‘Não se repara uma vida’, diz esposa de uma das vítimas da Vale em Brumadinho

Celebrado pelo Estado e órgãos da Justiça, o Acordo de Reparação firmado com a mineradora é criticado por familiares das vítimas e outros atingidos

Na última semana, o governo de Minas, os Ministérios Públicos Federal e do Estado e a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) apresentaram um balanço dos três primeiros anos do acordo de reparação da Vale, no valor de R$ 37,6 bilhões, com os atingidos pelo rompimento da barragem de Córrego do Feijão em Brumadinho, em 2019. Celebrada pelos órgãos de Justiça, a tentativa de reparar os danos coletivos causados é criticada por familiares das vítimas e movimentos dos atingidos. 

Kenya Lamounier, 56, esposa de uma das vítimas, afirma que o acordo fez pouca diferença para os familiares. “A reparação de vida não existe, né? Morreu? Morreu. A cidade de Brumadinho foi devastada, e ainda continua. Chega muita gente de fora para trabalhar nas obras e muda a rotina da cidade. A vida que a gente tinha não existe mais. A reparação deveria começar com a Vale deixando a Justiça seguir, os advogados (da empresa) parando de atrasar o processo”, argumenta. 

Questionada sobre o processo criminal, a Vale informou, por nota, que “reafirma seu profundo respeito às famílias impactadas pelo rompimento da barragem” e que a ação “segue seu curso regular”. “A Vale reforça que, desde o início das investigações, sempre colaborou com as autoridades e continuará colaborando”, concluiu.

Atingidos não participaram de acordo 

Fernanda de Oliveira Pontes, da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), critica a não participação dos atingidos na construção do acordo. “A falta de participação dos atingidos tende a dar errado. E não falo só do fechamento do acordo, mas também na implementação das ações dele. Temos reclamações, por exemplo, sobre os projetos municipais, pois há relatos de que a maioria dos projetos que eles votaram não foi aprovada”, ponderou.

Sobre as críticas feitas ao acordo, o procurador geral Jarbas Soares Júnior disse respeitá-las. “Recebemos com humildade as críticas, mas, naquele momento, foi a solução que nós tínhamos a adotar. Fatos novos, que não estão incluídos no acordo, podem ser rediscutidos. Os que já eram conhecidos, na área da saúde e do meio ambiente, já foram definidos e, agora, vamos para a execução”, garantiu o chefe do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

MP e DP intimados pela Justiça

Na última semana, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) intimou o MPMG e a DPMG a se manifestarem sobre um pedido de tutela de urgência que questiona os acordos extrajudiciais firmados pela mineradora Vale com atingidos pelo rompimento. A ação foi movida pelo Instituto Raymundo Campos, e, entre os principais pontos questionados, estão cláusulas que exigem que os atingidos desistam de ações no Brasil e no exterior, além da determinação de sigilo nos acordos fechados com as famílias das 272 vítimas mortas.

Procurada sobre a intimação, a Defensoria informou, por nota, que ainda não recebeu a intimação e que vai “aguardar para tomar conhecimento do processo e só depois se manifestar”. Até a publicação da reportagem, o MPMG ainda não havia se manifestado sobre a ação que tramita na Justiça.

Delegado diz que Vale sabia de risco de rompimento

Uma das ações promovidas pela Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos do Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão em Brumadinho (Avabrum) para a marca de cinco anos do crime foi um seminário realizado na última segunda-feira. Durante o evento, o delegado da Polícia Federal (PF) Cristiano Campidelli afirmou que os 16 réus indiciados pelo rompimento “fizeram muito esforço” para que o desastre em Brumadinho ocorresse. 

Segundo o policial, em 2017 a barragem já havia sido condenada por estudos contratados pela mineradora. “Seus entes queridos ainda voltavam para casa todas as noites quando, em novembro de 2017, essa empresa disse (para a Vale): a barragem não passa (na vistoria), (…) ela tem 20 vezes mais chance de romper do que o máximo tolerável. E a Vale se reuniu com essa empresa algumas vezes, pressionando-a. A empresa se negou, e o que a Vale fez com ela? Dispensou”, afirmou. 

