Litro da gasolina pode subir mais R$ 0,45 em Minas entre junho e julho

Os consumidores podem preparar o bolso. Dois fatores devem fazer a gasolina ficar mais cara entre junho e julho em todo o país. Especialistas estimam que, em Minas, o combustível poderá subir ao menos R$ 0,45. 

O litro da gasolina poderá ter um reajuste de R$ 0,22 por causa do retorno integral dos tributos federais e mais R$ 0,23 de aumento devido à nova alíquota do ICMS, o imposto estadual. Ou seja, R$ 0,45 a mais do que é cobrado hoje nas bombas.

O primeiro motivo para a elevação é a mudança da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), imposto estadual que incide sobre os combustíveis e que hoje tem valores diferentes em cada Estado. 

A partir de 1º de junho, a alíquota do ICMS sobre a gasolina será a mesma para todo o país e com um valor já definido: R$ 1,22 por litro. A decisão, tomada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária após acordo entre os governos estaduais, já foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).  

Mas, atualmente, os mineiros pagam um valor menor de imposto do que R$ 1,22. Para cada litro de gasolina, atualmente é cobrado R$ 0,99 de ICMS em Minas. 

“Alguns Estados têm as alíquotas superiores, como é o caso do Amazonas (20%) e do Piauí (23%), que é a maior do país. Mas a questão é que a grande maioria tem alíquotas de até 18%. Hoje, 18% do preço médio da gasolina, que está em R$ 5,50, dá 99 centavos. Com o ICMS agora fixo, de R$ 1,22 por litro, teremos um aumento médio de uns 23 centavos”, explica o economista do Observatório Social do Petróleo, Eric Gil Dantas.

E além desta possibilidade de aumento de R$ 0,23 no litro da gasolina em Minas por causa do ICMS, o segundo motivo que pode elevar o preço nos postos é o retorno integral dos impostos federais sobre os combustíveis – PIS, Cofins e Cide – a partir de 1º de julho. 

No ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro zerou as alíquotas dos tributos federais para a gasolina, etanol, diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha, numa tentativa de forçar a redução dos preços pouco antes do período eleitoral. A medida tinha validade até 31 de dezembro de 2022.

Mas, no início deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu prorrogar por dois meses a desoneração dos impostos, mas prevendo a volta parcial da cobrança a partir de março para a gasolina e para o etanol e o retorno integral para os dois combustíveis a partir de julho. Os outros combustíveis só voltam a ser onerados em 2024.

Antes da desoneração, os tributos federais representavam R$ 0,69 por litro de gasolina. Em março, quando eles voltaram a incidir parcialmente sobre o combustível, a gasolina teria um aumento de R$ 0,47. Os outros R$ 0,22 só seriam cobrados com o retorno integral dos tributos. 

Mas na época, a Petrobras decidiu reduzir o preço do combustível em R$ 0,13 nas refinarias, o que provocou um impacto menor nas bombas. Assim, a gasolina para o consumidor final subiu R$ 0,34, em vez de R$ 0,47.   

Mas com a volta total da cobrança dos impostos federais, a partir de julho, a gasolina pode ficar R$ 0,22 mais cara, caso a Petrobras não reduza o preço do combustível de novo para tentar minimizar o aumento para o consumidor final. Mas hoje, o valor da gasolina está 4% defasado em relação ao mercado internacional.

“Seria uma alta de 4% em junho e depois mais uma de 5% em julho. Seria de 9% o aumento acumulado nestes meses”, explica a estrategista de inflação da Warren Investimentos, Andréa Angelo. 

Projeto do ICMS discutido no Senado reduz preço da gasolina em R$ 1,65

Governadores manifestaram preocupação com o parecer do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, lido ontem no plenário pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que estipula teto de 17% para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre os combustíveis e a energia elétrica. O senador apresentou seu relatório, que, apesar de acatar parcialmente pedidos feitos pelos gestores estaduais, manteve a espinha dorsal da matéria aprovada pela Câmara. A expectativa de Bezerra é que a proposta reduzirá o preço da gasolina em R$ 1,65 e o diesel em R$ 0,76. Ele acredita que será possível votá-la na próxima segunda-feira.

