Exatamente 14 dias após o ápice das aglomerações promovidas pelas festas de final de ano, o Brasil atravessa seu pior momento desde o início da pandemia da Covid-19.
Só nesta semana, o país bateu duas vezes o recorde da média móvel de casos — indicador que acompanha a variação do número de casos da doença através da média dos últimos 7 dias.
Na terça-feira (12), a média móvel ultrapassou pela primeira vez a faixa dos 54 mil casos diários. Já nesta quinta (14), a média móvel de casos de Covid-19 bateu um novo recorde, chegando a 56 mil novas infecções em média por dia.
Em óbitos, a média móvel é de 1.000 mortes diárias, uma variação de 14% na comparação com as últimas 2 semanas.
A taxa de transmissão, que mede a velocidade com que a doença se espalha, subiu para 1,21, informou o levantamento do Imperial College de Londres, divulgado na terça-feira (12). Isso significa que cada 100 pessoas contaminadas pela Covid-19 no país podem transmitir a doença para outras 121.
No levantamento anterior, de 5 de janeiro, o índice estava em 1,04. Em novembro, a taxa de transmissão chegou a 1,30, a maior desde o fim de maio.
Nos estados e, principalmente, nas capitais, a situação é caótica.