A reportagem procurou a mineradora Vale, que informou, por nota, que “sempre norteou suas atividades por premissas de segurança e que nunca se evidenciou nenhum cenário que indicasse risco iminente de ruptura da estrutura B1”.

Júri federal

Ainda durante o seminário da Avabrum, o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Bruno Nominato disse que a expectativa do órgão é levar o julgamento dos acusados para o Tribunal do Júri da Justiça Federal. “Traduzir o sofrimento das vítimas para o Poder Judiciário é fundamental”, garantiu.

FONTE O TEMPO

‘Arrancaram parte da minha vida’: pais falam sobre morte da filha em escola

Adolescente de 17 anos morreu depois que um estudante entrou armado e disparou contra alunos de uma instituição de ensino

Os pais da estudante Giovanna Bezerra, de 17 anos, assassinada durante um ataque a tiros em uma escola de Sapopemba, na zona leste de São Paulo, lamentaram, em entrevista ao Fantástico, a violência cometida contra a filha. “arrancaram uma parte da minha vida”, disse o pai Denis Bezerra da Silva.

O assassinato de Giovanna aconteceu no último dia 23, quando um estudante da unidade de ensino entrou armado no local e efetuou quatro disparos. Outras três pessoas ficaram feridas, foram atendidas e receberam alta médica no dia seguinte. As alunas atingidas por disparos disseram ao programa da Rede Globo que convivem com o trauma e o medo decorrentes da agressão.

“Esse amor ninguém vai tirar de mim”, disse a mãe de Giovanna, Mariza Carvalho da Silva, ao Fantástico. Abalada, ela narrou a incredulidade com a qual recebeu a notícia de que a sua filha era a vítima do ataque na escola da zona leste. Mariza lembrou a infância da filha e os planos que ela nutria para o futuro.

Após o ataque, o autor entregou a arma à polícia e foi apreendido. Ele deverá responder ao crime análogo a homicídio. O pai do autor do ataque foi indiciado por posse ilegal da arma de fogo que foi usada na ocorrência. A defesa disse que irá recorrer do indiciamento. Sobre o ataque, a defesa disse que apresentará seus argumentos perante a Justiça. (Estadão Conteúdo) 

‘Arrancaram parte da minha vida’: pais falam sobre morte da filha em escola

Adolescente de 17 anos morreu depois que um estudante entrou armado e disparou contra alunos de uma instituição de ensino

Os pais da estudante Giovanna Bezerra, de 17 anos, assassinada durante um ataque a tiros em uma escola de Sapopemba, na zona leste de São Paulo, lamentaram, em entrevista ao Fantástico, a violência cometida contra a filha. “arrancaram uma parte da minha vida”, disse o pai Denis Bezerra da Silva.

O assassinato de Giovanna aconteceu no último dia 23, quando um estudante da unidade de ensino entrou armado no local e efetuou quatro disparos. Outras três pessoas ficaram feridas, foram atendidas e receberam alta médica no dia seguinte. As alunas atingidas por disparos disseram ao programa da Rede Globo que convivem com o trauma e o medo decorrentes da agressão.

“Esse amor ninguém vai tirar de mim”, disse a mãe de Giovanna, Mariza Carvalho da Silva, ao Fantástico. Abalada, ela narrou a incredulidade com a qual recebeu a notícia de que a sua filha era a vítima do ataque na escola da zona leste. Mariza lembrou a infância da filha e os planos que ela nutria para o futuro.

Após o ataque, o autor entregou a arma à polícia e foi apreendido. Ele deverá responder ao crime análogo a homicídio. O pai do autor do ataque foi indiciado por posse ilegal da arma de fogo que foi usada na ocorrência. A defesa disse que irá recorrer do indiciamento. Sobre o ataque, a defesa disse que apresentará seus argumentos perante a Justiça. (Estadão Conteúdo) 

“CCZ pede socorro”, desabafa Vereador Oswaldo Barbosa; ONG lança manifesto em defesa

Situação precária do Centro Controle de Zoonoses (CCZ), de Lafaiete, foi alvo de intensas críticas e denúncias de abandono. Ao ler um manifesto da “ONG Protetores Independentes”, na Tribuna da Câmara, o Vereador Oswaldo Barbosa (PV) denunciou o abandono do equipamento, com falta de insumos, medicamentos e uma estrutura indigna para receber os animais. “Se fossem os funcionários e os grupos de proteção animal, o nosso CCZ já estaria fechado. É muito descaso”, disparou.

