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Pedido de homenagem ao líder cubano Fidel Castro vira provocação e bate boca na Câmara

Na sessão de ontem à noite, dia 1º, na Câmara ocorreu de tudo um pouco. Já na Tribuna, os vereadores já anunciavam troca de farpas. Toninho do PT lembrando a morte do líder cubano Fidel Castro, morto há 4 dias, elogiou sua trajetória. Em seguida, ele foi duramente criticado pelo vereador João Paulo Pé Quente (DEM). Benito também acompanhou seu colega denunciando como ditadura o regime político de Cuba.

O tempo esquentou quando o vereador Pastor Boaventura (PSDB) sugeriu a aprovação da Casa de um minuto de silêncio aos 77 mortos do acidente na Colômbia, entre os quais os jogadores do Chapecoense. Na homenagem ele também pediu a inclusão do nome de Fidel Castro.

Vereadores fazem um minuto de silêncio pelas vítimas de acidente aéreo na Colômbia/CORREIO DE MINAS
Vereadores fazem um minuto de silêncio pelas vítimas de acidente aéreo na Colômbia/CORREIO DE MINAS

Prontamente Zezé do Salão (PMN) discordou e pediu que separassem as duas homenagens. “O pastor é um homem de Deus mas eu discordo. Fidel era ateu. Gostaria que votassem em separado as duas homenagens, caso contrário deixarei o plenário”, ameaçou Toninho do PT.

Gildo Dutra (PV) ponderou a discussão áspera apelando a tolerância humana. “Deixemos a ideologia de lado nestes momentos. A questão que estamos analisando está em outra dimensão humana bem acima de nossos debates aqui na Casa. Não me parece ser esta discussão necessária. Conheço bem a história de Cuba e também do líder Che Guevara. Podemos ficar mais de uma hora discutindo a história de Cuba”, frisou.

Para finalizar a discussão pastor Boaventura disse que não era este o contesto da discussão quando propôs a homenagem. “Fidel ao final de sua vida recebeu até o Papa João Paulo II. Ele abriu Cuba ao evangelho”, comentou.

Após a polêmica, a Câmara aprovou e prestou homenagem apenas aos mortos do acidente aéreo.

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