IMA está comprometido em combater o greening e proteger a citricultura de Belo Vale e mineira

Em resposta ao artigo publicado em 3 de setembro de 2023 pelo Correio de Minas, intitulado “Tangerina Ponkan: do apogeu ao declínio da citricultura em Belo Vale; cidade foi uma das maiores produtoras de MG“, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), autarquia vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), afirma que vem tomando todas as medidas necessárias para combater o greening em Minas Gerais e nas principais regiões produtoras de citros do estado.

Em Belo Vale, o IMA já distribuiu cerca de 98 mil armadilhas adesivas para atrair os insetos transmissores da doença. Além disso, foram treinados cerca de 200 “pragueiros”, que são responsáveis por identificar os insetos a olho nu ou com lupa.

O IMA também vem realizando os levantamentos fitossanitários para a detecção do greening em municípios que não possuem a doença, além de executar a fiscalização sobre as vistorias trimestrais feitas pelos responsáveis técnicos dos pomares de citros. 

Lembrando que, em 2017, Minas Gerais lançou, no município de Belo Vale, o Programa Mineiro de Controle do Greening, que visa alertar e dar suporte aos produtores de citros para o combate e manejo correto da praga no estado. 

Além disso, em cumprimento às exigências do governo federal, o IMA, em parceria com a Epamig e a Emater-MG, vem realizando ações de mobilização e orientação dos produtores, como:

  • Campanhas de conscientização sobre a doença e as medidas preventivas que os produtores rurais devem adotar;
  • Oferta de cursos de treinamento para produtores e técnicos, e;
  • Fornecimento de subsídios para produtores que adotarem medidas preventivas.

O controle do greening é um desafio para a citricultura mundial. Além das ações realizadas pelos órgãos oficiais de defesa sanitária, os produtores também devem contribuir para o controle da doença, adotando o manejo recomendado e incluindo o engenheiro agrônomo responsável pela propriedade.

Para isso, é importante que os produtores plantem e renovem os pomares com planejamento, considerando a escolha de mudas sadias produzidas em viveiros protegidos. 

É necessário, também, que o produtor inspecione os pomares frequentemente, para identificar plantas com sintomas da doença, como folhas amareladas, frutos deformados e queda prematura das folhas. Essas plantas devem ser eliminadas o mais rápido possível, para evitar a disseminação da doença. A adoção dessas medidas é essencial para o controle do greening e a preservação da citricultura.

Vale ressaltar que profissionais também são responsabilizados e podem ser até desabilitados caso desrespeitem a legislação vigente no estado de Minas Gerais ou tenham atuação duvidosa por meio de ações não respaldadas e não autorizadas pelo IMA. Em Belo Vale, o IMA já desabilitou um profissional devido à verificação de inúmeras inconformidades realizadas. Esta foi uma medida de segurança frente ao risco sanitário iminente.  

O IMA está comprometido em combater o greening e proteger a citricultura mineira. Nos casos de suspeita da doença, o produtor deve comunicar ao IMA o mais rápido possível. No site www.ima.mg.gov.br é possível ter acesso aos contatos de todas as nossas unidades espalhadas no estado.

Igor Torres
Assessoria de Comunicação Social
(31) 3915-8705
Instituto Mineiro de Agropecuária

IMA está comprometido em combater o greening e proteger a citricultura de Belo Vale e mineira

Em resposta ao artigo publicado em 3 de setembro de 2023 pelo Correio de Minas, intitulado “Tangerina Ponkan: do apogeu ao declínio da citricultura em Belo Vale; cidade foi uma das maiores produtoras de MG“, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), autarquia vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), afirma que vem tomando todas as medidas necessárias para combater o greening em Minas Gerais e nas principais regiões produtoras de citros do estado.

Em Belo Vale, o IMA já distribuiu cerca de 98 mil armadilhas adesivas para atrair os insetos transmissores da doença. Além disso, foram treinados cerca de 200 “pragueiros”, que são responsáveis por identificar os insetos a olho nu ou com lupa.

O IMA também vem realizando os levantamentos fitossanitários para a detecção do greening em municípios que não possuem a doença, além de executar a fiscalização sobre as vistorias trimestrais feitas pelos responsáveis técnicos dos pomares de citros. 

Lembrando que, em 2017, Minas Gerais lançou, no município de Belo Vale, o Programa Mineiro de Controle do Greening, que visa alertar e dar suporte aos produtores de citros para o combate e manejo correto da praga no estado. 

Além disso, em cumprimento às exigências do governo federal, o IMA, em parceria com a Epamig e a Emater-MG, vem realizando ações de mobilização e orientação dos produtores, como:

  • Campanhas de conscientização sobre a doença e as medidas preventivas que os produtores rurais devem adotar;
  • Oferta de cursos de treinamento para produtores e técnicos, e;
  • Fornecimento de subsídios para produtores que adotarem medidas preventivas.