A Vereador Damires Rinarll(PV) lembrou que a reforma do equipamento foi pauta de diversas reuniões e promessas de reformas pelo Executivo. “Até agora não tivermos uma resposta positiva e prática. O funcionamento do CCZ é um ato de resistência”.
Erivelton Jayme (Mais Brasil) contou que a prefeitura divulgou há vários anos um projeto de reforma do local. “Tudo ficou na maquete”.

Desabafo da proteção animal de Conselheiro Lafaiete

A ONG Protetores Independentes divulgou um desafabo. “Estamos cansados de nos calar. Estamos cansados de ouvir promessas. Estamos cansados de assistir inertes ao descaso para com as vidas dos nossos irmãos menores: os animais internos do CCZ. E principalmente: estamos cansados de assistir, a cada 2 anos, estes pequenos seres, que são o amor em sua forma mais pura, serem usados como trampolim eleitoral para que demagogos ascendam a cargos políticos sem que haja nenhuma contrapartida real. Promessas, promessas, promessas. Chega! Estamos cansados!
Passemos então a falar sobre o CCZ, sem nenhuma polidez política, pois o atual executivo só entende a linguagem de confronto! Comecemos citando: Ice, Parrudinho, Rebaixada, Estopinha, Banzé, Florzinha, Aurora, Taz, Rita Cega, Menina, Jade, Lobão, Luvinha, Platinada. Já passamos de 10, né? Pois bem: esses são os nomes de alguns dos animais internos no setor que morreram no ano passado devido a brigas entre matilhas por falta de manutenção no setor. Se isto não for maus tratos, podemos rasgar a código penal.

Dipirona, anti-parasitários, amoxicilina, cloreto (para realização de eutanásia), rifamicina, ungüento, antipulgas e anticarrapatos, sedativos e anestésicos, itraconazol. Completamos novamente 10 itens, certo? Pois bem, estes também são itens que constantemente são pedidos nas redes sociais por estarem em falta no setor. O que podemos dizer sobre deixar um animal de rua recolhido, cuja avaliação veterinária recomenda eutanásia vir a óbito sentindo dor por falta de anestésico e medicação para cessação de batimentos cardíacos? Isso configura maus tratos?

Agora falemos de políticas públicas: manter dentro do setor um esgoto a céu aberto, por onde escorrem fezes e demais resíduos orgânicos após uma pseudo-higienização de um canil. Sim, vocês entenderam certo: as fezes que escorriam rua abaixo anos atrás agora escorrem por um barranco, em direção ao batalhão da polícia militar. O que isso configura? Crime contra a fauna? A flora? Ou o objetivo é pura e simplesmente manter um criadouro de mosquito-palha para a continuidade da disseminação da leishmaniose? Quantas Mirnas e quantos Chicos serão necessários padecer dessa doença para que o poder público saneie isto no CCZ e garanta a dedetização do setor a período certo, como manda a lei? Aproveitamos para provocar o prefeito municipal para ir ao setor e constatar, pessoalmente, esse problema!

Continuando, pontuemos sobre os cavalos que desfilam noite e dia pelo centro e bairros centrais da cidade, repletos de carrapatos! Seria cômico – só que não – se a prefeitura colocasse um carro de som seguindo os animais, a verbalizar pelos auto-falantes “olha a babésia, olha a erliquiose! Pegue grátis aqui o seu carrapato e garanta a doença para o seu animal. E você, grávida, garanta aqui a sua bactéria transmissora de febre maculosa!” É, gente, seria cômico se não fosse trágico. Quantos Negões e quantas Amarelinhas serão necessários morrer de doença do carrapato para que a prefeitura recolha definitivamente estes animais das ruas e puna com veemência os proprietários irresponsáveis destes animais?

