Erivelton ligou no viva voz em sessão para disque denúncia; vereadores cobraram mais na fiscalização, mas pediram que população sigam normas
O agravamento do contágio, a falta de leitos de UTI e o descumprimento de normas sanitárias geraram críticas, sugestões e denúncias dos vereadores na sessão desta manhã de segunda-feira (22) na Câmara de Lafaiete.
Diversos requerimentos cobraram tanto informações sobre a situação epidemiológica como mais fiscalização para conter a evolução crescente do vírus.
Um deles sugeriu que a Secretaria Municipal de Saúde edite o documento para evitar exposição e risco de contágio na policlínica, já que muitos positivados pela doença procuram a unidade para emissão de atestado médico e ficam à fila com os demais pacientes provocando aglomerações. “A policlínica é uma propagadora de vírus”, disse Damires Rinarlly (PV) sugerindo que farmacêuticos possam assinar os atestados.
O Vereador Fernando Bandeira (DEM) diante da falta de atendimentos dos canais de disque denúncia pediu a criação de outros meios digitais e eletrônicos para facilitar fiscalização nas aglomerações e descumprimento de medidas sanitárias.
Por outro lado, o vereador que a prefeitura crie um mecanismos jurídicos para contratação de fiscais diante da precariedade de profissionais ampliar o serviço do setor. Já o Vereador João Paulo (DEM) sugeriu que a prefeitura endureça a fiscalização sobre o uso de máscaras em Lafaiete.
Opiniões
“A questão não é punitiva mas educativa mas precisamos de fiscais nas ruas, mas a população é a principal guardiã do respeito às normas sanitárias, caso contrário vidas serão sacrificadas. Mas o que gente ouve é que os telefones do disque denúncia não funcionam”, assinalou Fernando Bandeira. Segundo ele, um estudo mostra que de 10 pacientes internados em UTI, 8 morrem.
O Vereador Vado Silva (DC) também pediu mais fiscalização e informou que os detentos estão á frente na lista de grupos prioritários antes mesmo dos policiais militares. “Para mim o que mais falta é fiscalização, com isso penalizam o comércio. Não é hora de comemoração, esqueçam as festas, o momento é de isolamento”, comentou André Menezes (PL).
Pé Quente (DEM) lamentou a falta de fiscalização e pediu contratação de mais profissionais para área. “A prefeitura deveria estudar uma forma de contratação. Algo precisa ser feito. É humanamente impossível atribuir esta tarefa a apenas 8 fiscais. E comércio paga por tudo isso”, assinalou.
Telefonema
Em meio às discussões, o Vereador Erivelton Martins (Patriotas) protagonizou uma cena, pedindo licença aos seus colegas e ligou do seu celular ao viva voz para o disque denúncia (769-2540), comprovou que o número discado não atendeu (veja o vídeo). “É um desrespeito ao cidadão neste momento tão frágil. Algo precisa ser feito”, comentou. “A população é principal vetor para diminuir o contágio”, salientou Giuseppe Laporte (MDB).
ereador diz que prefeitura tem R$ 15 milhões para combate a pandemia
Ao apresentar e discutir o requerimento em que questiona a aplicação do saldo positivo de R$ 15 milhões em 2020 no orçamento do município, o Vereador João Paulo Pé Quente (DEM) pediu a imediata na contratação de fiscais, limpezas sanitárias de locais e investimentos em prevenção.
Ele cobrou o fechamento de espaços públicos entre os quais Praça como do Cristo onde há constantes aglomerações. “Ajuda-nos prefeito, vamos fazer nossa parte com mais fiscalização. O remédio é amargo e tem de ser tomado de uma vez. Que fiquemos isolados um período para não precisarmos fechar o comércio a frente”, pontou Pé Quente.
“Vai ter dinheiro e não teremos insumos”, advertiu Vado Silva.