MG tem média de 354 acidentes por mês causados por embriaguez

Conforme o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, esse tipo de atendimento aumenta no período da folia

Todos os meses, Minas Gerais registra uma média de 354 acidentes de trânsito causados por motoristas embriagados. Conforme dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), no ano passado foram 4.256 ocorrências dessa natureza. Já em Belo Horizonte, no mesmo período, foram 489, o que corresponde a uma média de 40 por mês. 

Se os números já causam preocupação em especialistas e na população em geral em todas as épocas do ano, durante o Carnaval acendem um alerta ainda maior. Conforme profissionais que atuam na área de trânsito, com a folia vem o consumo maior de álcool e, consequentemente, o aumento de acidentes, muitos deles fatais. Apesar das fiscalizações, multas e possibilidade de prisão do infrator, a situação está longe de se tornar incomum.

Para se ter uma ideia, em 2023, somente o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII registrou 233 atendimentos por causas ligadas direta ou indiretamente ao álcool no período da festividade. Conforme a unidade de saúde, a situação se repete ano a ano. Os casos mais graves são registrados nas rodovias federais, envolvendo pessoas que saem de suas cidades para participar da folia na capital.

Diretor Científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra ressalta que são diversos os efeitos do álcool na mente dos condutores. Além disso, os foliões, quando consomem bebidas alcoólicas, também ficam mais vulneráveis, o que pode ocasionar acidentes ainda mais graves. 

“O álcool é uma substância psicoativa que altera a capacidade de julgamento. A pessoa perde a percepção dos riscos do que ela está fazendo. Com isso, pode acabar dirigindo acima da velocidade e avançando sinais, por exemplo. Além disso, o álcool altera os reflexos, o tempo de reação e, consequentemente, estimula a adoção de outros atos infracionais, como a ultrapassagem e a conversão proibidas”, ressalta.

Conforme lembra Coimbra, o fluxo de pedestres, um dos elos mais frágeis dessa cadeia, é maior durante o Carnaval. Muitas dessas pessoas estão curtindo a folia e também estão sob efeito de álcool. “Em vários locais existe aglomeração de pessoas, que muitas vezes também estão alcoolizadas. Elas ficam mais desconectadas em relação à atenção, audição, o que as torna mais vulneráveis aos acidentes também”, diz.

Também especialista em trânsito, Márcio Aguiar ressalta que bebida e direção “chamam acidentes”. Por isso, diz ele, campanhas de conscientização são muito importantes. “É preciso haver fiscalização constante”, diz ele.

Punição

Dirigir embriagado é uma infração gravíssima. Além da previsão de multa de R$ 2,934,70, há a instauração de processo administrativo para a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por 12 meses. Caso haja reincidência no período de um ano, o valor da multa é dobrado. Já a CNH, é cassada. O infrator ainda está sujeito a detenção de seis meses a três anos.

No entanto, para as vítimas e para os causadores desse tipo de acidente, a punição pode ser muito maior do que isso, com a perda de algo infinitamente mais valioso: a vida.

Acidente muda história de família

Wellington Rangel é pai de João Pedro, hoje com 16 anos. Em 2012, ele estava no volante quando se envolveu em uma grave batida. No carro estavam, além do filho, na época com 5 anos, o pai de Rangel, um tio e um sobrinho dele. 

Em determinado momento, um motorista embriagado invadiu a contramão na BR-381, na altura de Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte, e atingiu a família. O homem que provocou a batida tinha acabado de sair de uma festa e perdeu a vida. Já o filho de Rangel, João Pedro, foi o que sofreu ferimentos mais graves entre as vítimas e perdeu as duas pernas.

“Esse tipo de ocorrência desmistifica a teoria da fatalidade. Não foi acidente. Houve uma relação de causa e efeito. Essa pessoa aceitou o risco do que aconteceria. É preciso que as pessoas se conscientizem, que não dirijam após beber para evitar causar danos na própria vida e na vida de pessoas que não têm nada a ver”, diz ele.

Hoje, conforme relata Rangel, João Pedro está muito bem. Faz natação, toca violino, é um excelente estudante. “A fé foi muito importante em tudo isso”, avalia.

No entanto, passados onze anos do episódio, ainda não é possível dizer que situações como as vividas pela família de João Pedro ficaram para trás. “Ainda está muito presente na nossa cultura o ‘beber e dirigir’. Isso precisa mudar”, finaliza o Diretor Científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra.

FONTE O TEMPO

Interdições em estradas de MG ampliam risco de acidentes, diz especialista

Minas Gerais tem 50 trechos de estradas com problemas entre interdições, estreitamentos, buracos e obras

Minas Gerais tem 50 trechos de estradas com problemas entre interdições, estreitamentos, buracos e obras. Os bloqueios, na maioria, são reflexo das chuvas que atingiram o Estado nos últimos meses. Na AMG 150, entre Raposos e Nova Lima, na região metropolitana, uma queda de barreira interditou parcialmente a estrada há mais de um ano, conforme mapa interativo que monitora a situação. Para especialistas, a situação expõe o “sucateamento das vias” e aumenta os riscos de acidentes durante o período chuvoso.  

Dados compilados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv), divulgados em mapa interativo, mostram que há 49 bloqueios parciais e um trecho com interdição total nas rodovias estaduais e federais que cortam Minas. No km 1 da AMG- 150, uma queda de barreira interdita parcialmente a via desde dezembro de 2022. 