Resumindo: estamos cansados. E agora também estamos desesperados porque não há mais pra onde correr. Resta-nos apenas assistir aos animais morrendo, assistir os agentes públicos municipais trabalhando assiduamente em tragédias Brasil afora, menos na cidade onde são pagos para tal e, cruelmente, assistir os excelentes profissionais que integram o corpo técnico do CCZ ficarem doentes. E veja bem: estamos elogiando aqui ao corpo técnico do setor. Você, que ocupa cargo político, realize o seu trabalho com zelo, resolva as questões citadas anteriormente e tenha certeza que, a seu tempo e hora corretos, será reconhecido. Por hora, não vamos mais nos silenciar porque “quem concorre para o crime, seja por ação ou omissão”, segundo o Artigo 29 do código penal, é considerado co-autor e passível também de punição.
Sem mais para o momento, aguardamos as providências e aproveitamos a oportunidade para agradecer ao vereador que nos atende o pedido de socorro.

Usina de Asfalto é alvo de polêmica: “temos um equipamento caro, mas a cidade está cheia de buracos”, questionam vereadores

“Em Lafaiete é passar por uma quebra mola que cai em um buraco”. A ironia veio da Vereadora Damires Rinarlly (PV) que citou a quantidade exagerada de rachaduras no piso das ruas diante de uma usina de afasto que tem uma capacidade de produção de 80 toneladas por hora. “Não faz sentido termos um equipamento de grande monta e a cidade tomada por buracos. A gente podia estar vendendo asfalto para as cidades da região”, comentou.
Ele esteve em visita ao local onde constatou a falta de manutenção do equipamento como também más condições dos trabalhadores. “O refeitório é improvisado e os próprios funcionários que levaram o fogão, a geladeira. Há mofo no loca e o banheiro sem condições adequadas de higiene. Isso sem contar o bebedouro. A impressão é de abandono”, criticou, citando também a falta de planejamento no recapeamento asfáltico. “Porque não se faz um consórcio em torno deste equipamento para melhor aproveitá-lo?”, questionou.
Prontamente, o Vereador João Paulo Pé Quente (União Brasil) sugeriu que fosse transferida a gestão da usina para a Associação dos Municípios da Microrregião do Alto Paraopeba (Amalpa),envolvendo o Ecotres e outras prefeituras. “Uma cidade com uma usina deste porte, que poucos municípios possuem, mas as ruas emburacadas”.
“O equipamento vive mais quebrado do que funcionamento”, comentou André Menezes (PL). Fernando Bandeira também criticou as operações tapa-buracos já que em muitas ruas o asfalto jogado em poucos dias se desfaz. “Somente na Rua Francisco Lobo foram mais de 28 operação tapa buracos e não mais como fazer remendos”, finalizou Vado Silva (DC).

“Quero justiça”, desabafa dentista alvo de assédio sexual

O número de feminicídios registrados em Minas Gerais subiu 5% entre os oito primeiros meses do ano passado e o mesmo período deste ano. O dado é da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp). Até agosto de 2022, foram registrados 238 casos de feminicídio tentado ou consumado no Estado. Ao todo, 114 mulheres foram mortas até agora.

Mais um crime foi registrado na região. Eram por volta meia noite entre a sexta-feira (16) quando uma dentista, de 39 anos, passou por momentos constrangedores em um bar na cidade de Entre Rios de Minas.
Segundo informações, ela estava no estabelecimento com amigas e quando iria deixar o local um homem a segurou, passando as mãos em sua vagina. Imediatamente, ela gritou quando uma confusão se armou no bar.
Vendo o desespero da filha, o pai da vítima, que estava no local, acionou a PM para o registro do boletim de ocorrência. Tanto a vítima e o suspeito foram levados ao Hospital Cassiano Campolina para auto de corpo de delito. A dentista informou que ainda foi ameaçada verbalmente pelo autor durante o atendimento médico.
Os dois foram encaminhados a Delegacia de Lafaiete para desfecho da ocorrência. Ela foi liberada após depoimentos e o suspeito pagou fiança. “Esse crime não pode ficar impune. Fui ameaçada e passei por momentos constrangedores que nunca imaginei. Quero justiça”, disse a vítima.
Ela constituiu um advogado para atual no caso. “As mulheres não podem se intimidar nestes momentos. Temos que mostrar nossa força, nossa atitude, nossa bravura. Estes tipos de crimes têm de acabar em nossa sociedade. Uma mulher não pode ser violentada dessa forma”, finalizou. O caso corre em segredo de Justiça.