O controle do greening é um desafio para a citricultura mundial. Além das ações realizadas pelos órgãos oficiais de defesa sanitária, os produtores também devem contribuir para o controle da doença, adotando o manejo recomendado e incluindo o engenheiro agrônomo responsável pela propriedade.

Para isso, é importante que os produtores plantem e renovem os pomares com planejamento, considerando a escolha de mudas sadias produzidas em viveiros protegidos. 

É necessário, também, que o produtor inspecione os pomares frequentemente, para identificar plantas com sintomas da doença, como folhas amareladas, frutos deformados e queda prematura das folhas. Essas plantas devem ser eliminadas o mais rápido possível, para evitar a disseminação da doença. A adoção dessas medidas é essencial para o controle do greening e a preservação da citricultura.

Vale ressaltar que profissionais também são responsabilizados e podem ser até desabilitados caso desrespeitem a legislação vigente no estado de Minas Gerais ou tenham atuação duvidosa por meio de ações não respaldadas e não autorizadas pelo IMA. Em Belo Vale, o IMA já desabilitou um profissional devido à verificação de inúmeras inconformidades realizadas. Esta foi uma medida de segurança frente ao risco sanitário iminente.  

O IMA está comprometido em combater o greening e proteger a citricultura mineira. Nos casos de suspeita da doença, o produtor deve comunicar ao IMA o mais rápido possível. No site www.ima.mg.gov.br é possível ter acesso aos contatos de todas as nossas unidades espalhadas no estado.

Igor Torres
Assessoria de Comunicação Social
(31) 3915-8705
Instituto Mineiro de Agropecuária

Serra da Moeda – De Paraty para o Vale do Paraopeba

2ª parte

Com a descoberta do ouro em 1695 pelas bandeiras paulistas no interior do território mineiro mais precisamente as margens dos afluentes do rio Piranga nos arredores do arraial de Itaverava dava inicio ao ciclo de ouro no Brasil colônia. A noticia da descoberta do ouro se espalha rapidamente. O Conselho Ultramarino recomenda ao rei de Portugal que restrinja os caminhos que levam às minas ponderando que quanto mais caminhos houver, mais descaminhos haverão.

Mapa Minas Gerais sec.XVIII

O território do ouro ficou cheio de aventureiros vindo de toda parte do Brasil e até do exterior para explorar o metal precioso abundante na região descoberto pelo movimento bandeirismo dos paulistas, pioneiros na exploração do ouro nas terras das Gerais. Itaverava (pedra brilhante) se tornou o primeiro núcleo bandeirante das bandeiras paulistas, onde as fora encontradas as primeiras amostras de pepitas de ouro. E a partir daí, por volta de 1700, as Minas Gerais vai virar um caldeirão de intrigas, conflitos e contrabando em torno da exploração e comercialização do ouro.

Monumento Primeira Pepita de Ouro em Itaverava

Paraty e o Caminho Velho para as minas de ouro

Paraty pela sua localização estratégica ficou sendo o porto seguro da rota do ouro que seria levado para o Rio de janeiro e de lá para Portugal. Em 1698, a Coroa Portuguesa inicia a construção do Caminho Velho que ligaria Paraty a Ouro Preto. Esse caminho que levou seis anos para ser concluído passou a ser chamado de Estrada Real. Mais tarde, um depois a estrada foi desviada e um novo caminho foi construído, chamado de Caminho Novo que levava o ouro diretamente para o Rio de Janeiro. (O Caminho Novo  tornou-se uma rota mais curta para chegar ao Rio Janeiro)

Mapa da Estrada Real

A Casa do Registro ou Casa dos Quintos

Bom, era de se esperar que Paraty fosse o lugar mais movimentado da Coroa em virtude do aumento do transito em virtude do transporte de grande quantidade de ouro que seriam transportados pelos lombos dos burros e das carroças vindos da região aurífera de Minas Gerais. Em 1703 no alto da serra, é criada a primeira Casa de Registro do Ouro (Carta Régia de 9 de maio) para controlar e fiscalizar o fluxo do ouro em Paraty (a mesma instalada na chegada de Ouro Branco que erroneamente (sic) é chamada Casa de Tiradentes). Pois bem, mesmo com a instalação das Casas dos Quintos pelo caminho para evitar a sonegação de impostos não demorou muito aparecer os sonegadores, bandos de falsificadores que passaram a dar muita dor de cabeça a Coroa Portuguesa no inicio do sec.XVIII. Carta enviada ao rei de Portugal relatando os descaminhos em Paraty forçou a Coroa reforçar a fiscalização e punição severa aos contraventores que partiram as pressas de Paraty encontrando um território fértil nas fraldas do Espinhaço no Vale do Paraopeba, lugar ideal para a construção da fortaleza da primeira fabrica de falsificação de cunhagens de moedas de ouro do Brasil, bando de falsificadores sob a liderança de Inácio Ferreira de Souza.

