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Vereadores de Lafaiete trocam farpas e acusações e petistas insinuam retaliação

Vereador Pedro Américo/CORREIO DE MINAS

Pela primeira vez nesta legislatura o clima reinante de tranquilidade foi destoado.O que era para se tornar uma reunião calma, sem maiores confrontos e alardes se transformou em um tremendo bate boca na Câmara ontem a noite, dia 29. Os vereadores reprovaram em sua quase totalidade as emendas apresentadas ao Projeto de Lei De Diretrizes Orçamentária (LDO). A legislação estabelece as metas e prioridades para o orçamento de 2018.

Pedro Américo e Chico Paulo foram os únicos a apresentarem emendas que totalizando 32. Antes de iniciar a votação, Fernando Bandeira(PTB) solicitou a suspensão da sessão por 5 minutos para que os vereadores afinassem as discussões, mas não foi o que ocorreu em plenário.

Vereador Chico Paulo/Arquivo

Na volta os vereadores protagonizaram uma áspera discussão esquentando o ambiente frio. Uma das emendas aprovadas é  que limita em 25% o total de verba para remanejamento do orçamento, já que o executivo pedia 40%, foi reprovada.Outra que obriga o prefeito a contrair empréstimos somente com a aprovação legislativa.

Porém o que mais atiçou a disputa foi quando foi aprovado um pedido verbal para a votação em blocos das emendas sem a devida leitura uma a uma. Voto vencido, Pedro Américo insistiu na leitura para conhecimento do teor das emendas. “Tivemos tanto trabalho para estudar e propor emendas e agora o povo aqui presente nem vai conhecer o que estamos propondo? Acho que todas as 32 emendas deviam ser lidas antes de votadas”, defendeu.

Vereador João Paulo/Arquivo

Revoltado, Chico Paulo criticou o líder do prefeito, o vereador João Paulo Pé Quente (DEM) e insinuou ele estaria influenciando e conduzindo a votação de seus pares. “O vereador age como um criança que toca uma boiada no pasto mas depois a leva depois para o matadouro”, comparou. “Aqui parece que tem projeto que é beneficiado nas votações”, acusou Chico.

Prontamente João Paulo, em um tom mais impositivo, reagiu e solicitou que a denúncia fosse apurada pela mesa Diretora. “Esta Casa tem um regimento e esta acusação vai contra o presidente e o seu secretário”, disparou.

Vereador José Lúcio/Reprodução

Pondo panos quentes nas discussões acaloradas, Pedro Américo, insinuou que muitos vereadores não tinham lido todas as emendas apresentadas mas exortou aos colegas que as elas tinham o objetivo de ajudar o prefeito e remanejar verbas para áreas prioritárias com habitação, esporte, cultura, etc. “Do jeito que está o prefeito não precisa desta Casa. Ele pode fazer o que quiser sem dar qualquer satisfação da esta Casa. Perdemos nosso poder de fiscalização”, contestou.

O vereador José Lúcio (PSDB) cobrou o respeito ao poder de opinião nas votações. “Estão reprovando estas emendas é só porque é do PT. Estamos arrumando dinheiro no orçamento para prefeito trabalhar. Os moradores de ruas estão aí jogados e nós estamos propondo recursos para investir na

habitação. Esta Casa perdeu sua autonomia e independência”, criticou Pedro américo.

Vereador Fernando Bandeira/CORREIO DE MINAS

Depois do bate boca protagonizado, Fernando Bandeira (PTB) apresentou um relatório com todos os projetos de 2017 retrucando a tese de privilégio na agilização na votação de projetos. “Aqui não tem partido. Temos que respeitar as divergências e as opiniões. Ao invés de ficar apresentando emendas em separado, o autor deveria convidar seus colegas para discutir conjuntamente e ampliar as discussões. Podemos sugerir. Não há nada contra esse ou aquele partido”, finalizou, após mais de 30 minutos de discussões.

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