Moradores voltam a protestar contra mudança de trânsito em rua; “sequer fomos consultados”, desabafam

Moradores das Rua Guarani, no Bairro Carijós, em Lafaiete, voltaram reclamar e denunciar a mudança de mão da via sem a prévia consulta. “Já cobramos através de um abaixo assinado, mas até agora não fizeram nada. A rua é de uma pessoa ou dos moradores?”, questionou uma morada a nossa reportagem.
A alteração na via realizada pelo Departamento Municipal de Trânsito. A rua liga a Avenida Furtado a Pedro II e inversão de mão está trazendo transtornos aos moradores inviabilizando a entrada e saída de suas garagens.

A rua, de moradores antigos, sempre foi tranquila, e as mudanças foram feitas sem aval deles. “Sequer nos ouviram e a mudança beneficia apenas uma pessoa. Antes a gente descia sentido a avenida Furtado e agora inverterem a mão sem consultar os moradores”, reclamaram, citando problemas no recolhimento do lixo.
Um morador, dono de um prédio, construiu uma rampa sobre o passeio obstruindo a passagem de pedestres e dificultando a acessibilidade.
“Ao que parece a cidade tem leis, mas apenas para alguns”, disparou a moradora. “A mudança foi feita sem um estudo viabilidade e de impactos. É um absurdo. O interesse de um cidadão não pode sobrepor ao coletivo”, arrematou.

Fio da vida: pacientes relatam o medo e angústia do possível fechamento da clínica de hemodiálise; “para onde vamos”, desabafam

“As autoridades deviam vir aqui para ver o que nós passamos e sentir a dor do outro”. Assim desabafou a moradora de Congonhas, Vanessa Goiana, de 42 anos, que há 2 anos é paciente da Clínica Santo Antônio, em Lafaiete. Ela faz 3 sessões semanais e relata o drama quando soube da possibilidade do fim das atividades. “Comecei a chorar quando fiquei sabendo. São nossas vidas. Nossa vida está aqui e isso não pode acontecer”, frisou a paciente que sofre de problemas renais e outras doenças crônicas. Ela chegou a clínica de hemodiálise eram por volta das 5:30 da manhã desta quarta-feira (31) para fazer a sessão quando nossa reportagem esteve no local a pedido de pacientes para mostrar a realidade vivenciada diariamente pelo grupo de diálise.
A dor e o drama afligiram os pacientes quando souberam da situação financeira que se abate sobre a clínica. A alta de insumos e os baixos valores repassados pelo SUS podem comprometer o tratamento daqueles que carregam a esperança de dias melhores e condições dignas e necessitam da clinica para manter a vida.
A realidade da Clínica Santo Antônio é bem idêntica a tantas outras espalhadas pelo Brasil afora e lutam para manter os serviços especializados e de alto custo.
Mesmo diante da ameaça de suspensão das atividades divulgada em carta aberta em março desde ano, pouco se avanço em busca de uma alternativa para sustentabilidade financeira da clínica. O serviço é mantido, mas ninguém sabe até quando.
“É um clima que nos deixa apreensivos e gente precisa do tratamento. São vidas e a gente tem os nossos sonhos. Ficamos pensando para onde vamos se a clínica fechar mesmo suas portas”, pontuou Márcia Júnia Faria, que percorre quase 150 km entre Piranga a Lafaiete, 3 vezes por semana.
“A gente sai da clínica fragilizados já que é um tratamento muito agressivo e sem contar com alta carga de medicamentos. Saímos daqui debilitadas e já pensou termos que ir a para Belo Horizonte? Seria muito sacrificante e muitos pacientes idosos não suportariam esta viagem”, assinalou Vanda, de 65 anos, morador de Gagé, em Lafaiete. “Dependemos da clínica para continuar a viver”, completou emocionada.
Ao todo são cerca de 50 funcionários que atuam na unidade de diálise e as incertezas também atingem seu trabalho. “A possibilidade de fechamento tomou os pacientes abalando o lado emocional. Só quem passa por este tratamento sabe o quanto mexe com eles. Então é preciso olhar com carinho para este grupo. A clínica oferece o melhor para aqueles que dependem dela. Mesmo com esta crise, nunca atrasaram nossos pagamentos e não faltaram medicamentos e insumos. Temos que ser fortes e a gente teme sim pelo futuro da nossa única clínica de diálise em Lafaiete e região. As autoridades deveriam se colocar no lugar deles e vivenciar o drama dos nossos pacientes”, comentou o Fabrício Silva, enfermeiro que atua na clínica há 10 anos.
Fábio Alencar, morador de Lafaiete, de 38 anos, está há 3 anos em tratamento e elogia o atendimento da clínica. “Somos acolhidos com afeto e respeito. Todos aqui são grandes profissionais que nos auxiliam neste momento de muita dor e agonia que passamos na diálise. Temos um café da manhã e os médicos e enfermeiros nos atendem com muito carinho nesta hora que mais estamos debilitados”, assinalou.
Mas o grande desejo alimentado pelos pacientes é o transplante. “A gente tem um sonho de um dia poder ser contemplado com o transplante. Grande parte aqui está na fila, mas é algo bem distante e, enquanto aguardamos esta graça, vamos mantendo firmes nossa esperança e acreditando sempre na vida que Deus nos ofereceu. Enquanto houver esperança vamos lutar pela vida”, analisou Márcia.