Carta relatando os descaminhos do ouro em Paraty ao rei de Portugal

Carta do governador do Rio de Janeiro, Luiz Vahya Monteiro, para a Sua Majestade relatando que quando de sua visita à parte sul da Vila de Parati encontrou Manuel Dias de Meneses, provedor do registro, estando ele sem exercício efetivo por não ter como evitar os descaminhos do ouro. Diz ter solucionado em parte o problema com o envio de soldados para guarda do posto de fiscalização. Acrescenta que existem fraudes realizadas por pessoas que não pagam o imposto devido em função de desavenças entre autoridades locais. Diante desta realidade, a Coroa Portuguesa passou ter mais soldados e funcionários públicos para combater esses descaminhos do ouro, mudar a rota, abrir mais Casas dos Quinto, o que forçou os contrabandistas a fugir de Paraty e buscar outras paradas mais seguras para sonegar e burlar o Quinto.

POR JOÃO VICENTE

Serra da Moeda, uma joia ameaçada

A Serra da Moeda tem esse nome porque é marco do município (de Moeda), no século XVIII, se deu com a abertura de uma fábrica clandestina de cunhagem de moedas, no distrito do que hoje chamamos de Moeda Velha. Ruínas da antiga fábrica de cunhagem de moedas, estrada de pedra construída pelos escravos, pinturas rupestres e todo o ecossistema da serra, fazem parte de um do mais belo roteiro turístico cultural, natural e de aventura em terras mineiras.

Com uma extensão de 70 quilômetros e 1.500 metros de altitude a Serra da Moeda se destaca pela beleza e por apresentar condições favoráveis para a prática do voo livre que atrai principalmente nos finais de semana, pilotos de parapente e asa-delta de diversos lugares do mundo.

Topo do Mundo, na Serra da Moeda, é ponto conhecido de prática de paraglider   Foto:Herbert Cabral/TV Globo 

Para quem prefere se aventurar com os pés no chão, uma das alternativas é caminhar pelas trilhas ecológicas.

Eventualmente, o local ainda conta com atrações diversificadas como cavalgadas e passeio de balão. Em Azevedo, município de Moeda foi descoberto pinturas rupestres e criado o sitio arqueológico, denominado “Jardins das Pedras.”.

Crédito: Rafael Porto

Atualmente, a sociedade civil organizada (ONGs ambientais) trava com as mineradoras uma luta de titãs em defesa da preservação da Serra da Moeda ameaçada pela atividade mineraria.

Ação das mineradoras na Serra da Moeda as margens da BR 040 – Foto: Reprodução/TV Globo

Moeda Velha

Capela São Caetano do século XVIII ao lado ruínas da antiga fabrica de moedas falsas.(foto-blog Entretantos)

São Caetano da Moeda Velha, distrito de Moeda, transformou no passado (sec. XVIII) na primeira fabrica de moeda de ouro clandestina na Capitania de Minas Gerais. “A Serra era chamada de “Serra Paraopeba, mas, com a fabrica de moedas falsa, a serra passou a chamar” Serra da Moeda”. Seus lideres e sócios, Inácio Ferreira e Francisco Borges montaram uma estrutura  rígida, complexa envolvendo escravos,ferreiros,fundidores e um protetor com influência, junto ao governador e ramificações na corte portuguesa. O código de honra era levado a risca e quem quebrava o código era condenado a morte.

Em 1731, a fabrica foi denunciada ao Ouvidor Diego Cotrim que a frente de uma tropa de 200 homens bem armados desceram o Boqueirão da Serra desmantelando todo o bando dos falsários e pondo fim à primeira fabrica de moeda falsa no Brasil Colonial e hoje, essa joia do patrimônio natural e cultural de Minas Gerais está ameaçada pelo empreendimento das empresa mineradoras.

       Trecho da BR-040 atingido pelo rompimento, na manhã de 08 de janeiro de 2022.

