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Garimpando – Uma Rua Encantada Muito Especial

GARIMPANDO NO ARQUIVO JAIR NORONHA

  Avelina Maria Noronha de Almeida

                                                      [email protected]

 

UMA RUA ENCANTADA MUITO ESPECIAL

De início apresento a foto de uma pintura da grande artista lafaietense

Marília Batista Albuquerque, que tem reconhecimento

 Além dos limites de nossa cidade devido à excelência de sua arte.

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Acervo Avelina Noronha/Reprodução

Não vou colocar o nome desta rua por enquanto. Primeiro vou falar um pouco sobre o que a torna tão especial: nela viveu o último remanescente da tribo dos Carijós em nossa cidade.

De início apresento a foto de uma pintura da grande artista lafaietense Marília Batista Albuquerque, que tem reconhecimento além dos limites de nossa cidade devido à excelência de sua arte. Um índio carijó, que está ali retratado pelo pincel de Marília, é o representante da raça indígena que deu início ao Campo Alegre dos Carijós, depois Queluz e, agora Conselheiro Lafaiete.

O morador da rua encantada que vou focalizar a partir de hoje, e que representa a ilustre tribo dos Carijós, é o Sr. Francisco Carneiro da Conceição.

Acervo da família do Senhor Francisco Carneiro/Reprodução
Acervo da família do Senhor Francisco Carneiro/Reprodução

Ainda existe muita gente que o conheceu, pois, nascido em 1889, faleceu no ano de 1971.  O Sr. Francisco era ferroviário, mas o que mais o projetou no panorama passado de nossa cidade foi por sua atividade no Congado. Por muitas coisas, mas especialmente pelo congado, ele era muito estimado e conhecido.

Agora vou falar o nome da Rua Encantada: Rua Coronel Albuquerque, que é ligada a uma rua mais extensa, cujo nome é Rua Carijós, nome justamente em homenagem ao Sr. Francisco. Sobre a rua será escrito em próximo artigo. Hoje ficamos mesmo na pessoa importante que ali residia.

Na Rua Coronel Albuquerque, ficava a residência do nosso índio carijó. Na parte da frente de sua casa havia o Salão do Congado e também salão de baile, que tinha o sugestivo nome de “Taba dos Carijós”. Nos fundos havia o terreno onde ele plantava chás, como assa-peixe, com que benzia.

Uma tradicional festividade que promovia era a Folia dos Reis, indo de casa em casa, no princípio do ano, lembrando a visita que os três “Reis Magos”. Melchior, Baltasar e Gaspar foram fazer ao recém-nascido Menino Jesus. A tradição dos Reis Magos chegou ao Brasil trazida pelos portugueses na época da colonização. Chico Carneiro e seus companheiros iam nas casas cantando e dançando. Após momentos de muita confraternização e alegria, saíam agradecendo.

Mas havia uma coisa muito importante que saía das mãos do abençoado Sr. Francisco Carneiro. Porém só vou contar no “próximo capítulo”, perdão, artigo.

                                               (Continua)

 

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