Uma mãe em agonia. Desde o dia 2 de outubro que a lafaietense Maria Aparecida Gomes Vieira, 44 anos, moradora do Bairro São Sebastião, quase não dorme e sua vida se transformou por completo quando seu filho, Juliano Calixto Gomes Morais, de 20 anos, desapareceu sem deixar rastro de seu paradeiro.
Ela conta que era por volta das 10:30 do fatídico dia quando viu seu filho caçula pela última vez na Alameda Juca Maia, próxima da prefeitura. “Nós fomos ao advogado para ver a questão da guarda da filha dele e depois eu o deixei na rua quando ele me disse que iria buscar um celular no Real de Queluz. Depois disso não o vi mais. Pedi as filmagens no prédio e ainda o identificamos no local pegando uma moto como também passando por um posto no bairro Rochedo. Minha vida mudou. Durmo pouco e por um tempo perdi a vontade de trabalhar. Tenho fé que vamos encontrá-lo, se Deus quiser”, relatou Maria Aparecida que é uma micro empresária no Bairro São Sebastião onde aluga vestidos para noivas e festas em geral. O abatimento pelo sumiço do filho fez com que Aparecida abandonasse os estudos e já iria se formar no ensino médio.
Ela conta que já procurou pelo filho por Lafaiete e cidades onde ele tinha o costume de frequentar, como também espalhou cartazes com a foto de Juliano por toda a região na esperança de ver o filho de volta ao seio familiar. “Não tivemos mais nenhuma notícia dele. Já fomos em todos os lugares e ligamos para cidades de outros estados onde temos parentes, mas infelizmente não fomos felizes em encontrar alguma informação. As informações estão desencontradas. Mas não perdemos a esperança de reencontrá-lo. Sinto que ele está por perto e a qualquer hora ele vai aparecer”, relatou emocionada com os olhos cheios de lágrimas.
Juliano trabalhava como motoboy em um disque cerveja no Bairro São João e tem um filho de 1 ano e 7 meses. “Ele chama pelo pai direto quando chega aqui em casa. È uma dor tremenda”, assinalou a mãe. Ela acredita que o filho não está morto. “Meu coração diz que ele está vivo”, comentou.
Aparecida contou que Juliano era muito ligado a ela, como também descarta o suposto envolvimento dele com na morte Jaislane Rosa, de 14 anos, localizada há mais de 60 dias. “Ele tinha uma paquera com uma das moças que está envolvida no caso. Mas meu filho não faria mal a ninguém. Ele era muito amável e de um coração grande, muito caridoso. Depois que uma pessoa some tudo o que acontece de errado jogam a culpa nela. Se ele deve algo a justiça que ele volte e pague. O mais importante neste momento é termos o Juliano de volta”, lamentou.
Ela fez um desabafo pedindo que as pessoas que souberem de alguma informação que acionem a Polícia ou informe pelo telefone: 31-98512-6342. “Peço a todos que nos ajudem nesta corrente de paz e amor em busca do meu filho. Queremos o Juliano de volta ao nosso convívio”, solicitou Maria Aparecida.
Outro desaparecido
Além de Juliano, Lafaiete tem outro jovem desaparecido em circunstâncias mal esclarecidas.
Há quase 20 dias a família de Madson Roger vive momentos de tensão e angústia. Conhecido como “Pezão”, de 22 anos, foi visto pela última vez entrando em carro preto. Desde então ele desapareceu sem deixar qualquer informação ou pistas de seu paradeiro. Pezão morava com seus pais na rua Santa Terezinha, no Bairro Carijós.
Quem tiver alguma informação poderá entrar em contato com a família pelos telefones: (31) 98732-7745 / 99543-3473 ou ligue para o 190 da Polícia Militar.