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FACE mostra noite de engajamento político e viés de protesto social

“Marieli presente!” Este foi o grito exaltado que partiu do público após a encenação do 59º espetáculo do Festival de Artes Cênicas de Conselheiro Lafaiete (FACE) ewm uma alusão a ex- vereadora do PSOL foi assassinada no Rio de Janeiro em março, mas as marcas ainda permanecem vivas como feridas abertas.

A peça “As Minas” expuseram o machismo da sociedade

Os espetáculos de ontem foram marcados pelo engajamento e tom político de temas atuais. A reação  ocorreu ontem no 2º dia fase nacional, ontem, à noite, dia 19, no Clube Carijíós  após a peça alternativa as “As Minas” apresentada pelo grupo  Trupe K-AZAR,  de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte. O espetáculo é um libelo em torno da submissão feminina, os valores de uma sociedade machista e o crescimento do feminicídio no Brasil e o mundo. Os atores apresentam diversos casos bárbaros de assassinatos que tomaram os jornais no país.

Outra peça que chamou atenção pelo teor ideológico foi o drama a “Reforma”, encenado pelo grupo de Guaranésia, cidade na divisa com São Paulo e Minas, cidade que promove seu festival de teatro que acontece entre 4 a 9 de setembro.  O palco da apresentação foi o Teatro Municipal.

A história se passa em uma fazenda, meados da década de 1960. Com a industrialização do país, o Plano Nacional de Reforma Agrária começou a ser debatida pela sociedade e o Prefeito da Cidade de “Piapara” levou a proposta da “Reforma” para seu irmão fazendeiro latifundiário. Uma divertida história através de uma das tradições culturais populares brasileiras, a  “A Folia de Reis”, leva o público a refletir sobre a miséria e o descaso com os trabalhadores rurais e principalmente os “Sem Terra”.  “…a estória do caboclo sem terra que está por trás desta máscara. Sim, eu sou um sem terra. Um sem terra que trabalha na terra dos outros… sonhando, sonhando em ter um dia, o meu pedaço de chão. Enquanto esse pedaço de chão não chega, eu trabalho numa fazenda…os líderes não são nomeados. O líder nasce feito!…”

“Os Sentenciados”, de Juiz de Fora, apresentaram um belo drama familiar e social

Para encerrar a noite  o grupo Sentenciados, de Juiz de Fora, convidado pela direção do FACE, apresentou o belo drama “O lado oculto do crime”, que encheu o Teatro Municipal e arrancou elogios dos artistas. O espetáculo conta a história de Alex que, através de consultas com o psicólogo, revela lembranças que o atormentam como o padrasto abusivo, a mãe reprimida, o pai desconhecido e um crime que traz grandes revelações e surpresas para a trama. A narrativa densa pretende apreender a atenção do público, através dos conflitos e dos dilemas enfrentados pelos personagens, e pelo surpreendente desfecho com a morte do protagonista

No 3º dia da fase nacional, hoje acontecem 11 espetáculos espalhados pela cidade. Veka a programação, curta, divirta e participe!

 

20/07 – Sexta-feira

 

 

11:00 h

  • OS SALTIMBANCOS]

Grupo: Cia Lux

Diretor: Maria Helena

Cidade:  Alpinópolis – MG

Texto de Chico Buarque adaptado pela Cia. Lux, traz uma história descontraída que coloca em cena animais em um cenário artesanal com elementos de circo. Os atores cantam ao vivo dando realidade à história.

Local: Teatro Municipal

Gênero: Infantil

 

14:00 h

  • O LOBO RESFRIADO!

Grupo: Sonhos Teatrais

Diretor: Maércio dos Reis de Souza

Cidade: Patrocínio – MG

“Everaldo e um lobo que tem uma vida tranquila e amigável com todos os animais da floresta, e nossa historia a arara Juca conta que ocorreu uma enorme confusão e ele precisou da ajuda de três leitões: Dione, Bob e Nana, mas sendo muito desconfiados, não acreditam no papo de que Everaldo é apenas um Lobo Resfriado!”

Local: Teatro Municipal

Gênero: Infantil

 

15:00 h

  • REJEITOS

Grupo: Teatro Nervoso

Diretor: Camila Vaz

Cidade: Ipatinga – MG

No dia 05 de novembro de 2015, uma lama de rejeitos da barragem de Fundão inundou comunidades e se espalhou pelo Rio Doce. A partir de relatos sobre as pessoas atingidas, imagens e notícias, o espetáculo documental nos permite discutir sobre o ocorrido e refletir sobre o valor da vida e sobre rejeição.

