Os rumores de falta de merenda escolar, material de limpeza e de livros levaram os vereadores a visitarem escolas e uma creche para constatar a veracidade das denúncias.
Logo pela manhã de hoje, dia 8, os vereadores iniciaram as apurações em uma visita a Escola Doriol Beato, um dos educandários alvo de denúncias. No local, eles foram recebidos pela direção que justificou que falta de livros. Segundo ela o material é enviado pelo Ministério da Educação se baseia no cadastro de anos anteriores, onde ocorre a falha. Para se corrigir a situação é usada a reserva técnica em que o governo complementa o material.
Para ampliar ao cesso dos alunos os livros são usados dentro de sala de aula até que o número disponível chegue aos estudantes. A direção aguarda o envio de novos livros para atender a demanda da escola.
Na cantina os vereadores conversaram com profissionais e visitaram o estoque de merenda. De lá ouviram que não faltam produtos e a merenda escolar está regularizada. Segundo a direção o que pode ter havido foi ausência pontual de algum produto sem comprometer a alimentação dos alunos. Alguns produtos da merenda, como biscoitos caseiros, feijão e frutas, vem direto da agricultura familiar, mas de produtores de outras cidades.
A falta de acessibilidade e reforma de banheiros são problemas da escola. Um dos itens usados pelos profissionais, alvo de questionamento, foi um produto de limpeza que é um desinfetante hospitalar. Os vereadores ouviram que ele tem um odor forte e até machucou a pele de uma profissional na Escola Napoleão Reis já que não é adequado ao uso escolar. Os vereadores visitaram também um aluno especial atendido por uma monitora de inclusão.
Júlia Mirada e creche
Em seguida os vereadores foram até a Escola Júlio Miranda, no bairro São João. Algumas denúncias levadas aos gabinetes da Câmara foram respondidas e sanadas pela diretora Joana Lopes. Apenas em uma turma falta material já que o cadastro utilizado pelo governo é também de ano anterior e em 2016 uma ampliação de uma nova turma de 1ª série.
Já na Creche Josefa de Melo Chaves Brandão, no São João, os vereadores constataram o bom estado da estrutura física, a higienização e boa alimentação servidas aos alunos da educação infantil.
Os vereadores disseram que estão trabalhando no projeto enviado a Câmara pelo executivo para diminuir a carga horária dos monitores de inclusão de 35 para 30 horas. Já com os auxiliares de serviços educacionais eles pretendem reduzir de 40 para 35 horas semanais de trabalho.
Novas críticas
Ontem, dia 7, durante sessão, os edis voltaram a criticar a falta de produtos e material didáticos. Para eles a situação decorre da falta de planejamento da pasta.
No último mês o tema foi questionamento recorrente entre os edis que culminaram na aprovação de um requerimento para a realização de uma audiência para o esclarecimento das dúvidas quando o responsável pelo setor, Rodrigo Borba, estará na Casa, mas ainda sem data marcada. O vereador Gildo Dutra (PV) informou que esteve na secretaria municipal de educação quando recebeu a informação que a falta de material de limpeza e de produtos da merenda escolar foram atrasos na licitação, o que está sendo regularizado.
Fotos:CORREIO DE MINAS