Segundo a prefeitura de Raposos, no início de setembro de 2023, o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas (Der-MG) deu início a recuperação da AMG-150, que dá acesso ao município. As obras foram concluídas em dezembro, após intensa cobrança do executivo e legislativo, segundo informou a administração municipal.

“A recuperação trouxe mais segurança e comodidade para os raposenses e demais motoristas que utilizam a via para acessar a cidade”, disse. O Executivo ressalta, no entanto, as dificuldades enfrentadas pela população na época das chuvas. “Quanto à queda de barreira, em períodos de intensas chuvas, quando ocorre, causa grandes transtornos, fazendo com que os raposenses tenham grandes dificuldades para sair ou entrar no município, por se tratar de uma cidade dormitório e ter somente essa via de acesso”, afirma.

Interdições amplia riscos, diz especialista 

Para o médico de tráfego e diretor da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra, os problemas como o da AMG-150 expõem uma falta de planejamento de intervenções programadas nas estradas de Minas e do país, para evitar condições de riscos nas rodovias. “É um problema nacional, temos uma política equivocada voltada para a estrutura viária, com falta de intervenções programadas e corretivas, sendo que muitas vezes o que a gente vê é uma tentativa de minimamente permitir uma circulação de veículos o que também já não acontece, que são aquelas operações tapa buraco”, avalia. 

O especialista reforça que obras para melhorias das vias deveriam ser realizadas antes do período chuvoso, e alerta para os riscos que as más condições podem trazer. “Uma vez que já é sabidamente conhecido o período chuvoso, todas as obras teriam que anteceder a esse momento, o que mais uma vez não aconteceu. É um desafio adicional, numa malha viária tão sucateada, as intempéries causadas pelas chuvas muitas vezes crateras, buracos e desmoronamentos não ficam tão visíveis no período chuvoso, ou seja é um Desafio circular nas rodovias nesta época”, alerta.

Coimbra pede ainda que os motoristas observem o histórico das rodovias quando há deslizamentos de terra. Em caso de risco, é ideal que evite trafegar pela faixa mais próxima da encosta, pois, além do risco de novas quedas, a visão do todo fica comprometida. “Observe sinais de queda de vegetação ou pedras nos pontos adiante. Caso perceba alguma movimentação, busque um local seguro, pelo menos a 100 metros desse ponto, estacione seu veículo, acione as luzes de alerta e ligue para serviços de urgência e/ou segurança da região”, disse.

O que diz o DNIT?

Sobre os pontos de bloqueios listados nas rodovias de Minas, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) disse, em nota, que monitora mensalmente a condição da malha rodoviária sob sua jurisdição e trabalha para garantir o melhor nível de serviço dentro da disponibilidade orçamentária. O órgão ressalta que Minas possui a segunda maior malha rodoviária do país sob a responsabilidade do DNIT e que, por isso, foi o estado que exigiu mais atenção. 

“Planejamento e organização foram as palavras que direcionaram as ações de trabalho visando devolver à malha, que atualmente tem cerca de 5,5 mil quilômetros de rodovias sob administração federal, às condições adequadas de trafegabilidade. No comparativo do ICM entre os anos de 2022 e de 2023 a faixa “Bom” manteve-se em 43%; “Regular” ficou em 28%; e “Péssimo” reduziu de 21% ante 14%. Em dezembro de 2023, o DNIT superou a marca de 90% da malha rodoviária de Minas Gerais coberta por contratos de manutenção/conservação”, informou. (Veja a íntegra da nota abaixo). 

O que diz o DER-MG?

Em nota sobre a obra no trecho da AMG-150, o DER-MG informou ter sido deslocado “para o local para verificar a situação da rodovia” e que “e os serviços necessários serão realizados com a maior brevidade possível”. A Prefeitura de Nova Lima foi procurada. O conteúdo será atualizado em caso de retorno. 

Com relação às ações realizadas nas rodovias estaduais, o DER-MG afirmou ter concluído 28 obras de recuperação funcional do pavimento de rodovias; outras 28 estão em andamento, totalizando 1.690 km. O departamento também afirma ter investido R$ 330 milhões para conservação rodoviária. 

“A recuperação funcional e a pavimentação e construção de pontes estão incluídas no Provias, considerado o maior programa de recuperação e pavimentação rodoviária da última década”, afirmou o DER-MG sobre o programa, que já conta com quase R$ 2,5 bilhões em investimentos.

Veja dicas para dirigir em segurança em momentos de chuva:

  • Só saia se for realmente necessário
  • Use GPS mesmo que conheça o caminho; eles avisam sobre interdições e desvios seguros
  • Tenha sempre uma outra opção de percurso para fugir de interdições e alagamentos.
  • Em caso de chuva intensa, procure lugar seguro para parar o carro
  • Não avance se o volume de água cobrir metade da altura da roda
  • Não saia do carro em caso de enxurrada
  • Mantenha distância de 4 segundos do veículo à frente
  • Use farol baixo mesmo na cidade
  • Não freie bruscamente
  • Em caso de água na pista, mantenha o volante reto, segurando forte, pare de acelerar e não freie
  • Em caso de interdição de pista: se não existir local seguro para estacionar, acione as luzes de alerta e abandone o veículo, buscando abrigo em local seguro
  • Use o pisca alerta quando houver uma redução drástica de velocidade, para que os demais motoristas possam reduzir a velocidade de forma segura evitando colisões.