A clínica

A Clínica Santo Antônio atende pacientes de mais de 15 cidades da região. Os pacientes que diariamente vão a clínica recebem o transporte da prefeitura e custo de tratamento é do SUS. Apenas 8% são particulares.
São realizadas cerca de 1900 sessões/mês, com o custo de R$279,88, mas o repasse do SUS é de apenas R$194,20;
✓A instituição está endividada e com dificuldade de honrar seus compromissos;
✓ A hemodiálise consiste em 3 sessões semanais de 4 horas de duração cada;
✓Caso a clínica venha a fechar, o lugar mais próximo da região que realiza esse procedimento fica a 100 km daqui e não há vagas.

“A Umurama pode deixar a operação do transporte público. Estamos perto de novo do caos”, desabafa Vado Silva

O Vereador Vado Silva (DC) voltou a defender a gratuidade do transporte público, a exemplo de outras cidades vizinhas como Mariana e Ouro Branco. Ele salientou que diante da atual situação da empresa Umuarama, concessionária emergencial do serviço, que opera com prejuízos, é preocupante. “A tarifa zero vai movimentar a economia. O que se gasta com as passagens vai ficar no bolso do usuário e aumentar seu poder de compra”, avaliou. “Não ainda lamentar temos que buscar solução e parcerias”, sugeriu.

Vado pontuou que em junho ocorreu uma audiência pública para a apresentação do estudo do tráfego de Lafaiete e a prefeitura ainda não divulgou o edital para licitação da nova empresa concessionária. “E lá se vão mais de 60 dias. A Umuarama apresentou em junho uma proposta de reequilíbrio do contrato e até agora a prefeitura sequer analisou ou respondeu. É um absurdo e uma irresponsabilidade. Estou prevendo de novo o caos no transporte público e a empresa pode deixar o serviço por descaso da prefeitura. Este é meu desabafo. Este secretariado está derrubando o prefeito. É dura a situação”.

Vereador João Paulo, líder do Governo fez coro a seu colega e cobrou uma resposta da prefeitura ao pleito da Umuarama. “A empresa merece respeito e vem atendendo nossa população. Ao menos uma resposta. Se não pode, responda que não. É uma injustiça ficar enrolando a empresa”, criticou.

O caso

A Umuarama assumiu o serviço do transporte público em agosto do ano passado em caráter emergencial. Desde então ela justifica que a operação do sistema vendo gerando déficit. Em junho, ela protocolou um pedido de reajuste da tarifa ou o reequilíbrio financeiro que poderia vir com o aumento do subsídio, hoje na ordem de R$236 mil.

Nossa reportagem teve acesso aos números da empresa e em dezembro/2021 o custo de operação era de R$1.296.903,44 mensal e entre janeiro e julho de 2022 os custos subiram para R$1.448.971,50 mês, uma diferença em torno de R$ 200 mil.

