Há 15 dias, o Hospital São Vicente de Paulo, em Lafaiete, implantou o programa “Portas Abertas” no qual foi eliminado martírio da triagem que pais passavam na policlínica municipal antes do atendimento pediátrico. A cobrança pelo atendimento direto no hospital era umas das principais reclamações da comunidade lafaietense e há vários anos uma negociação entre prefeitura, diretoria do HSVP buscava um consenso como seria o financiamento de implantação do serviço.
Para implantar e ampliar o atendimento de urgência e emergência do plantão pediátrico para as crianças entre 0 a 11 anos, a prefeitura e direção do HSVP fecharam um acordo inédito.
Saudado como um grande avanço, desde sua implantação o aumento da demanda, conforme já era esperado, chegou a mais de 70%, saltando de cerca de 1 mil atendimentos para 1.715, somente entre os dias 12 a 27 de junho.
Segundo o provedor, José Raymundo da Paixão, os atendimentos não são provenientes somente de Lafaiete mas de diversas cidades da região que recorrem ao São Vicente, referência em pediatria.
Se por um lado, a comunidade ficou assistida, o hospital passa por um desafio de atender a crescente demanda com qualidade. Para executar o contrato, o hospital fez investimentos internos na contratação pessoal, aumento de gastos em materiais de limpeza, descartáveis, água, energia medicação, oxigênio dentre outros insumos, etc. “Estamos cumprindo o contrato com impactos diretos em nosso orçamento, o que nos exige um desafio constante para equilibrar as contas. Só aceitamos este contrato pensando nas crianças”, comentou José Raymundo.
Segundo ele, os recursos necessários para financiar o hospital não são suficientes o que exige cada vez mais a mobilização da sociedade com doações. “A comunidade e os empresários já nos ajudam demais e agora precisamos ainda mais do apoio de Lafaiete e de toda a região para mantermos este contrato em vigor e atender nossas crianças 24 horas”, reforçou.
Antes do funcionamento do programa portas abertas o hospital fez investimentos nas instalações das salas de estabilização e observação, necessárias par atender a demanda e os pacientes mais graves. “Temos muito que agradecer a diversas entidades, grupos e os empresários e em geral aos lafaietenses que colaboram constantemente com o Hospital São Vicente. Sem estas doações ainda não estaríamos em funcionamento. Mas temos um grande desafio de manter nossas portas abertas para nossas crianças”, finalizou Raymundo.