Por João Vicente   

Desbravadores de Queluz: Um breve relato das famílias que fundaram no inicio do século XIX cidade da Zona da Mata Mineira

Por João Vicente/ 21/01/2022

Na falta de tanta gente que já partiu para outro plano e que deixaram um legado imensurável sobre a história da formação da ocupação do nosso território (Queluz), como Quincas de Almeida, D.Avelina Noronha, Alex Milagres, Sr. Perdigão, Sr. Romeu Guimarães e tantos outros que ainda continuam escrevendo sobre a nossa história, é que resolvi publicar uma matéria que fala de famílias desbravadoras, que saíram de Queluz e fundaram núcleos urbanos em outros paradas de
Minas no século XIX. Vamos destacar nesta pulbicação a fundação de São João Nepomuceno, cidade que fica na Zona da Mata, próximo de Rio Pomba, cidade dos meus ancestrais materno.

Matriz bicentenária de São João Nepomuceno

Creio que muita gente que mora em Lafaiete não conhece a história da fundação dessa cidade mineira que fica na Zona da Mata e leva o nome do santo tcheco, Jan Nepomucký. O culto a São João Nepomuceno chegou ao Brasil no século 18, quando o Mártir da Confissão foi canonizado, tendo trazido por jesuítas do Leste Europeu. São João Nepomuceno é um dos santos nacionais da Boemia (atual Republica Tcheca). Segundo uma das versões sobre o martírio, ele foi pregador na corte de Venceslau IV em Praga e confessor da rainha sua mulher, mas, ao negar a divulgar os segredos das confissões dela foi morto, depois de ter sido torturado e jogado ao Rio Moldava.

Agora, quem continuar lendo a matéria e se interessar poderá estar se perguntando. Como assim, João? Foi gente daqui de Lafaiete que fundou São João Nepomuceno ?

 Bom, vamos ao ponto e sem delongas.

Capela Nova e Conselheiro Lafaiete (MG)

Essas duas cidades mineiras muito conhecida por todos  nós,  no inicio do sec. XIX, uma era  distrito  e a outra Vila  e foram destas duas cidades que  saíram as famílias desbravadoras e segundo os relatos dos historiadores e pesquisadores são-joanenses, a cidade de São João Nepomuceno foi fundada por famílias de Queluz.

Henriques Pereira Brandão  e Furtado Mendonça

Essas duas famílias chegaram na região de São Joao Nepomuceno no inicio do sec. XIX. O Pe. Jacó Henriques primo do Capitão Marciano Pereira Brandão ( estrategista da Batalha de Queluz) na morte do seu pai herdou a Fazenda Patrimônio e um pedaço terra  em São João Nepónucveno que tem esse nome por causa da imagem que o próprio  padre havia retirado do oratório da Fazenda, imagem  que os seus pais haviam trazidos de Portugal. Jose Antônio Furtado Mendonça que havia comprado terras na região, doou dez alqueires para construir a nova capela em devoção ao santo tcheco. Como podem ver, um queluziense de Capela Nova trouxe o culto do santo padroeiro e o outro da Vila Real de Queluz , doou as terras para construção da nova capela em 1815.

Lenda dos Cavaleiros sobre a  fundação de São João de Nepomuceno

Uma imagem alusiva à “lenda dos três cavaleiros”, que supostamente teriam se encontrado no ponto de construção da capela que originaria a atual matriz são-joanense.( Blog Luis Fontes- SJN)

A lenda dos Cavaleiros é uma lenda associada  à fundação de São João Nepomuceno e segundo genealogista Alcibíades de Araújo Porto Filho,   os fazendeiros fundadores eram descendentes de famílias  originárias da ilha Faial, Açores, arquipélago que fica no oceano atlântico, território autônomo de Portugal na atualidade e que chegaram na zona auríferas de Minas Gerais no inicio do sec. XVIII.

Vizinhos, marcaram um encontro, onde teriam partidos das suas fazenda no mesmo dia e no mesmo  horário dirigindo-se para um mesmo ponto de convergência de suas terras, lugar que seria o ponto definido para construir a nova capela. Ressaltando que nas terras do Pe. Jacó já existia uma antiga capela dedicada a São João Neponuceno. Para os historiadores locais são-joenses, não parece haver comprovação desta história. O certo é que, o largo da Matriz  e as antigas propriedade dos três fazendeiros fazem um grande triangulo do qual surgiu precisamente a cidade de São João Nepomuceno.

