O ‘Índice Anual de Miséria’, desenvolvido pelo professor de economia Steve Hanke, mostra o Brasil e outros países
Foi divulgado recentemente o Índice Anual da Miséria de 2022, um relatório desenvolvido pelo economista e professor da Universidade Johns Hopkins Steve Hanke, que elenca os piores países do mundo no aspecto econômico.
Na lista, que contém 157 países e é liderada pelo Zimbábue, alguns países outrora economicamente estáveis aparecem nas primeiras posições, como é o caso da Venezuela, que ficou em segundo lugar, e a Argentina, que é a sexta colocada.
Ambos países são governados por grupos políticos que têm ideologias econômicas controversas. No caso da Venezuela, especialistas em política externa alertam para a implantação de uma ditadura.
Em contrapartida, o Brasil aparece apenas na 27ª posição, enquanto outros vizinhos sul-americanos se distanciaram ainda mais do infame topo da lista, como é o caso de Paraguai (46º), Chile (67º), Bolívia (122º) e Equador (130º).
Este é o top 20 de países mais miseráveis do mundo em 2022:
- Zimbábue
- Venezuela
- Síria
- Líbano
- Sudão
- Argentina
- Iêmen
- Ucrânia
- Cuba
- Turquia
- Sri Lanka
- Haiti
- Angola
- Tonga
- Gana
- África do Sul
- Suriname
- Bósnia e Herzegovina
- Irã
- Ruanda
A metodologia por trás do relatório
Para desenvolver o Índice Anual da Miséria, Steve Hanke e sua equipe se baseiam numa média que envolve índices como desemprego, inflação, taxas de juros e PIB.
Segundo Steve Hanke, no caso do Zimbábue, país africano que lidera o ranking, a miséria generalizada tem raízes na política do país que é, segundo ele, “desastrosa”.
Outros integrantes do topo da lista, como Síria (3º) e Ucrânia (8º), têm como principal vetor da miséria a guerra que assola seus territórios.
“Devemos esperar que um país envolvido em guerra civil há mais de 12 anos não tenha felicidade”, disse ele, falando sobre a Síria.
Ainda segundo Hanke, a única forma de fazer esses países considerados miseráveis saírem dessa situação é aquecer as suas economias, para que os indicadores melhorem, elevando as condições de vida da população.
O outro lado da moeda
Em uma triste lista como o Índice Anual da Miséria, estar nas últimas colocações é algo extremamente positivo. Com isso, a “campeã” é a Suíça, última colocada no ranking.
De acordo com Steven Hanke, o sucesso do país europeu é um resultado do seu controle fiscal rígido, com estabilização da relação dívida/PIB e o corte de juros para a tomada de empréstimos, por exemplo.
Por esses motivos, a economia suíça, que é considerada de pequeno porte, tornou-se forte e importante ao longo dos anos.
Alguns outros integrantes da parte “feliz” do Índice Anual da Miséria são Kuwait (156º), Irlanda (155º), Japão (154º) e Malásia (153º).
Já Estados Unidos e China, atuais dois países mais ricos do mundo, ficaram um pouquinho distantes do fim da lista, ocupando a 134º e 142º posições, respectivamente.
FONTE EDUCAÇÃO ESCOLA