Leia a nota do Dnit na íntegra:

“O DNIT informa que monitora mensalmente a condição da malha rodoviária sob sua jurisdição e trabalha para garantir o melhor nível de serviço dentro da disponibilidade orçamentária. Esse monitoramento é realizado por uma metodologia própria de avaliação das condições da manutenção do pavimento e da conservação das rodovias federais em todo o país. O Índice de Condição da Manutenção (ICM) tem o objetivo de manter uma radiografia atualizada das condições da malha federal sob jurisdição da autarquia, que considera a situação da pista, sinalização, funcionamento dos dispositivos de drenagem, entre outros itens. O ICM é dividido em quatro faixas classificadas como: Bom, Regular, Ruim e Péssimo. O monitoramento do ICM busca ainda utilizar as informações apuradas na tomada de decisões sobre investimentos. 

A partir de um planejamento integrado, de valorização da gestão técnica e ampliação dos investimentos do Governo Federal ao longo de 2023 foi possível assegurar a manutenção da malha rodoviária e dar celeridade ao andamento de obras estruturantes em todo o país. Desta forma, no geral – dos cerca de  

Minas Gerais – que possui a segunda maior malha rodoviária do país sob a responsabilidade do DNIT – foi o estado que exigiu mais atenção. Planejamento e organização foram as palavras que direcionaram as ações de trabalho visando devolver à malha, que atualmente tem cerca de 5,5 mil quilômetros de rodovias sob administração federal, às condições adequadas de trafegabilidade. No comparativo do ICM entre os anos de 2022 e de 2023 a faixa “Bom” manteve-se em 43%; “Regular” ficou em 28%; e “Péssimo” reduziu de 21% ante 14%. 

Em dezembro de 2023, o DNIT superou a marca de 90% da malha rodoviária de Minas Gerais coberta por contratos de manutenção/conservação. E para 2024 o DNIT planeja dar continuidade às ações consideradas estruturantes para o desenvolvimento da infraestrutura de transportes do estado. Entre elas, ampliar a cobertura contratual e, desta forma, garantir a execução dos serviços de manutenção/conservação necessários para elevar o percentual do ICM na faixa Bom.

Leia a nota do DER-MG na íntegra:

As ações realizadas nas rodovias estaduais (pavimentação, conservação, recuperação funcional e de pontos críticos, dentre outras) fazem parte do trabalho contínuo do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) que contribui para a manutenção das condições de trafegabilidade e segurança e minimizam os danos causados pelo período chuvoso. 

Em 2023, por exemplo, em recuperação funcional do pavimento de rodovias que necessitavam de revitalização da camada asfáltica, e não somente tapa-buracos, 28 obras foram concluídas e outras 28 encontram-se em andamento, totalizando 1.690 km.  

Em serviços de conservação rodoviária (que incluem roçada, tapa-buracos, limpeza de dispositivos de drenagem e outros), que também impactam na prevenção, foram investidos R$ 330 milhões. Para a recuperação de pontos críticos, foram destinados, aproximadamente, R$ 37 milhões. 

A pavimentação é outra ação que diminui os impactos das chuvas nas rodovias. No ano passado, o DER-MG pavimentou 9 trechos, somando 256 km. Atualmente, 27 trechos estão com obras em andamento. 

Tanto a recuperação funcional, que promove melhorias no pavimento das rodovias, quanto a pavimentação e construção de pontes, que viabiliza novas ligações entre importantes regiões do estado, estão incluídas no Provias, considerado o maior programa de recuperação e pavimentação rodoviária da última década. 

O programa, que tem como objetivo reverter a situação precária em que se encontram muitas rodovias mineiras devido ao baixo investimento realizado por gestões anteriores na área, já conta com quase R$ 2,5 bilhões em investimentos, que estão sendo aplicados em 124 intervenções em rodovias em todo o estado.

FONTE O TEMPO

BR-381: volta do Réveillon é marcada por pelo menos três acidentes na via

Chuva que caiu nesta segunda-feira (1º) contribuiu com os acidentes nas rodovias que cortam o estado

O primeiro dia do ano está sendo marcado pela chuva que atinge diversas regiões do estado. O temporal vem causando diversos acidentes na tarde desta segunda-feira (1/1), na BR-381, em Minas Gerais.

O primeiro foi no sentido Vitória, km 425, depois do trevo do Caeté. Segundo informações de militares do Corpo de Bombeiros que estavam no local, o motorista perdeu o controle e bateu na mureta da pista até parar no início da ponte.

Carro ficou preso entre a mureta da rodovia
Carro ficou preso entre a mureta da rodoviaWellington Barbosa/EM/D.A. Press

O carro tinha três ocupantes, um homem e duas mulheres, que não se machucaram e foram para um restaurante próximo, à espera do guincho para retirada do veículo.

O segundo acidente aconteceu menos de 5 km depois, com o capotamento de um carro na BR-381. Segundo o motorista, ele estava indo para João Monlevade, quando ao entrar na curva perdeu o controle do carro, bateu na canaleta, capotou e foi parar do outro lado da pista, no sentido Belo Horizonte. O condutor estava sozinho e não se machucou. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi ao local atender a vítima.

O terceiro acidente foi dois quilômetros depois, também no sentido Vitória. Um carro sedan, que estava indo para a capital, perdeu o controle e foi parar no mato. Uma faixa no trecho foi interditada pela PRF para remoção do veículo. Ninguém se feriu.