A investida do governo para tentar reduzir o preço dos combustíveis deve custar, de largada, R$ 46,4 bilhões aos cofres públicos. Segundo o parlamentar, essas estimativas levam em consideração os efeitos do PLP, além das propostas de emenda à Constituição (PEC) anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro, que preveem compensação aos estados que zerarem a alíquota do ICMS sobre o diesel e o gás de cozinha.

O custo total do pacote foi estimado inicialmente em R$ 46,4 bilhões, sendo R$ 29,6 bilhões fora do teto de gastos, a regra que atrela o crescimento das despesas à inflação, caso o Congresso autorize. Os outros R$ 16,8 bilhões são estimativas de renúncias do que o governo federal vai abrir mão de receitas ao zerar tributos federais sobre a gasolina. Os valores podem subir com alterações feitas pelos parlamentares. O teto para a equipe econômica é de R$ 50 bilhões
“Os governadores continuam com muitas críticas sobre a efetividade, se vai dar os resultados que o governo federal acredita. Eles entendem que vão ter redução de receita muito expressiva. Os estados falam que vão perder R$ 115 bilhões, e o governo federal, por meio da Secretaria do Tesouro, fala que as perdas são na ordem de R$ 65 bilhões. Por isso, o governo e a Câmara acreditam que os estados podem suportar as perdas”, disse Bezerra.

Em reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um grupo de governadores chegou a pedir mudanças na compensação. Após o encontro, gestores reafirmaram que mexer no ICMS não resolverá a escalada de preços dos combustíveis. Enfatizaram, também, que alguns estados não vão conseguir gerir as perdas arrecadatórias em setores como saúde, segurança e educação.
O senador Carlos Portinho (PL-RJ) conseguiu ontem o número necessário de assinaturas para protocolar a chamada PEC dos Combustíveis, proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). Eram necessárias 27 assinaturas, o que corresponde a um terço do número de senadores. A PEC 16/2022 foi anunciada pelo presidente como maneira de compensar os governadores pela perda de arrecadação do ICMS em caso de aprovação do PLP 18/2022.
Bezerra também é relator da PEC dos Combustíveis. Segundo ele, a ajuda aos estados será de R$ 29,6 bilhões. Para receber o auxílio, as unidades da Federação devem adotar pré-requisitos, que são zerar a alíquota do ICMS para o óleo diesel combustível, gás natural e o gás de cozinha e reduzir a 12% o etanol hidratado nos combustíveis. Também são condições aos estados renunciarem a qualquer tipo de indenização em ações contra a União.

“A PEC dos Combustíveis vai abrir o espaço para compensação aos estados que queiram zerar as alíquotas de GLP e de diesel. […] A outra PEC, que é da minha autoria, a PEC do etanol […] no momento que está se reduzindo as alíquotas em função da essencialidade dos produtos e dos serviços, se procura manter a competitividade dos combustíveis sustentáveis”, explicou Bezerra.
O relator está otimista com a votação na segunda-feira. “A conta não será exclusivamente paga pelos estados. O sacrifício desses entes federativos não poderia passar sem que a União desse a sua contrapartida. Essa é, a nosso ver, a grande contribuição do Senado para a proposta”, garantiu.
Bezerra reconheceu que há parlamentares que defendem outros caminhos (como a criação de fundo de equalização usando recursos de dividendos da Petrobras), mas lembrou que a redução da carga tributária é uma solução que vem sendo adotada por outros países. “Esse projeto tem capacidade de reduzir o IPCA em 2 pontos porcentuais até o fim do ano. Assim, o Brasil poderá ter inflação menor que a dos Estados Unidos, depois de muito tempo ao longo de sua história. Usar a redução da tributação não é invenção brasileira. É algo que vem sendo adotado em muitos outros países”, alegou.