“Precisamos de tomada de decisão para que o serviço não fique inviável. Da forma que está, a manutenção do sistema continua inviável. Mesmo com o novo edital, não esperem que em menos de 5 meses uma empresa esteja operando em Lafaiete devido a todos os tramites para contratação e início do novo contrato. Precisamos de um novo modelo de transporte e um edital mais atrativo, caso contrário qualquer empresa que venha a ser ganhadora da licitação, não será fácil assumir o serviço. O valor de subsídio pago pela Prefeitura não é para gerar lucro a empresa que opera o serviço, ele é necessário para cobrir os custos do sistema e para que a tarifa paga pelo usuário fique mais atrativa e economicamente viável a todos que necessitam utilizar o serviço”, alertou o Gerente da Umuarama Josué Silva.

FUMCULT e Comando resolvem retirar a Guarda Civil Municipal da Basílica durante a noite e reduzir o efetivo durante o dia

Agente da Guarda Municipal de Congonhas fez um desabafo nas redes sociais. Segundo ele, a FUMCULT e Comando resolveram retirar a Guarda Civil Municipal da Basílica durante a noite e reduzir o efetivo durante o dia.
Desde a criação em 2008, a Guarda Civil atua no Conjunto Arquitetônico e Histórico da Basílica do Bom Jesus, que fazem Congonhas ser reconhecida mundialmente como Patrimônio Cultural da Humanidade .

As ações desenvolvidas evoluíram e não restringem-se somente a prevenir danos às obras de arte. Com extensão da carga horária a 24hs por dia, a Guarda inibe e atua repressivamente ao uso, comércio e até mesmo tráfico de entorpecentes nas imediações; atua na fiscalização de tráfego de veículos de grande porte proibidos no local; são acionados pela população local para atuar em furtos, roubos, vias de fato, atendimento a vítimas de agressão domiciliar e nas imediações; atua na segurança patrimonial nas lojas de artesanato tradicionais do beco dos Canudos e Praça da Basílica; proíbe som automotivo durante as celebrações religiosas e na Alameda Cidade Matozinhos de Portugal em prol do sossego e respeito neste que é um Centro Histórico e Religioso, acima de tudo; além de inibir manobras perigosas de veículos automotores, estacionamentos irregulares em prol da fluidez no trânsito e intervenção imediata em acidentes de trânsito: de forma a trazer Segurança para a população e turistas que frequentam o local.

Ademais, mesmo sem iluminação adequada na Área das Capelas dos Passos (pois grande parte dos lampiões coloniais encontram-se queimados e/ ou faltosos) e contando com delimitações por correntes penduradas em postes improvisados e tortuosos, trazendo aparência de desleixo pelo Poder público, referente à conservação do local: estes Guardas revezam-se pelas madrugadas frias e sem equipamentos hábeis ao estrito cumprimento do dever legal e impedem invasões no Adro e Área das Capelas.

Sete anos foram necessários para que se conseguisse manter a ordem pública no local, principalmente durante as madrugadas e no último domingo, sem maiores informações e por conversas informais de terceiros e entre colegas, foram informados de que o serviço durante as noites e a escala 24hs será extinta.
O Comando não se reporta ao subordinados esclarecendo os fatos e pelo visto, nem propiciará aos mesmos _ que durante anos foram obrigados a se adaptar a uma escala ininterrupta e exaustiva de 24hs _ tempo hábil de se programar e/ ou se adaptarem ao novo regime, que ainda não está definido, nem a logística estratégica de readequação funcional exigível à questão. Afinal, grande parte destes servidores que são efetivos, sequer residem no município.

Contudo, atitudes precipitadas e inconsequentes já são observadas na gestão do Comando da Guarda Municipal, deixando a desejar em quesitos inerentes à publicidade, legalidade, impessoalidade, eficiência e moralidade dos atos praticados perante os subordinados.
Infelizmente, estes princípios da Administração Pública à que os Guardas na rua devem seguir à risca e que tanto são cobrados pela Sociedade, pelo Comando e pela ética profissional e pessoal de cada um; são tratados com descaso por parte de seus Superiores hierárquicos.

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