FONTE ESTADO DE MINAS

Mais de 10% das mortes e dos acidentes em rodovias no Brasil acontecem em MG

Levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) revela que foram 712 óbitos e 8.814 acidentes em rodovias que passam no Estado

Minas Gerais é o Estado com mais acidentes e mortes em rodovias no Brasil. De acordo com o levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), foram 712 óbitos entre novembro de 2022 e outubro de 2023, o que representa 12% dos 5.520 óbitos em todo o país. O estado é também o que teve o maior número de acidentes neste período, com 8.814. A quantidade corresponde a 13,2% dos 66.508 registrados em território nacional.

“É um estado que possui uma malha rodoviária muito grande, e isso ajuda a justificar esses números. Além disso, a tipografia de Minas faz com que essas rodovias fiquem mais perigosas, com muitas subidas e descidas, além das curvas que também oferecem riscos”, aponta o especialista em trânsito e professor do Cefet-MG, Agmar Bento.

Para ele, somada a grande quantidade de veículos e as características demográficas do Estado, a falta de investimentos também colabora para o maior número de acidentes e mortes. “Não temos uma malha ferroviária densa. Por isso,  quase todo o deslocamento, seja de mercadorias ou pessoas, está concentrado em rodovias. E elas são, em maioria, de pista simples, o que favorece a ocorrência de acidentes, principalmente durante a ultrapassagem”, acrescenta.

O estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) apresentou que Minas Gerais possui uma média de 8 mortes a cada 100 acidentes. A principal causa dos óbitos, conforme a pesquisa, é a velocidade incompatível com a via. O levantamento mostrou  que 103 pessoas morreram por dirigir acima da velocidade permitida na rodovia, o que representa 14,5% dos óbitos em rodovias no Estado.

“Nossas rodovias são mais sinuosas, o que exige que os condutores reduzam a velocidade nesses trechos. Porém, o que acontece é o contrário, há o excesso de velocidade e, consequentemente, o maior número de acidentes”, relata o tenente Luiz Fernando Ferreira, do Batalhão de Polícia Militar Rodoviário.

Conforme o militar, a falta de radares nas rodovias também colabora com os números, uma vez que favorece o comportamento imprudente dos motoristas, potencializando os riscos de acidentes. “Infelizmente, o que temos de radar não é o suficiente. Houve uma melhora nos últimos meses, com mais equipamentos sendo instalados, mas ainda muito distante da quantidade necessária”, aponta.

A BR-116 e a BR-381 foram as rodovias com mais mortes, com 159 em cada uma. Juntas, elas representam 22,3% dos óbitos ocorridos no Estado. “São mortes que, na grande maioria dos casos, poderiam ser evitadas. O que a gente percebe é o motorista com vontade de chegar logo ao destino fazendo ultrapassagens em locais indevidos e provocando essas batidas. Quando essa colisão é frontal, o risco de uma fatalidade é ainda maior”, relata o tenente Luiz Fernando Ferreira.

Acidentes e condições inadequadas

A BR-381 foi a rodovia que mais registrou acidentes no período analisado pela pesquisa. Foram 2.628, o que corresponde a 29,8% dos 8.814 em todo o Estado. A colisão, ou batida entre dois veículos, é o acidente mais recorrente em Minas. Conforme o levantamento, foram 4.625, números que representam 52,5%. O segundo mais comum é a saída de pista, com 1.814 (20,6%).

Para o tenente Luiz Fernando Ferreira, esses acidentes tendem a ser mais frequentes durante o período chuvoso, quando as rodovias estão mais escorregadias. “A pista molhada com excesso de velocidade é uma combinação muito perigosa. Muitas vezes, o motorista perde o controle e o carro sai da pista. Por isso a gente alerta sobre a importância do cinto de segurança. É ele que vai ajudar a segurar o motorista ou os passageiros caso isso aconteça”, explica.

O levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontou que os acidentes nas rodovias do Estado deixaram 11.457 pessoas feridas. A maior parte deles foi provocada pela falta de reação dos motoristas. Segundo estudo, foram 1.315 provocados por esse motivo, o que corresponde a 14,9% das causas dos acidentes.

“Isso ocorre por causa de uma distração do condutor, seja pelo uso do celular ou até mesmo pelo longo período dirigindo, o que provoca cansaço. O tempo de reação do ser humano é, em média, de dois segundos. Quando tem algum desses fatores, esse intervalo pode ser maior, tornando insuficiente para evitar um acidente”, explica o professor Agmar Bento.

Além da falta de reação, um outro agravante para os motoristas é a condição inadequada das rodovias. O estudo constatou 403 pontos críticos no período analisado. De acordo com a pesquisa, 80,5% das rodovias possuem deficiência na geometria da via. Além disso, 78,7% da extensão dessas rodovias apresentam algum tipo de problema, sendo 70,6% relacionados à pavimentação e 75,3% com a sinalização.

“Isso expõe um abandono do poder público. Se você sabe quais os pontos críticos, você precisa solucionar esse problema. Para o motorista, resta, então, o cuidado. É ter mais atenção ao passar por esses trechos”, conclui o professor. 

A reportagem de O TEMPO questionou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável pelas rodovias federais, e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (Seinfra), responsável pelas rodovias estaduais, sobre as condições apresentadas pelo estudo. Os órgãos também foram demandados sobre os investimentos realizados neste período para melhorar as condições dos trechos citados no levantamento. A matéria será atualizada com os posicionamentos. 