PERDA DE ARRECADAÇÃO

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse que a proposta relatada por Bezerra põe “o paciente para tratar o médico” ao colocar o ICMS como responsável pela alta dos combustíveis, e não a Petrobras. Disse, ainda, que o texto retira recursos da saúde, da educação e da segurança para garantir altos lucros da estatal, das importadoras de petróleo e das distribuidoras.
“O ICMS sobre o óleo diesel está congelado desde novembro do ano passado, quando o combustível estava custando R$ 4,90. Hoje, já está a R$ 7. Essa diferença foi para o bolso de quem? O consumidor se beneficiou? Claro que não. Obviamente, todos querem a redução dos preços, mas o problema é escolher o caminho mais eficaz para esse objetivo. Esse caminho escolhido pelo governo não trará benefícios aos cidadãos”, avalia.

O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) fez duras críticas à proposição, classificada por ele como “algo horrível”. Segundo o parlamentar, a média das alíquotas do ICMS sobre diesel e gás de cozinha já é de 17%. Portanto, o impacto maior vai ser somente na gasolina e no etanol, cujas alíquotas podem passar até um pouco dos 30%, conforme o estado. “Isso é uma improvisação, sem nenhum cálculo e benefício imediato. Em 1º de janeiro do ano que vem, volta tudo como está. Estamos muito perto de votar algo simplesmente horrível. Uma improvisação e um oportunismo eleitoral, com total ausência de planejamento. É claro que eu quero que os impostos abaixem, mas não dessa forma”, afirmou. (Com agências)

Urgente! Gasolina tem novo reajuste e fica mais cara a partir de junho

No mês de maio, a gasolina teve um aumento de 0,67%, de modo que o preço médio cobrado nas bombas chega a R$ 7,54. Já o etanol fechou o mês custando R$ 6,12, uma alta de 3,14% em relação ao mês anterior. Os dados foram apurados pelo Índice de Preços Ticket Log (IPTL).

É importante explicar que o IPTL é um índice de preços de combustíveis apurado com base nos abastecimentos realizados em 21 mil postos credenciados da Ticket Log. A marca atua na gestão de frotas e soluções de mobilidade da Endenred Brasil.

De acordo com o diretor-geral de Mainstream da Divisão de Frota e Mobilidade da Endenred Brasil, Douglas Pina, o preço do diesel já bateu a sexta alta seguida, sem qualquer recuo nas últimas semanas em nenhum estado brasileiro. Porém, no início de 2022 o combustível estava 29% mais caro que agora, contra 53% de alta em 2021. 

De acordo com o levantamento feito pela Ticket Log, nenhuma região brasileira apresentou um recuo no preço dos combustíveis comercializados, desde a gasolina, ao álcool, diesel e etanol.

Neste cenário, o Nordeste lidera o ranking com o maior valor médio para gasolina vendida a R$ 7,65, preço que representa uma alta de 0,8% em comparação ao mês anterior. A menor média foi registrada apenas na região Sul, onde o litro é vendido a R$ 7,19. 

Por outro lado, o menor preço para o litro de etanol em todo o Brasil se encontra na região Centro-Oeste, onde é comercializado a R$ 5,67, indicando um reajuste de 1,58%. No geral, o maior valor identificado para este combustível foi na região Sul, que encerrou o mês com uma alta de 3,13% a R$ 6,30. 

De acordo com o último IPTL, no atual fechamento de mês o etanol mostrou ser a opção mais vantajosa para estabelecimentos nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Assim, nota-se um cenário distinto ao início de 2022, no qual esta condição era observada somente em Goiás e Mato Grosso.

Preço da gasolina deve sofrer novo aumento nos postos de combustíveis

Segundo a  Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), apesar dos reajustes nos preços da gasolina e do diesel que foram divulgados pela Petrobras na última quarta-feira (12), os valores ainda seguem defasados no mercado interno. Esta situação impede a importação dos derivados de petróleo.

De acordo com a Abicom, a gasolina ainda está, em média, 6% abaixo do preço encontrado no mercado internacional. O mesmo acontece com o óleo diesel, que está com valor 7% abaixo do encontrado em outros países.

Para tentar diminuir essa defasagem, a Petrobras teria que divulgar novas altas no preço dos combustíveis. O valor médio de venda nas refinarias deveria subir em R $0,19 para a gasolina e R $0,25 para o diesel a fim de equipará-los com os preços encontrados no mercado externo.