Em 1815, houve a doação do patrimônio para a “nova capela de São João Nepomuceno” e seu entorno (mostrada acima em sua versão contemporânea, segundo uma imagem de Marcelo Lima). Abaixo, vê-se a referida carta de doação, feita pelo Guarda-mor José Antônio Furtado de Mendonça e sua esposa, Francisca Maria de São José (foto de Eduardo Ayupe). (Blog Luis Fontes-SJN)

E um dado curioso é que o núcleo urbano são-joanense, em seus períodos mais remotos, ficava exatamente no centro de um triângulo cujos vértices estão situados nas propriedades desses mesmos três fazendeiros (conforme mostra um mapa desta região confeccionado em 1847, onde se veem as fazendas de Manuel Rodrigues de Nazaré (1), José Dutra Nicácio (2)  e do Guarda-mor Furtado de Mendonça (3)).Abaixo. (Blog Luis Fontes-SJN)

De qualquer modo, e pondo à parte essa “lenda dos cavaleiros” o que se conclui de concreto é que a doação do patrimônio para a “nova capela” são-joanense de fato se deu em 1815 e sua fundação é dedicada ao queluziense nascido no arraial dos Campos dos Carijós ( ex.Queluz e atual Cons.Lafaiete) e batizado na capela Nossa Senhora da Glória( Carnaíba), filial da Matriz Nossa Senhora da Conceição do arraial Campos dos Carijós, o Guarda-Mor Jose Antônio Furtado de Mendonça. E, por este motivo, a Cidade Garbosa de  São João Nepomuceno,   em 16 de maio de 2015 dia do padroeiro, SJN comemorou o bicentenário de  sua fundação simbolicamente.

logomarca (de autoria de Isabella Picorone) dos 200 anos da fundação de S. João Nepomuceno, celebrados em 2015 (Blog Luis Fontes-SJN)

Bom, espero que tenham gostado da matéria e para saber mais do tema ,entre no blog Luís Fontes , história de São João Nepomuceno e  leiam o livro da História e Genealogia de Capela Nova das Dores  do Pe. José Duarte de Souza.

GARIMPANDO NOTÍCIAS 58

Avelina Maria Noronha de Almeida

[email protected]

BARÃO DE QUELUZ 2 (CONTINUAÇÃO)

O BARÃO DE QUELUZ E A IRMANDADE DE SANTO ANTÔNIO

Foto: Imagem de Santo Antônio da Igreja de Santo Antônio em Conselheiro Lafaiete

MAS  QUAL  SERIA A LIGAÇÃO  DA IRMANDADE COM  O BARÃO DE QUELUZ?

Igreja de Santo Antônio em Conselheiro Lafaiete

No alto de uma colina, a igrejinha de Santo Antônio, localizada no local chamado, nos tempos passados, de Morro   das Cruzes, recentemente, voltou ao nome  do logradouro de alguns tempos passados: LARGO DE SANTO ANTÔNIO.

Este novo endereço do local está noticiado no Correio de Minas e abaixo transcrevo um trecho

“Resgate: região histórica passa ser denominada de Largo Santo Antônio

Por Redacao – 4 de agosto de 2018, 14:30

A Câmara de Lafaiete aprovou esta semana um projeto de lei que denomina de Largo de Santo Antônio o espaço público situado no entorno da Igreja de Santo Antônio, tombada pelo Município de Conselheiro Lafaiete como patrimônio histórico, que compreende a área que se inicia na confluência com as ruas Coronel João Gomes, Comendador Baêta Neves e Desembargador Dayrell de Lima, passando pela confluência com a Alameda Oswaldo Cruz e a confluência com a rua Doutor José Lopes de Assis, e termina além da confluência com a Alameda João Augusto Costa.”

            A origem daquela igreja é por volta de 1741, quando  um missionário chamado Frei Jerônimo benzeu aquele pedaço de terra, no Morro das Cruzes, para que ali fosse construída a igreja da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Passado bastante tempo e a  igreja não sendo construída, o capitão Manoel de Sá Tinoco requereu e obteve, a 14 de março de 1751, de Dom Frei Manoel da Cruz, primeiro bispo de Mariana, provisão para erigir e construir um templo em homenagem a Santo Antônio.

E QUANDO ENTRA NA HISTÓRIA DO TEMPLO O BARÃO DE QUELUZ!

Em 16 de outubro de 1870 foi fundada  a  IRMANDADE  SANTO ANTÔNIO DE  QUELUZ,  tendo como seu primeiro PROVEDOR  o ilustre BARÃO DE QUELUZ. Para que se veja significação importante do fato, a referida Irmandade, na data da fundação, 1870, além do  registro de muitos queluzianos (da sede e dos distritos), teve também  de  outras cidades: Taubaté – Província de São Paulo; Juiz de Fora; Corte, Rio de Janeiro; Taubaté; Termo; Barbacena e Pomba.

Aquele princípio abençoado por Santo Antônio frutificou, está forte e   atuante até nos dias de hoje. Depois de 150 anos de fundação, a Irmandade ainda hoje é um marco de Religiosidade, Fé, Oração, Ação Comunitária, Cultura e importante local de Turismo Religioso em Conselheiro Lafaiete.

