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Lafaiete e região: Aids se alastra entre os jovens; maioria são homens

Levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, através do Departamento de Vigilância, aponta que o números de casos de Aids vem aumentado em Lafaiete. A taxa de crescimento no período entre 2013 a 2016 foi de 35%. Há um caso para cada 3,8 mil habitantes no Município. Em 2013 os casos de soropositivos eram de 26 e hoje chega a 35. No período surgiram 153 novos casos.

Por detrás dos números constata-se a realidade de que os jovens entre 16 a 30 anos permanecem como o grupo mais vulnerável em Lafaiete. Do total de casos, ele representa 45%.

Em seguida a faixa etária de 34 a 45 representa 35% dos casos em Lafaiete. Os dois grupos chegam a 90% dos casos detectados. Outra faceta é que 60% da Aids atinge os homens e 40% as mulheres.

O quadro local reflete a realidade nacional. “A principal fator do crescimento da doença é a falta de compromisso. As pessoas não veem mais que a Aids mata, pois o tempo de longevidade aumentou com o tratamento. Houve uma acomodação das pessoas em relação a doença em termos de prevenção assídua”, explicou o gerente de vigilância epidemiológica, Diogo Dias Silva. Segundo ele, predominância entre os jovens não se deve a falta de informação, mas fundamentalmente a falta de cuidado e zelo como saúde. Não houve casos de detecção de Aids na transmissão de mãe para a filha.

Aids aumentou em Lafaiete principalmente entre os homens/ Reprodução

Comportamento de risco

Diogo explicou a mudança cultural em relação a doença desde quando ela foi diagnosticada pela primeira vez há quase 40 anos. Ele aponta que não há mais grupos de riscos mas comportamentos de risco. “Ao longo dos mais de 37 anos desde quando a doença surgiu e a sua evolução mostra que todos estamos dentro do grupo de risco, sejam nos relacionamentos homo ou hetero. Tanto que a nomeclatura é comportamento de risco. Há inúmeros casos de pessoas com parceiros fixo que contraíram a Aids. Todos devemos estar prevenidos”, assinalou. Diogo disse que o principal mecanismo de prevenção é a camisinha e ela é distribuída gratuitamente na rede pública seja a postos, PSF’s ou centros de saúde.

Rede municipal

O tratamento da Aids é somente oferecido na rede pública. Em Lafaiete, desde que o paciente é diagnosticado com a doença a secretaria de saúde oferece o tratamento integral. Além da medicação, há a oferta de medicação, acompanhamento psicológico, laboratorial e até educador físico. À gestantes são oferecidos tratamento e os filhos recebem acompanhamento com exames até  idade de 2 anos. “A camisinha continua o principal meio de prevenção”, afirmou Diogo.

Média de Prevalência Faixa Etária:

  • 01 à 15 anos: 02 caso
  • 16 à 30 anos: 65 casos
  • 31 à 45 anos: 47 casos
  • 46 à 55 anos: 23 casos
  • 56 à 80 anos: 16 casos

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