de bueiros no sistema de drenagem de uma das minas da Vale, a mina de Fábrica, em Congonhas, na semana passada. O incidente fez com que houvesse vazamento de água barrenta, que atingiu uma barragem de contenção da CSN na região.
A siderúrgica preparava ontem uma notificação para enviar à mineradora pedindo que a Vale tomasse “providências técnicas imediatas”. Após o acidente com a barragem de rejeitos da Samarco, em Mariana (MG), em novembro de 2015, as empresas buscam se precaver e ter a certeza de quem são os responsáveis em caso de eventuais irregularidades.
O vazamento da lama vinda da mina de Fábrica foi alvo de denúncias anônimas ao Sindicato Metabase Inconfidentes no último dia 14. Segundo os relatos, água da barragem de rejeitos da mina teria transbordado, o que a Vale nega. A empresa disse em nota que “a ocorrência não está relacionada a nenhuma estrutura de barragem, já foi sanada e não resultou em prejuízos para a Vale ou para terceiros”. O rompimento do bueiro ocorreu na quarta-feira passada e voltou a acontecer no sábado.
A CSN tem uma unidade de mineração em Pires (MG) que tem uma barragem de rejeitos, a chamada barragem do Vigia. Essa barragem tem duas estruturas de contenção. Uma delas foi atingida pela lama vinda da mina da Vale. Segundo a CSN, “não há qualquer risco ou dano à barragem de rejeitos”.
O acidente em Mariana foi o maior do Brasil envolvendo uma barragem de rejeitos. Além do mar de lama que invadiu o Rio Doce, provocando graves danos ambientais, o acidente resultou em 19 mortes. No caso da barragem da CSN, como não há comunidade próxima à estrutura, um eventual problema na barragem provocaria apenas danos ambientais.
Fonte: O Globo