FONTE O TEMPO

CREA-MG lança relatório sobre acidentes na BR-040: para para quase três veículos que utilizam a via, uma é carreta de minério

Documento fez análise técnica da rodovia, dando diagnósticos e sugestões a respeito de acidentes e letalidades no trecho entre Nova Lima e Congonhas

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (CREA-MG) lançou, nesta segunda-feira (27/11), um documento referente às condições da Rodovia BR-040 nos trechos entre Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e Congonhas, na Região Central do estado. A avaliação dá conclusões técnicas sobre a rodovia – considerada uma das mais mortais do Brasil – e fornece recomendações para a redução de acidentes e letalidades.

O documento foi lançado por meio do Grupo de Trabalho GT Engenharia BR-040, criado em março deste ano para analisar as condições da rodovia no trecho entre o km 563 e o km 617.

“É o trecho que os próprios dados que obtivemos indicaram o maior número de acidentes e óbitos dos envolvidos. Quando se compara este trecho com outros da 040, percebe-se que existem mais acidentes e maior envolvimento de veículos pesados”, explica Antônio Humberto Pereira, conselheiro do CREA-MG e coordenador do GT.

Entre dezembro de 2020 e dezembro de 2022, foram registrados 272 acidentes e um total de 53 mortes em um trecho de apenas 54 km – quase 01 morte/km. De acordo com Antônio, há dois fatores que tornam o trecho perigoso e o tornam um dos mais mortais do país: o traçado e a grande circulação de veículos de carga.

“É uma rodovia que remonta aos primórdios do Brasil Colonial. É claro que, ao longo dos anos, foram feitas melhorias, como na década de 30, durante o governo do presidente Washington Luís, e em 1957, quando o presidente Juscelino Kubitschek inaugurou a pavimentação da rodovia e o antigo Viaduto das Almas, que na época foi considerado um primor da Engenharia, mas que depois não apresentou as condições necessárias e esperadas que a rodovia exigia”, conta o engenheiro.

“Outra questão é o tráfego pesado de carretas carregadas de minérios. A consequência de um acidente envolvendo um veículo tão pesado é muito maior do que se fossem, por exemplo, dois carros pequenos, por causa da energia envolvida com o peso das cargas”, complementa ele.

No relatório, constata-se que, para quase três veículos que utilizam a via, uma é carreta de minério. Dos 272 acidentes registrados no período entre dezembro de 2020 e dezembro de 2022, 127 (46,7%) contaram com a presença de pelo menos uma carreta. Desses 127, foram apontadas 28 vítimas fatais (52,8% do total entre o período).

O documento também aponta que “esse trecho da BR-040 não foi devidamente atualizado para as mudanças socioeconômicas ocorridas nas últimas décadas, em especial quanto ao crescimento das atividades de mineração que vêm utilizando a Rodovia BR-040 para o transporte de minério, comprometendo a sua segurança viária e a qualidade do seu pavimento.”

Como forma de evitar as fatalidades, o coordenador do GT afirma que é importante a reforma de partes do trecho da BR-040. “Isso reduziria muitos acidentes, sejam obras de grande tecnologia, como túneis e viadutos; sejam obras não tão complexas, como a duplicação de toda a rodovia; ou até soluções mais simples, como defensas metálicas para evitar ultrapassagens perigosas”, afirma ele.

O documento já está disponível no site do CREA-MG e será disponibilizado a todas as entidades que podem estar envolvidas no bom funcionamento do trecho da 040 e na prevenção de fatalidades.

“A nossa expectativa é que essa semente consiga sensibilizar todas as entidades envolvidas, seja na esfera federal, estadual, municipal, seja no Poder Judiciário, seja no Ministério Público, seja nas empresas mineradoras, seja nas empresas transportadoras, no sentido de que todos canalizem os esforços para medidas que consigam reduzir o nível de fatalidades. A gente nem chama mais de acidente, porque acidente dá a entender que é inevitável, mas todos esses acidentes podem e devem ser evitados”, completa Antônio.

FONTE ESTADO DE MINAS

CREA-MG lança relatório sobre acidentes na BR-040: para para quase três veículos que utilizam a via, uma é carreta de minério

Documento fez análise técnica da rodovia, dando diagnósticos e sugestões a respeito de acidentes e letalidades no trecho entre Nova Lima e Congonhas

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (CREA-MG) lançou, nesta segunda-feira (27/11), um documento referente às condições da Rodovia BR-040 nos trechos entre Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e Congonhas, na Região Central do estado. A avaliação dá conclusões técnicas sobre a rodovia – considerada uma das mais mortais do Brasil – e fornece recomendações para a redução de acidentes e letalidades.

O documento foi lançado por meio do Grupo de Trabalho GT Engenharia BR-040, criado em março deste ano para analisar as condições da rodovia no trecho entre o km 563 e o km 617.

“É o trecho que os próprios dados que obtivemos indicaram o maior número de acidentes e óbitos dos envolvidos. Quando se compara este trecho com outros da 040, percebe-se que existem mais acidentes e maior envolvimento de veículos pesados”, explica Antônio Humberto Pereira, conselheiro do CREA-MG e coordenador do GT.

Entre dezembro de 2020 e dezembro de 2022, foram registrados 272 acidentes e um total de 53 mortes em um trecho de apenas 54 km – quase 01 morte/km. De acordo com Antônio, há dois fatores que tornam o trecho perigoso e o tornam um dos mais mortais do país: o traçado e a grande circulação de veículos de carga.

