Uma vida inteira dedicada ao lindo ofício de ensinar. Ser exemplo em dezenas de frentes. Ser um ser humano único com o desprendimento de declarar seu amor pela cidade e compartilhar sua história com quem quisesse conhecê-la. Estes foram alguns do objetivo da vida de D.Avelina Noronha.

A sua morte deixa Conselheiro Lafaiete órfão de sua maior historiadora. Por isso mesmo é natural que tão logo foi tornado público o falecimento dela o município declarasse oficialmente este luto, que de forma espontânea nasceu do coração dos lafaietenses. O que não havia ocorrido até as 10h desta manhã de sexta-feira. Se o município não é capaz reconhecer os feitos de dona Avelina Noronha, o povo que é o maior patrimônio da cidade se declara enlutado por perder parte de sua história.
A falta de sensibilidade mobilizou os profissionais de comunicação da cidade. jornalistas, comunicadores, proprietários de veículos de comunicação decidiram, de maneira serena, declarar luto em honra a rica história de vida de Avelina Noronha. Para esta mulher, que com seu sorriso cativante e perene, sem estudos acadêmicos específicos para ser historiadora por direito, foi a maior fonte de conhecimento do passado dos lafaietenses e de Lafaiete.
Conselheiro Lafaiete está de luto sim. De forma oficial sim. E um luto coberto de saudade. Mas também de vergonha por ser necessária uma cobrança de atitude e reconhecimento a quem tanto amou sua cidade.
*Texto de Alexsandra Barbosa e Gina Costa com colaboração de 130 mil habitantes.