A mina do Grupo Cedro em Mariana está em fase avançada para obter o licenciamento operacional e receber R$ 150 milhões de investimento da Cedro Mineração. São 1,5 milhão de toneladas de minério de ferro que poderão ser produzidos na cidade. A informação é do jornal Valor Econômico.
A reportagem do jornal especializado em economia cita que, de acordo com o diretor de sustentabilidade do Grupo Cedro, Guilherme França, a unidade localizada na primeira capital de Minas Gerais deve entrar em operação no primeiro semestre do ano que vem, com geração de 250 empregos diretos.
Além de Mariana, outra cidade da Região dos Inconfidentes também deve receber investimentos da companhia. O Grupo investirá no terminal ferroviário do Bação, em Itabirito, que terá capacidade para transportar 8 milhões de toneladas de minério por ano. A expectativa é que seu funcionamento comece no segundo semestre de 2022.
Grupo Cedro
O Grupo Cedro foi fundado no fim de 2017 pela família Kallas, de Minas Gerais, que detém 89% do capital da empresa, e outros cinco sócios. O grupo adquiriu a Mina do Gama, da Extrativa Mineral, em Nova Lima e, com um investimento de R$ 150 milhões em tecnologias, ampliou a produção da mina de 1,3 milhão de toneladas no primeiro ano para 3,9 milhões de toneladas por ano.
Esse grupo é dono da Cedro Mineração e iniciou um programa de investimentos de três anos da ordem de R$ 1 bilhão. O projeto inclui aumento da produção de minério de ferro e entrada nos segmentos imobiliário, de energia e agronegócio. São 1,8 mil pessoas empregadas pelo grupo e espera-se que 8 mil empregos sejam mantidos até 2024.
O grupo é o 11º no segmento de minério de ferro, segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM). De acordo com o gerente-geral de operações da Cedro Mineração, Wanderley Santo, o grupo implantou um sistema de filtragem de 100% dos rejeitos, aumentando o índice de aproveitamento do minério de 35% a 40% para 60% a 65% e o próximo passo será a instalação de uma planta de gravimetria, que vai aumentar o aproveitamento em mais 10% a 12%. O grupo também estuda usar o rejeito seco para produção de bloquetes para construção civil.
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