Como o BARÃO DE QUELUZ tem   muitos descendentes residentes em Conselheiro Lafaiete, inicio um RESUMO da genealogia BAÊTA NEVES escrita pelo grande genealogista ALLEX ASSIS MILAGRE:

GENEALOGIA DE JOAQUIM LOURENÇO BAÊTA NEVES

           JOAQUIM LOURENÇO BAÊTA NEVES, o filho, (BARÃO DE QUELUZ 2), nascido em Queluz, a 25 de julho de 1834, e batizado na ermida de São José, da fazenda do “Alto da Varginha”, casou-se, em 26 de agosto de 1861, com sua prima Maria da Conceição Baêta Neves  e tiveram os seguintes filhos:

1 – MARIA JOSÉ BAÊTA NEVES, nascida por volta de 1862 e falecida a 9 de janeiro de 1902. Casou-se com Joaquim Camillo Baêta Neves. Tiveram os seguintes filhos:

1 – Melanie Baêta Neves, nascida a 8 de agosto de 1883.

                        2 – Maria da Conceição Baêta Neves,  “Marocas”.

3 — Leônidas Baêta  Neves, nascido em 16 de abril de 1886 e falecido a 30 de abril de 1932. Casado com Antônia Lúcia Chaves, filha de Pedro Teixeira Chaves e de Maria Ritta Chaves. Tiveram quatro filhos.

1 –  Sylvio Baêta Neves, nascido a 3 de março de 1887.

2 – Gastão Camillo Baêta Neves, nascido a 20 de maio de 1888.. Faleceu solteiro a 17 de dezembro de 1907.

3 –  Alexis Baêta Neves, casado, em 30 de março de 1932, com Anna Teixeira Chaves.

NO PRÓXIMO ARTIGO COLOCAREMOS A GENEALOGIA DOS OUTROS FILHOS DO BARÃO.

Em artigo, Juiz Dr. José Aluísio, faz uma reflexão sobre Dia Nacional do combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes

Leia uma crônica do Juiz de Direito, José Aluísio Neves da Silva, titular da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Conselheiro Lafaiete.

“18 de maio de 1973. Araceli Cabrera Sanchez Crespo, 08 anos de idade, sai mais cedo da escola para levar uma encomenda para sua mãe. Foi vista pela última vez quando brincava com um gato em frente a um bar em Vitória – ES.