“É uma rodovia que remonta aos primórdios do Brasil Colonial. É claro que, ao longo dos anos, foram feitas melhorias, como na década de 30, durante o governo do presidente Washington Luís, e em 1957, quando o presidente Juscelino Kubitschek inaugurou a pavimentação da rodovia e o antigo Viaduto das Almas, que na época foi considerado um primor da Engenharia, mas que depois não apresentou as condições necessárias e esperadas que a rodovia exigia”, conta o engenheiro.

“Outra questão é o tráfego pesado de carretas carregadas de minérios. A consequência de um acidente envolvendo um veículo tão pesado é muito maior do que se fossem, por exemplo, dois carros pequenos, por causa da energia envolvida com o peso das cargas”, complementa ele.

No relatório, constata-se que, para quase três veículos que utilizam a via, uma é carreta de minério. Dos 272 acidentes registrados no período entre dezembro de 2020 e dezembro de 2022, 127 (46,7%) contaram com a presença de pelo menos uma carreta. Desses 127, foram apontadas 28 vítimas fatais (52,8% do total entre o período).

O documento também aponta que “esse trecho da BR-040 não foi devidamente atualizado para as mudanças socioeconômicas ocorridas nas últimas décadas, em especial quanto ao crescimento das atividades de mineração que vêm utilizando a Rodovia BR-040 para o transporte de minério, comprometendo a sua segurança viária e a qualidade do seu pavimento.”

Como forma de evitar as fatalidades, o coordenador do GT afirma que é importante a reforma de partes do trecho da BR-040. “Isso reduziria muitos acidentes, sejam obras de grande tecnologia, como túneis e viadutos; sejam obras não tão complexas, como a duplicação de toda a rodovia; ou até soluções mais simples, como defensas metálicas para evitar ultrapassagens perigosas”, afirma ele.

O documento já está disponível no site do CREA-MG e será disponibilizado a todas as entidades que podem estar envolvidas no bom funcionamento do trecho da 040 e na prevenção de fatalidades.

“A nossa expectativa é que essa semente consiga sensibilizar todas as entidades envolvidas, seja na esfera federal, estadual, municipal, seja no Poder Judiciário, seja no Ministério Público, seja nas empresas mineradoras, seja nas empresas transportadoras, no sentido de que todos canalizem os esforços para medidas que consigam reduzir o nível de fatalidades. A gente nem chama mais de acidente, porque acidente dá a entender que é inevitável, mas todos esses acidentes podem e devem ser evitados”, completa Antônio.

FONTE ESTADO DE MINAS

Trechos com radares registram queda de 77% no número de acidentes em rodovias estaduais de Minas

Dados comprovam efetividade do controle eletrônico de velocidade na redução de mortes no trânsito

O índice de acidentes em trechos de rodovias estaduais onde foram instalados controle eletrônico de velocidade apresentou redução de 77% entre 2011 e 2022. Em números absolutos, a queda foi de 22 mil sinistros, em 2011, para 5 mil, em 2022, nos pontos sob responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG)

O número atesta o que os estudos já apontam há décadas: a redução da velocidade em pontos críticos das rodovias diminui drasticamente o número de vítimas graves e fatais no trânsito.  

“Por falta de informação, é comum ouvirmos reclamações sobre excessos de aparelhos nas vias, mas os números são categóricos e demonstram que não existe fundamento para o discurso de ‘indústria da multa’. Pelo contrário, os dados mostram que apenas 0,08% dos veículos que passam pelos radares são multados”, destaca o gerente de controle e segurança de tráfego do DER-MG, Beatriz Pinheiro. 

Beatriz Pinheiro / Crédito: DER/Divulgação

Números 

Dados compilados pelo DER-MG revelam que, nos locais onde há redutores de velocidade, os acidentes podem até acontecer, mas pelo fato de os veículos estarem em velocidades menores, a gravidade das ocorrências também diminui.  

Bernadete Amado

Na rodovia MG-235, km 75,20, em São Gotardo, no Triângulo Mineiro, os números surpreendem. No local, o número de acidentes caiu 100%, desde a implantação do radar, em novembro de 2022. Este dado demonstra a importância da gestão da velocidade como uma eficiente arma no combate à violência no trânsito, pela relação direta entre velocidade e a consequência dos sinistros, principalmente, no índice de mortos e feridos graves. O mesmo número é apontado na MG-455, km 41,70, em Andradas, Sul de Minas, ou seja, queda de 100%. 

No Norte do estado, o bom exemplo vem da MGC-122, km 136,25. O relatório do DER-MG apresenta uma redução de 83%, desde março de 2023, nas ocorrências de acidentes no local. 

Tecnologia 

O km 52 da rodovia MG-010, próximo à comunidade da Vilinha, em Jaboticatubas, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), é um bom exemplo de como a tecnologia pode ter um papel educativo importante na prevenção de acidentes. No local, o radar em operação há um ano, com velocidade regulamentada em 60 quilômetros por hora, foi responsável pela redução de 71% no total de acidentes naquele ponto. 

Gabriel Rodrigues, dono de um restaurante na comunidade situada à beira da rodovia onde residem mais de 200 pessoas, conta que nos 24 anos que ele está no local, já presenciou inúmeros acidentes e chegou a perder amigos atropelados. A situação só mudou após a instalação dos controles de velocidade.  

“Eu testemunho, diariamente, a importância deste equipamento. Depois que o DER-MG colocou os redutores de velocidade, diminuiu muito os acidentes. Mas o mais importante é o motorista ter consciência do seu papel”, destaca o comerciante.  

