O auxílio emergencial deverá ter uma nova rodada, porém, dessa vez, devem receber apenas metade dos beneficiários comtemplados em 2020. A informação foi dada, nesta quarta-feira (04), pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Todavia, Guedes não informou quais serão os critérios do benefício e nem qual o valor será pago para cada beneficiário.
A declaração foi dada ao lado do recém-eleito presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que em entrevista anterior, a CNN, já havia sinalizado a possibilidade de uma nova rodada do auxílio emergencial.
Desta vez, ao falar com os jornalistas, ao lado de Guedes, Pacheco declarou: “A pandemia continua e agora eu vim ao ministro da Economia, Paulo Guedes, externar o que é a preocupação do Congresso Nacional […], que é uma preocupação em relação à assistência social, a um socorro que seja urgente, emergencial, para poder ajudar a camada mais vulnerável”, explicou.
Na sequência, Guedes se manifestou se comprometendo com uma nova rodada do benefício. “O auxílio emergencial, se nós dispararmos as cláusulas necessárias, dentro de um ambiente fiscal robusto, já mais focalizado – em vez de 64 milhões, pode ser a metade disso, porque a outra metade retorna para os programas sociais já existentes –, isso nós vamos nos entender rapidamente porque a situação do Brasil exige essa rapidez.”
Durante sua fala o ministro também mencionou que uma nova rodada do auxílio emergencial depende de “cláusulas necessárias”.
Os últimos pagamentos do auxílio emergencial foram feitos em dezembro, pelo aplicativo Caixa Tem. Em janeiro, o valor ficou disponível para saque.
Ao todo o benefício atingiu cerca de 68 milhões de pessoas. Sem o benefício milhões de brasileiros não sabem nem como vão colocar comida na mesa ou então pagar suas contas. Cerca de 70% dos beneficiários ainda tão tem renda.
No lançamento do beneficio a parcela do auxílio variou de R$ 600 ou R$ 1,2 mil. Depois, a partir de outubro, o auxílio foi reduzido pela metade.
Situação fiscal e o auxílio emergencial
Pacheco além de falar da importância da renovação do auxílio emergencial, também se mostrou preocupado com a questão fiscal.
“Fazer isso com cautela, com prudência, com observância de critérios para evitar que as coisas piorem. Mas, obviamente, nós temos que ter a sensibilidade humana e eu vim como senador e presidente do Congresso Nacional externar essa sensibilidade política de que nós temos que socorrer essas pessoas”, declarou.
Para além do auxílio emergencial: ‘protocolo’ de crise
Guedes também recebeu o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), no mesmo dia. Após a reunião o ministro afirmou que já havia um planejamento para lidar com os problemas gerados pela pandemia da Covid-19.
“Temos o protocolo da crise. Se a pandemia nos ameaçar, nós sabemos como reagir”, afirmou Guedes. “Vamos retomar as reformas ao mesmo tempo [em que ocorre a vacinação contra a Covid] porque a saúde e a economia andam juntas”, completou.
Imagem: Agência Brasil