Agradeço a oportunidade de participar deste evento tão importante para a cidade e para nós, empreendedores locais, que podemos reforçar nossas marcas”, comenta.

Ana Borges, natural do Pará, associada da AVECAC e moradora de Congonhas há 15 anos, faz pratos da cozinha mineira como se tivesse sido criada em uma cozinha mineira. Ela aprendeu com a sogra a preparar canjiquinha, frango com quiabo, tutu à mineira. Durante o evento, na Romaria, além da canjiquinha, apostou nos caldos e está se saindo muito bem. Associada há 5 meses da AVECAC, participa pela primeira vez de um evento realizado pela Prefeitura.

“Participar da associação está sendo muito importante para mim, porque consegui uma vaga neste evento, para servir ao público esses alimentos feitos com carinho aos clientes, que estão gostando muito deles. Conforme for, conseguiremos participar do Carnaval e dos outros eventos do ano realizados pelo município”, espera a cozinheira.

Daiana Maria de Souza Dias, outra associada da AVECAC, é outra que participa de várias feiras da cidade. “O movimento da Prefeitura em conjunto com a Igreja para tornar Congonhas a ‘Capital Mineira da Fé’ abre espaço também para os empreendedores da cidade. Não dou conta, de tanto que estou vendendo meus doces. O pessoal gosta muito das tortas e bombons. A torta de pudim é bem molhadinha e suculenta, está fazendo sucesso. A outra tem leite ninho, avelan e morango.

A organização do evento realizou uma enquete entre os empreendedores participantes do evento natalino na Romaria e a maioria foi favorável a estender suas vendas por lá enquanto a estrutura estiver montada, houver programação cultural e a iluminação de Natal estiver ligada.

Atenção!

O Papai Noel receberá as crianças até esta terça-feira (23/12).

Em seguida, a Romaria ficará fechada nos dias 24 e 25, reabrindo dia 26 (sexta-feira) e funcionando até o dia 30.

A Romaria será fechada novamente nos dias 31 dezembro e 1º de janeiro, reabrindo no dia 2. O comércio funcionará nas dependências daquele Centro Cultural até o dia 6 (quando haverá lá a celebração dos Santos Reis, com apresentação das folias de reis).

Após esta data, já sem os comerciantes na Romaria, a iluminação de Natal seguirá acessa até o dia 11, quando será realizado o 4º Encontro de Folias de Reis na Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos.

Confira o restante da programação clicando em:

https://www.congonhas.mg.gov.br/index.php/congonhas-da-inicio-ao-natal-2025-com-fe-luz-e-grande-participacao-das-familias

Por Secretaria de Comunicação/Prefeitura de Congonhas

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