A mesma opinião é compartilhada por quem lida diretamente com trânsito e tem no controle de velocidade uma importante ferramenta de trabalho. É o caso do comandante do Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (PMRv), tenente-coronel Aleixo Junior.  

Para ele, o medidor de velocidade eletrônico é um aliado da Polícia Militar, pois faz com que os motoristas obedeçam aos limites previstos em lei e tenham tempo hábil para tomar atitudes corretivas e preventivas na direção, evitando acidentes. 

Ferramenta 

A fiscalização eletrônica exerce muitas outras funções. Os softwares utilizados pelos radares são atualizados com frequência e os equipamentos já são capazes de realizar a leitura automática das placas. 

Além disso, por meio dos radares, são coletados dados de acordo com modo de transporte utilizado, quantidade de veículos que se deslocam de um local para outro, velocidade média dos veículos, tempo estimado de percurso, entre outras informações, fundamentais para o planejamento de melhorias e intervenções nas rodovias. 

Atualmente, o DER-MG tem em funcionamento 660 radares fixos e 62 pontos fiscalizados por 28 radares portáteis. Antes de entrar em operação definitiva, os equipamentos são aferidos pelo Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) e constantemente monitorados e inspecionados. 

O departamento divulga em seu site a rodovia, o quilômetro, a cidade, a velocidade regulamentada, quando o radar operou em modo educativo, o início de sua operação no modo de autuação, além de outras informações complementares sobre os seus radares fixos e portáteis. 

DER Pela Vida 

Lançando em setembro último, e com previsão de um aporte de recursos da ordem de R$ 45 milhões para 2024, o programa “DER Pela Vida”, focado na melhoria da sinalização e implantação de dispositivos de segurança viária em diversos pontos da malha mineira. A ação visa a prevenção e redução de acidentes de trânsito nas estradas estaduais, sobretudo com a proximidade do período chuvoso.   

O programa é alicerçado em três pontos fundamentais: controle de velocidade eletrônica, intervenções em pontos críticos nas rodovias sob jurisdição do DER-MG e educação para o trânsito. Cerca de 200 projetos de intervenções em rodovias já estão prontos. Os trechos, conforme estudos técnicos, apontaram os pontos com riscos e/ou histórico de recorrência de acidentes.  Em 2025, serão os outros 130 projetos. Paralelamente, o Departamento vai elaborar mais 200 projetos para serem executados em 2026.  

FONTE AGÊNCIA MINAS

Trechos com radares registram queda de 77% no número de acidentes em rodovias estaduais de Minas

Dados comprovam efetividade do controle eletrônico de velocidade na redução de mortes no trânsito

O índice de acidentes em trechos de rodovias estaduais onde foram instalados controle eletrônico de velocidade apresentou redução de 77% entre 2011 e 2022. Em números absolutos, a queda foi de 22 mil sinistros, em 2011, para 5 mil, em 2022, nos pontos sob responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG)

O número atesta o que os estudos já apontam há décadas: a redução da velocidade em pontos críticos das rodovias diminui drasticamente o número de vítimas graves e fatais no trânsito.  

“Por falta de informação, é comum ouvirmos reclamações sobre excessos de aparelhos nas vias, mas os números são categóricos e demonstram que não existe fundamento para o discurso de ‘indústria da multa’. Pelo contrário, os dados mostram que apenas 0,08% dos veículos que passam pelos radares são multados”, destaca o gerente de controle e segurança de tráfego do DER-MG, Beatriz Pinheiro. 

Beatriz Pinheiro / Crédito: DER/Divulgação

Números 

Dados compilados pelo DER-MG revelam que, nos locais onde há redutores de velocidade, os acidentes podem até acontecer, mas pelo fato de os veículos estarem em velocidades menores, a gravidade das ocorrências também diminui.  

Bernadete Amado

Na rodovia MG-235, km 75,20, em São Gotardo, no Triângulo Mineiro, os números surpreendem. No local, o número de acidentes caiu 100%, desde a implantação do radar, em novembro de 2022. Este dado demonstra a importância da gestão da velocidade como uma eficiente arma no combate à violência no trânsito, pela relação direta entre velocidade e a consequência dos sinistros, principalmente, no índice de mortos e feridos graves. O mesmo número é apontado na MG-455, km 41,70, em Andradas, Sul de Minas, ou seja, queda de 100%. 

No Norte do estado, o bom exemplo vem da MGC-122, km 136,25. O relatório do DER-MG apresenta uma redução de 83%, desde março de 2023, nas ocorrências de acidentes no local. 

Tecnologia 

O km 52 da rodovia MG-010, próximo à comunidade da Vilinha, em Jaboticatubas, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), é um bom exemplo de como a tecnologia pode ter um papel educativo importante na prevenção de acidentes. No local, o radar em operação há um ano, com velocidade regulamentada em 60 quilômetros por hora, foi responsável pela redução de 71% no total de acidentes naquele ponto. 

Gabriel Rodrigues, dono de um restaurante na comunidade situada à beira da rodovia onde residem mais de 200 pessoas, conta que nos 24 anos que ele está no local, já presenciou inúmeros acidentes e chegou a perder amigos atropelados. A situação só mudou após a instalação dos controles de velocidade.  

“Eu testemunho, diariamente, a importância deste equipamento. Depois que o DER-MG colocou os redutores de velocidade, diminuiu muito os acidentes. Mas o mais importante é o motorista ter consciência do seu papel”, destaca o comerciante.  

A mesma opinião é compartilhada por quem lida diretamente com trânsito e tem no controle de velocidade uma importante ferramenta de trabalho. É o caso do comandante do Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (PMRv), tenente-coronel Aleixo Junior.  