Local: Estadual

Gênero: Drama

 

15:00 h

  • DONA BARATINHA

Grupo: Casa do Teatro

Diretor: Geraldo Lafayette

Cidade: Conselheiro Lafaiete – MG

 

Release: A história todos já sabem. Dona Baratinha quer casar! O que mudou foi o jeito de contar. No espetáculo os candidatos se modificam e podemos garantir: no final tem um casamento.

Local: Pátio do Solar

Gênero: Infantil

 

16:00 h

  • QUEM PEGOU, ONDE ESTÁ?

Grupo: Trupe Camaleões

Diretor: Gustavo Humberto Lemos

Cidade: Patrocínio – MG

Três crianças e um tesouro perdido! A busca pelo objeto tão valioso, revela para estas crianças a descoberta de um mundo novo. Resta saber: QUEM PEGOU, ONDE ESTÁ?

Local: Solar

Gênero: Infantil

 

17:00 h

  • O CABRA QUE AMAVA ROBERTO CARLOS

Grupo: Una D´Arte

Diretor: Gladston Ramos

Cidade:  São Paulo – SP

Zeca das Pitombas morador  de uma pacata cidade de Trocolandia no sertão nordestino, poderia passar desapercebido, se não fosse a sua obsessão exagerada pelo cantor Roberto Carlos. Obsessão essa que o faz tirar a imagem de Padim Cicero do altar e colocar a foto do cantor Roberto Carlos.

Local: Teatro Municipal

Gênero: Comédia

 

  • “DOIS PERDIDOS NESTE MUNDUS IMMUNDUS”

Grupo: Delivery

Diretor: Roberto Borenstein

Cidade:  São Paulo – SP

A peça  traz uma leitura poética de personagens que podem estar presentes em qualquer cidade, em qualquer bairro, em qualquer rua. Às vezes, invisíveis. Às vezes, sem identidade. Às vezes, com vidas que se costuram com as nossas.

Local: Auditório do Solar

Gênero: Alternativo

 

19:00 h

  • O QUE DEIXAMOS DE FALAR

Grupo: Nó Cego

Diretor: Morgana Rosa

Cidade: Porto Alegre – RS

A peça aborda temáticas urgentes de serem discutidas, tais como, o abuso sexual infantil e a homofobia. O espetáculo é um soco no estômago. Uma “sacudida” necessária para se fazer refletir sobre consequências de tudo que deixamos de falar.

Local: Centro Cultural

Gênero: Drama

 

 

20:00 h

  • CONFUSÃO NO VELÓRIO – VELÓRIO À BRASILEIRA

Grupo: Boca de Cena

Diretor: Regina Maria Bahia da Fonseca Silva

Cidade:  Congonhas – MG

No velório de um funcionário público, descobre-se que ele e mais dois amigos ganharam na Mega Sena. O problema é que o bilhete sumiu. A partir deste momento ninguém mais quer saber do morto, iniciando uma maratona para encontrar o bilhete premiado. Uma boa dose de ganância e muita comédia formam a hilária narrativa de Velório à Brasileira, de Aziz Bajur.

Local: Teatro Municipal

Gênero: Comédia

 

21:00 h

  • FRATELLO

Grupo: Sacada – Arte em Movimento

Diretor: Deiverson Tófano

Cidade: Santana do Paraíso

FRATELLO, apresenta uma linguagem dramática e trata da historia do universo da relação entre irmãos, no qual retratam as oscilações, os conflitos, a ponte que os unem ao laço fraterno. Os personagens que fazem esse encontro dos vínculos fraternais advindas do mesmo núcleo familiar.

Local: Pátio Solar

Gênero: Alternativo

 

22:00 h

  • GENI

Grupo: Coletivo Libertas

Diretor: Lucas Menezes

Cidade:  Ubá – MG

“Geni” inspirado na “ÓPERA DO MALANDRO” de Chico Buarque de Holanda e no Texto de Gladston Ramos “Rosas Brancas para Salomé do Avon” é um musical que retrata a vida dessa grande personagem: “Geni”. seus sofrimentos, amarguras, anseios, desamores, medos e preconceitos.

Local: Centro Cultural

Gênero: Alternativo

 

23:00 h

  • Baile dos Artistas

Local: Boate Enjoy

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