Grupo criado pela atriz Tatá Werneck faz espetáculos em que pessoas sem e com deficiência, inclusive visual e auditiva, participam juntas
Nos dias 23 e 24 de abril, a cidade de Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, recebe uma programação para lá de diferente: atividades culturais que são uma experiência ampla, profunda e inovadora em acessibilidade e inclusão. E o melhor: tudo de graça. A ONG Escola de Gente – Comunicação em Inclusão, fundada pela jornalista Claudia Werneck, traz para a cidade uma oficina (23) e um espetáculo de teatro (24) que, com 10 recursos acessíveis, permitem a participação de todas as pessoas – com e sem deficiência. O projeto “Aqui trem cultura acessível” é patrocinado pela MRS Logística e percorre os municípios por onde passa a ferrovia.
O público vai poder conferir a apresentação da peça “Ninguém mais vai ser bonzinho” do grupo “Os Inclusos e os Sisos – Teatro de Mobilização pela Diversidade”. Criado pela atriz e apresentadora Tatá Werneck, já foi assistido por mais de 100 mil pessoas e premiado nas Nações Unidas, já que é o único no mundo a realizar espetáculos com máxima acessibilidade. O texto aborda, com muito humor, questões cotidianas de preconceito e discriminação. São sete esquetes em que atores e atrizes se revezam em personagens nos quais a plateia se reconhece com facilidade, fazendo com que todas as pessoas – com e sem deficiência – se divirtam juntas no teatro.
Para garantir a participação de todas as pessoas, que é lei, mas ainda praticamente não cumprida, são disponibilizados dez recursos de acessibilidade, como intérprete da língua de sinais brasileira (Libras), fones para audiodescrição, material de comunicação em braile e formatos digitais, visita tátil ao cenário, rampas de acesso, banheiro adaptado e atendimento acessível desde a fila.
Já a Oficina de Teatro Acessível, ministrada por atores e atrizes do grupo, é uma atividade de formação e mergulho nos temas da inclusão, acessibilidade e direitos de pessoas com deficiência. A metodologia, criada pela Escola de Gente, utiliza jogos teatrais para promover a reflexão sobre o que é uma sociedade inclusiva. Em Conselheiro Lafaiete, a oficina será voltada para profissionais de ensino, mas qualquer pessoa interessada em participar pode procurar a Secretaria de Educação.
“A cultura com acessibilidade é uma experiência libertadora e revolucionária. É o momento em que percebemos como, ao longo da nossa existência, vivemos de forma apartada de outras pessoas que fazem parte da mesma humanidade que nós”, explica Claudia, referência internacional em inclusão. “É preciso sensibilizar toda a sociedade, incluindo a classe artística e o poder público, para que sejam incorporadas práticas inclusivas, previstas na legislação, na área da cultura. O projeto não tem o objetivo de garantir apenas que pessoas com deficiência estejam nas plateias, mas que todas elas, com ou sem deficiência, possam fruir e participar das produções com total dignidade”, defende Claudia.
Verônica Mageste, especialista de Relações Institucionais da MRS, ressalta a importância do projeto para as cidades nas quais a ferrovia está presente. “Projetos deste porte, geralmente, são realizados em grandes centros. O desafio aceito pela nossa parceria com a Escola de Gente é garantir que todas as pessoas tenham a oportunidade de vivenciar esta prática de inclusão, demonstrando que o acesso irrestrito à cultura é real e possível.” A iniciativa conta ainda com apoio da Prefeitura de Conselheiro Lafaiete, Fundação Pedro Jorge, da Associação Nacional dos Procuradores da República, da Associação Nacional do Ministério Público de Contas, da Ashoka Empreendedores Sociais e do Senado Federal.
Serviço
Conselheiro Lafaiete – Minas Gerais
Dia 23.04 – segunda-feira
Atividade: Oficina
Horário: 15h
Local: Centro Cultural da EE Narciso de Queiros
Endereço: Rua Barão do Suassuí, 231 – Efigênia
Dia 24.04 – terça-feira
Atividade: Espetáculo
Horário: 18h
Local: Centro Cultural da EE Narciso de Queiros
Endereço: Rua Barão do Suassuí, 231 – Efigênia
Ficha técnica do projeto
Coordenação: Pedro Prata
Direção: Carolina Godinho
Produção: Paula Loffler
Elenco: Fabíola Godoi, Louise Marrie, Victor Albuquerque e Fabio Nunes
Audiodescrição: Nara Monteiro
Língua de sinais: JDL Traduções
Direção musical: Edvan Moraes
Figurino: Carolina Bittencourt
Iluminação: Anderson Rato
Comunicação: Alan Thomas
Administração: Luciana Gomes
Sinopse
O espetáculo aborda, com muito humor, questões cotidianas de preconceito e discriminação. São sete esquetes em que atores e atrizes se revezam em personagens em que o público se reconhece com facilidade, permitindo que todas as pessoas – com e sem deficiência – participem e se divirtam juntas no teatro. Duração: 1 hora.
Classificação etária
O espetáculo é livre. No entanto, a recomendação é que seja assistido por pessoas a partir de 12 anos, que conseguem compreender melhor o texto.
Assessoria de Imprensa – Gabriela Mota
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