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‘Circulação extrema’ é responsável por novas variantes, diz especialista

O médico infectologista e outro membro do comitê, Unaí Tupinambás, explicou que as três novas variantes do vírus já foram encontradas no estado, e que 30% das amostras testaram positivo para mutação. “A variante P2 tem as mesmas mutações da P1. Ela pode escapar do efeito da vacina e pode ser mais grave, e elas transmitem com mais facilidade”, informou.

As três novas variantes foram detectadas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Segundo o comunicado da fundação, publicado nessa quinta-feira (4), a alta circulação de pessoas e o aumento da propagação do vírus Sars-CoV-2 favorece o surgimento dessas no Brasil.

‘Estamos em um voo cego’

O infectologista Estevão Urbano, mais um membro do comitê de enfrentamento, afirmou que não certeza de imunização contra todas essas mutações do vírus. “Nesse momento de tanta incerteza, estamos num voo cego sem saber exatamente pra onde caminhamos. Por isso sugerimos o fechamento, porque ninguém sabe o que está acontecendo”, disse.

O infectologista expliou que o fechamento da cidade foi uma solução dura, mas responsável para preservar a vida dos mineiros. “Desde o início da pandemia, BH teve uma postura que não mudou, preservando a vida em primeiro lugar. Não deixamos o caldo entornar para depois fazer uma ação corretiva. Estamos evitando o colapso na saúde antes que o caos aconteça”, disse.

“O que se pretende toda vez que há esse retorno para a estaca zero é reduzir a mobilidade social. É isso que faz com que o vírus passe de uma pessoa pra outra. Isso é absolutamente necessário. As pessoas precisam entender que não dá pra aglomerar dentro de casa. Isso tem que ser a nível nacional. Aquelas cenas de Manaus, estão se repetindo. Se a gente diminui a transmissão viral, a gente se protege e a vacina pode fazer efeito”, reforçou Starling. (BHAZ)

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