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Eleições 2018: Anti esquerda e anti político, pré candidato Romeu Zema visita Lafaiete, propõe nova governança, salienta que seu projeto será um choque cultural e adianta que não fará promessas

Pré candidato diz que conclusão de hospital regional é uma obra remota e argumentou que recursos deviriam abastecer as entidades filantrópicas de saúde

Pisando pela primeira vez em solo lafaietense, o pré candidato ao Governo de Minas, o empresário Romeu Zema, cumpriu uma extensa agenda de encontros e reuniões ao longo do dia de ontem.

Ele se reuniu com filiados, tomou café com grupo de empresários, concedeu entrevistas e a noite marcou presença em uma palestra na Associação Comercial quando falou de ética e empreendedorismo.

A plateia não era de caciques ou de cabos eleitores, mas de jovens empreendedores, estudantes e empresários. Com um discurso anti convencional, Zema incorpora um novo padrão dos valores da atividade política, estado mínimo, a eficiência dos gastos públicos e defendeu adoção de instrumentos e métodos da iniciativa privada na gestão publica.

Zema propôs uma campanha de cunho produtivo e afirmou que visitará pelo menos 500 cidades. Nada de jatinhos ou avião, “mas no pneu e na sola do sapato”.

O pré candidato ao Governo de MInas, Romeu Zema, buscou no sucesso na inciativa privada a fórmula para adotar na gestão pública

Ele comparou o estado como um carrapato maior que a vaca. “No Brasil tudo que se produz de impostos é para alimentar o próprio Estado e a classe política. Queremos que os recursos voltem aos cidadãos”, pontuou.

O pré candidato propôs o Estado cuide áreas prioritárias com saúde, educação e segurança pública. Segundo ele as empresas públicas são cabides de empregos e a escolhas de cargos obedece a interesses políticos e para tal defendeu a privatização de Cemig, Copasa, etc. Para ele, os secretários de estados não deveriam passar de 6 no máximo.

Ao propor uma nova governança e novos parâmetros de administração, Romeu Zema buscou na sua própria experiência a frente do Grupo Zema, uma empresa familiar, fundada por seu pai, no século passado em Araxá, que se transformou em um empreendimento com mais de 4,5 mil empregados, diversificação econômica e comandou uma sucessão interna. O grupo Zema está espalhado em mais de 800 pontos de venda em Minas e outros estados, atuando no ramo de eletrodomésticos e combustíveis.

Depois do êxito na gestão quando administrou o grupo por 26 anos, Romeu é hoje um membro do conselho de administração, o que lhe sobra tempo para sua empreitada política.

A transição da iniciativa privada ao mundo da política provocou inquietação e mexeu com seus próprios conceitos. No meio familiar nenhum dos parentes já exercera algum cargo público. Política era algo que nem a mesa das refeições sequer era discutida.

Plateia era de estudantes, empreendedores e empresários

Mas há algum tempo veio a guinada em sua vida, quando recebeu o convite da direção do Novo para integrar as fileiras da siglas, que a princípio foi rejeitado. “Foi num estalo que decidi entrar a vida pública”, explicou.

Os motivos foram os ideais de construir as mudanças diante do descalabro que a classe política transformou o país. Ele contou que não mais poderia ficar omisso neste cenário de degradação moral, ética, política e econômica que o Brasil afundou.

Disposto a contribuir com o debate político no processo eleitoral, Zema salientou que o programa de governo do Novo não haverá nada de semelhante com os seus adversários e disse que as propostas vão chocar pelas mudanças culturais no setor público e na nova ótica do comportamento político.

No plano ideológico, Roberto Zema refletiu que a democracia e o capitalismo são menos imperfeitos até que criem novos sistemas.  “As rupturas, tão importantes para o desenvolvimento, são feitas por quem está fora e não por aqueles que estão dentro do sistema”, disse. A meta do Partido Novo é eleger 35 deputados federais.

Cenário econômico

Mostrando gráficos, Romeu Zema disse que no biênio 2015 e 2016, o país descreu 7,6%, enquanto o mundo crescia no patamar de 4% ao ano. Isso não refletiu na estrutura do Estado ou no enxugamento da máquina pública, ao contrário, o Estaco inchou.

Estado falido e hospital regional

Zema antecipou a falência do Estado de Minas cujo déficit chegará a R$10 bilhões este ano. Segundo ele, o novo governador deverá gastar, no mínimo 2 anos, equilibrar as finanças. “Não podemos fazer promessas neste cenário. As melhorias virão a longo prazo. Não temos a varinha de condão”, comentou.

A lafaietense, Elisa Lopes, é a pré candidatada do Novo a deputada federal e defendeu corte na verba de gabinete

Nesta perspectiva, Zema comentou que a conclusão do hospital regional de Lafaiete, em um curto espaço de tempo, é improvável e criticou sua concepção. Segundo ele, os recursos poderiam ser distribuídos e investidos nos hospitais da Lafaiete. “Antes de planejar a construção deveriam pensar antes na manutenção”, salientou.

Deputada e senador

Antes da palestra de Romeu Zema, a pré candidato a deputado federal,  lafaietense Elisa Lopes, e o pré candidato ao senado, Orlando, traçaram as linhas de atuação e programa de partido Novo. Corte das verbas de gabinetes dos deputados, fim do fundo partidário e apenas 2 mandatos para cada eleito. Ambos passaram por um processo seletivo antes da definição das pré candidaturas.

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