Juiz Dr. José Aluísio / DIVULGAÇÃO

Raptada, violentada sexualmente sob efeito de droga, teve o corpo desfigurado por ácidos e foi carbonizada. Seu corpo foi encontrado seis dias após em um matagal.
Em homenagem à jovem vítima esse dia passou a constar do calendário lamentável das atrocidades humanas como “Dia Nacional do combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes”.
Dante Michelini de Barros e Paulo Constanteen Helal, de famílias de destaque em Vitória-ES, pessoas que costumavam realizar festas em um apartamento e para levavam meninas de faixa de idade semelhante a Araceli, pelo que se noticía, foram a julgamento como autores do bárbaro crime e condenados a dezoito anos de prisão. Em recurso interposto em favor de ambos, o julgamento foi anulado pela instancia superior e um novo Juiz, presidindo o feito, depois de vários anos de tramitação do processo, entendeu que não havia prova bastante pra a condenação, pelo que absolveu os acusados.
O relato acima tem razão de ser posto aqui pois que, com certeza, muitos hoje adultos e outros jovens, provavelmente, não tem conhecimento do trágico fim de uma criança de apenas oito anos de idade em razão da desmedida maldade de seres humanos, com certeza adultos, e que conseguiram se esconder de forma tal que se livraram da tutela da lei penal que deveria lhes cair de forma pesada sobre os ombros.
É preciso relembrar, nesta data, esse acontecimento que envergonha a raça humana para, agora, comentar sobre o como e porque se deve fazer o combate que consagrou o dia de Araceli.
O artigo 227, em seu caput, da Constituição Federal impõe ao Estado Democrático de Direito:
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade. o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
O artigo 5º do Estatuto da Criança e do Adolescente, reafirma a norma constitucional e acrescenta que as violações a todos esses objetivos e, então, aos seus direitos fundamentais, poderá ocorrer não só pela ação positiva, pelo agir dos agentes, mas também pela forma omissiva, isto é, pelo não agir desses mesmos agentes .Se por um lado não podemos agir (fazer) , cometer atos em desfavor das crianças e adolescentes, ao jovem em geral, não é menos verdade que não podemos nos omitir, deixar de fazer, em favor delas quando qualquer ameaça aos seus direitos estiver em curso.
Muitas vezes, o agir em favor dessas crianças e adolescentes não reclama atitude física qualquer, mas tão somente o noticiar às autoridades competentes. É preciso lembrar, afinal, “quem não denuncia também violenta”.
Bem. Vejamos algumas questões relativas à violência, o abuso e a exploração sexual cujas vítimas são os seres humanos mais fragilizados e, na maioria das vezes, incapazes de reagir à sanha facínora de seus agentes.
No Brasil, estatísticas mostram que mais de 90% dos agressores sexuais são pessoas conhecidas das vítimas e próximo desse número do próprio grupo familiar dela. Normalmente as técnicas utilizadas para conseguir o objetivo exigem mostre o agente um perfil sedutor, buscando um vínculo de confiança, as vezes se aproveitando de relação afetiva existente ou que busca criar. Faz a vítima acreditar que tudo não passa de uma brincadeira, um jogo e, fortalecendo o vínculo, se sente à vontade e adquire segurança necessária para passar ao próximo passo de sua investida. Inicia, então, os atos preliminares da violência ao dividir segredos muitas vezes íntimos e, dessa forma, rompendo possíveis barreiras ainda existentes na frágil e indefesa vítima. Insegura, aceita os argumentos de que se revelados os segredos aos seus pais, estes ficariam bravos sugerindo a ocorrência, pois, de castigos que seriam impostos. Quando os agentes são os pais ou outros familiares bem próximos, apelam eles até para a ameaça de violência física para conseguir seu objetivo, quando não efetivamente a praticam.
À evidência, indiscutível que projetos técnicos, financeiros e políticos de inciativa dos governos democráticos, são indispensáveis como parâmetros de proteção às crianças e adolescentes em situação de risco sexual. Não basta, porém, a elaboração de tais projetos se a sociedade, a família, a escola, as instituições públicas como um todo, as entidades privadas, as igrejas, as instituições de atendimento, a mídia e os profissionais de áreas afins não fizerem sua parte nesse projeto de proteção. A rede, digo eu, é infinita na medida que exige de nós, seres humanos, individual e coletivamente, nos dedicarmos a termos atenção na escalada dessa violência. Compete a cada um de nós sermos presentes e não omissos nesse processo mundial que visa preservar a integridade física e psicológica de nossas crianças e adolescentes.
Os primeiros contatos da criança com a coletividade, acredito, são com a família e com a escola. Daí a preparação inicial para a convivência com toda a raça humana. Esses primeiros passos, então, hão de ser cautelosos, previdentes, a exigir dedicação e conhecimento dos pais e dos mestres para que os obstáculos naturais sejam vencidos de maneira a formar na criança uma personalidade segura para atingir uma adolescência com o mínimo risco de ser afetada pelos facínoras infelizmente ainda presentes na raça humana. A participação, no entanto, desses educadores primeiros, não podem afetar o curso natural do crescimento de cada criança dentro de suas próprias características pessoais e influenciada pela índole de seus antepassados. Cada ser humano traz na sua individualidade natural o indicativo de quem será ele no futuro. Não se trata aqui de aplicação intransigente da conhecida máxima “é de menino que se torce o pepino”, mas de uma modulação necessária de forma a preparar as crianças para enfrentarem a vida em comum com seus pares conhecendo os caminhos do bem e do mal.
A convivência familiar harmônica, educada, honesta, honrada e com uma criação com limites necessários, com suporte no diálogo, no afeto, na confiança, no amor, na espiritualidade cristã, protege os filhos (as) e os orienta a trilhar o caminho certo. Não basta aos pais, porém, as palavras senão os gestos e ações que bem demonstram não ser aquelas vãs e descompromissadas com o futuro.
Dos pais se exige atenção permanente no desenvolvimento das criança no dia a dia. Ainda no sei da família a educação impõe a informação, sexual inclusive, posto que nos dias atuais ela verá, por todos os meios, atos, gestos, cenas, palavras, diálogos sobre o tema e, muitas vezes vindas de pessoas despreparadas ou maliciosas além de outras com objetivos escusos. É importante fazer ver a elas que o contato físico puro é natural entre os seres humanos, é importante que ocorram como manifestação de afeto e carinho. No entanto, é preciso também que saibam, e melhor fonte de informação não existe que a familiar, de que no futuro esse contato físico terá viés sexual, o que também é absolutamente natural e necessário, mas sem a eiva do abuso, da exploração e, ao fim, da violência.
É em casa que é dado conhecer as crianças e os adolescentes que não devem se expor de forma a provocar a sanha dos “malditos”. Cautela e prudência no uso das redes sociais de forma a não postar fotos íntimas, não conversar com estranhos sobre sua intimidade , seus desejos, sua vida privada e de seus pais, principalmente quando seu interlocutor tem idade não compatível com a vida de juventude, posto que pode sugerir intenções maliciosas. Informar sobre sua rotina fora de casa como ir para escola, onde ela se localiza ou a casa de amigos e parentes, não tem razão para ocorrer e só pode indicar interesse duvidoso do interlocutor.
Indícios de que a criança ou o adolescente necessita da atenção e presença dos pais em face de possíveis problemas na seara sexual emergem por vezes e devemos estar atentos. Alguns deles podemos mencionar mas, é certo, não se esgotam nessa lista: comportamento sexual inadequado para a idade, brincadeiras sexuais com amigos, insegurança excessiva, vergonha, isolamento, o evitar contato físico natural, alegria em determinados momentos e fechamento sem causa em outros, agressividade, fuga de casa e baixa autoestima, são sugestivos de estar sofrendo qualquer tipo de violência.
A escola, a seu turno, local da produção e circulação de conhecimento, deve estar atenta a qualquer anormalidade no comportamento dos jovens ali presentes diariamente. Afinal a convivência com eles é contínua. Assim como os pais, é preciso conhecer para proteger e ensinar. As crianças e adolescentes ali estão, e certo, pela confiança irrestrita dos pais de que serem cuidadas como filhos e filhas e a responsabilidade dos mestres é encaminha-las a um futuro seguro não só lhes transmitindo o conhecimento precípuo de sua atividade mas também aqueles necessários à formação integral. Qualquer sinal indicativo de possível violência sexual, e os indícios acima servem também para essa família “institucional”, precisa ser de pronto verificada.
A violência sexual pode causar, além de dores físicas, o dano psicológico por vezes irremediável, levando o (a) jovem, em face do trauma adquirido, principalmente quando seus algozes são membros da família ou amigos próximos, a seguir o nefasto caminho das drogas, à depressão, ao suicídio, ao trancamento absoluto de qualquer relacionamento sentimental. Nessa esteira, o desenvolvimento físico, emocional, intelectual, a personalidade, a afetividade e seus valores pessoais, sofrerão também as consequências das agressões perpetradas em seu desfavor.
A criança e o adolescente não se prostituem, mas são levadas a isso, muitas vezes porque abusadas e, após, exploradas sexualmente.
O tema em questão precisa ser amplamente debatido e, à guisa de informação, destacamos que o projeto “Promenino”, por Yuri Kiddo, listou algumas musicas como forma de incentivar o debate e a reflexão necessárias sobre ele:
Michael Jackson – “Do you know where your children are”
MV Bill – “testemunha ocular”
Titãs – “Pedofilia”
Nenhum de Nós – 1987 – “Camila, Camila”
Korn – 1994 – “Daddy”
Nirvana – (Nevermind -1991) – “Polly”