Para ele, o medidor de velocidade eletrônico é um aliado da Polícia Militar, pois faz com que os motoristas obedeçam aos limites previstos em lei e tenham tempo hábil para tomar atitudes corretivas e preventivas na direção, evitando acidentes. 

Ferramenta 

A fiscalização eletrônica exerce muitas outras funções. Os softwares utilizados pelos radares são atualizados com frequência e os equipamentos já são capazes de realizar a leitura automática das placas. 

Além disso, por meio dos radares, são coletados dados de acordo com modo de transporte utilizado, quantidade de veículos que se deslocam de um local para outro, velocidade média dos veículos, tempo estimado de percurso, entre outras informações, fundamentais para o planejamento de melhorias e intervenções nas rodovias. 

Atualmente, o DER-MG tem em funcionamento 660 radares fixos e 62 pontos fiscalizados por 28 radares portáteis. Antes de entrar em operação definitiva, os equipamentos são aferidos pelo Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) e constantemente monitorados e inspecionados. 

O departamento divulga em seu site a rodovia, o quilômetro, a cidade, a velocidade regulamentada, quando o radar operou em modo educativo, o início de sua operação no modo de autuação, além de outras informações complementares sobre os seus radares fixos e portáteis. 

DER Pela Vida 

Lançando em setembro último, e com previsão de um aporte de recursos da ordem de R$ 45 milhões para 2024, o programa “DER Pela Vida”, focado na melhoria da sinalização e implantação de dispositivos de segurança viária em diversos pontos da malha mineira. A ação visa a prevenção e redução de acidentes de trânsito nas estradas estaduais, sobretudo com a proximidade do período chuvoso.   

O programa é alicerçado em três pontos fundamentais: controle de velocidade eletrônica, intervenções em pontos críticos nas rodovias sob jurisdição do DER-MG e educação para o trânsito. Cerca de 200 projetos de intervenções em rodovias já estão prontos. Os trechos, conforme estudos técnicos, apontaram os pontos com riscos e/ou histórico de recorrência de acidentes.  Em 2025, serão os outros 130 projetos. Paralelamente, o Departamento vai elaborar mais 200 projetos para serem executados em 2026.  

FONTE AGÊNCIA MINAS

812 mortes em estradas de Minas Gerais só em 2023

Imprudência de motoristas e trechos perigosos. Essa é a associação que causa mortes em estradas e vias urbanas de Minas Gerais. Para se ter uma ideia, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais divulgou hoje (4/10) que em 2023, em quase 18 mil atendimentos de trânsito no estado, 812 pessoas morreram.

Nessas ocorrências, foram 2.651 graves ou inconscientes, 14.617 vítimas leves e 2.657 sem lesão aparente.

No ano passado (2022), foram quase 24.500 ocorrências de trânsito no estado, com 1.053 mortos, 3.470 vítimas graves ou inconscientes, 19.999 vítimas leves e 3.597 vítimas sem lesão aparente.

Já em 2021, os números foram:

Vítimas fatais: 1.141. Vítimas graves ou inconscientes: 3.541. Vítimas leves: 19.604. Vítimas sem lesão aparente: 3.206.

“Visando o melhor atendimento das vítimas e o aprimoramento das técnicas de salvamento veicular, o Corpo de Bombeiros investe recorrentemente em capacitações, como o workshop que está ocorrendo nesta quarta (4/10) e quinta-feira (5/10) no bairro Bom Fim, em Belo Horizonte. Trata-se do Workshop de Salvamento Veicular que pretende regular os procedimentos de desencarceramento de vítimas, manuseio das ferramentas, escoramento de veículos, aulas teóricas e práticas. Sempre no intuito de alinhar o atendimento operacional com o que há de mais moderno e avançado”, informou a corporação em nota à imprensa.

FONTE RADAR GERAL

812 mortes em estradas de Minas Gerais só em 2023

Imprudência de motoristas e trechos perigosos. Essa é a associação que causa mortes em estradas e vias urbanas de Minas Gerais. Para se ter uma ideia, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais divulgou hoje (4/10) que em 2023, em quase 18 mil atendimentos de trânsito no estado, 812 pessoas morreram.

Nessas ocorrências, foram 2.651 graves ou inconscientes, 14.617 vítimas leves e 2.657 sem lesão aparente.

No ano passado (2022), foram quase 24.500 ocorrências de trânsito no estado, com 1.053 mortos, 3.470 vítimas graves ou inconscientes, 19.999 vítimas leves e 3.597 vítimas sem lesão aparente.

Já em 2021, os números foram:

Vítimas fatais: 1.141. Vítimas graves ou inconscientes: 3.541. Vítimas leves: 19.604. Vítimas sem lesão aparente: 3.206.

“Visando o melhor atendimento das vítimas e o aprimoramento das técnicas de salvamento veicular, o Corpo de Bombeiros investe recorrentemente em capacitações, como o workshop que está ocorrendo nesta quarta (4/10) e quinta-feira (5/10) no bairro Bom Fim, em Belo Horizonte. Trata-se do Workshop de Salvamento Veicular que pretende regular os procedimentos de desencarceramento de vítimas, manuseio das ferramentas, escoramento de veículos, aulas teóricas e práticas. Sempre no intuito de alinhar o atendimento operacional com o que há de mais moderno e avançado”, informou a corporação em nota à imprensa.

FONTE RADAR GERAL

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