Discursando, por escrito, sobre o tema “Abuso sexual infantil, exploração sexual de crianças, pedofilia: diferentes nomes, diferentes problemas?” Laura Lowenkron, Doutoranda em Antropologia do Museu Nacional (UFRJ), destaca:
“… em que sentido entendo a violência sexual contra criança como fenômeno contemporâneo. Observa-se, nas últimas décadas, uma explosão discursiva em torno do tema, acompanhada da censura ao “silêncio” entendido como “omissão” e “conivência”. Frente a essa nova tagarelice a ao aumento de denúncias, aparecem duas possibilidades de interpretação: uma mais pessimista, que acredita que estamos vivendo uma “epidemia” de “abusos sexuais” de crianças e outra mais otimista, que considera que a maior visibilidade não decorre do aumento repentino de atos, mas da ruptura do antigo “tabu do silêncio”…”.
De qualquer maneira, acredito, talvez pela publicidade antes comprometida por razões diversas, tenho que o crescimento do abuso faz parte do crescimento de uma sociedade conturbada pela perda de valores mais tradicionais e desvios de conduta muita vez como consequência da própria facilidade de comunicação nos dias atuais. Lado outro, tenho que a consciência de muitos se viu despertada pela necessidade de conter o avanço de tais agressões, pelo reconhecimento da responsabilidade de todos nós de forma a quebrar mesmo esse pacto surdo de silêncio.
Finalizo destacando que a Convenção sobre os Direitos da Criança (Instrumento de Direitos Humanos mais aceito na história universal), diz, resumindo, em seu preâmbulo, que são princípios proclamados na Carta das Nações Unidas, a liberdade, a justiça e a paz no mundo e fundamenta-se no reconhecimento da dignidade inerente e dos direitos iguais e inalienáveis de todos os membros da família humana. E prossegue dizendo que conscientes os povos das Nações Unidas reafirmam sua fé nos direitos fundamentais do homem e na dignidade e valor da pessoa humana.
Muito mais que uma carta e das intenções ou compromissos nela postas pelas Nações, no coração, na alma e na mente de cada ser humano deve estar inserida, definitivamente, a certeza do compromisso da conduta de cada um em prol do bem de toda humanidade.

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