Segundo o que foi informado na última quinta-feira (13) pela Ativa Investimentos, ainda existe espaço para que a Petrobras possa aumentar o preço da gasolina. Mesmo após o anúncio da última revisão de preço, a companhia ainda poderia subir os valores em mais de 5%, cerca de R $0,15.

Após o mercado externo dar indicações de que o preço do petróleo deve se manter em um patamar elevado, a Petrobras reajustou, na última quarta-feira (12), o valor da gasolina em 4,8% e o do óleo diesel em 8%. O barril de petróleo segue com valor elevado de cerca de US $80.

Na manhã desta quinta-feira (13), os contratos da commodity para o mês de março eram negociados a R$84,59 o barril. A Petrobras afirma que mantém paridade com os preços de importação (PPI), porém os reajustes nos preços só ocorrem quando há mudança estrutural e não conjuntural.

Saiba as regiões do Brasil com menores preços da gasolina e do óleo diesel

Quando comparamos os preços da gasolina nos postos de cada região do Brasil, o preço mais alto registrado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e de Biocombustíveis (ANP) pode ser encontrado na região sudeste.

A média encontrada nos postos desta região foi de R $7,40 por litro do combustível. Porém, na região sudeste também foi onde a ANP encontrou os valores mais baixos no mercado, custando R$5,29 o litro, mostrando que esta região é a que possui maior variação.

O óleo diesel mais caro foi encontrado na região norte, custando cerca de R $6,70 o litro. Já o valor mais baixo do litro do óleo diesel foi encontrado na região sudeste, custando R $4,69 o litro.

Projeto de Lei visa estabilizar o preço dos combustíveis em todo o Brasil

No final do ano passado, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou o Projeto de Lei (PL) 1.472/2021, que cria um programa de estabilização do preço dos combustíveis. O projeto visa conter a alta nos preços dos barris de petróleo no Brasil, contendo também a alta no valor do combustível nos postos.

O texto aprovado permite que o Executivo regulamente a forma de estabelecer limites para a variação no preço da gasolina e de outros combustíveis. Assim, por meio do uso de bandas de preços do combustível, é definida a frequência de reajustes e também os mecanismos de compensação.

2022 começa com aumento da gasolina e diesel

A Petrobras anunciou nesta terça-feira, 11, que fará um novo reajuste nos preços da gasolina e do diesel vendidos em suas refinarias. O aumento terá validade a partir da próxima quarta-feira, 12.

“Após 77 dias sem aumentos, a partir de amanhã 12/01/2022, a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras. Os últimos aumentos ocorreram em 26/10/2021 e, desde então os preços praticados pela Petrobras para a gasolina foram reduzidos em R$ 0,10 litro em 15/12/2021, e permaneceram estáveis para o diesel”, explicou a empresa em um comunicado.

Em dezembro, a estatal reduziu o valor da gasolina em 3,13% para as distribuidoras, primeiro corte nos preços registrado nos seis meses anteriores.

Segundo a Petrobras, a medida está prevista em sua política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que considera as variações do petróleo no mercado internacional na definição dos valores praticados.

Aumento

Com o reajuste, o litro da gasolina passará de de R$ 3,09 para R$ 3,24. “(…) a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,26, em média, para R$ 2,37 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,11 por litro”, afirmou.

Já o diesel subirá de R$ 3,34 para R$ 3,61 o litro. “(…) a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,01, em média, para R$ 3,25 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,24 por litro”, completou.

Gasolina pode chegar a R$ 5 e botijão de gás R$ 65,00. Confira!

Existe um projeto de lei do senador Rogério Carvalho estima alterações na política de preços da Petrobras. O texto deve ir para a votação na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal. O foco é reduzir os preços dos combustíveis, como a gasolina e do gás de cozinha para o consumidor.

Gasolina custando R$ 5 e botijão de gás R$ 65? Entenda o projeto

Atualmente, a Petrobras tem regras que atrelam as suas cotações ao mercado internacional e ao dólar, que são muito sujeitos a flutuações. Nos últimos meses, os combustíveis viraram um dos principais culpados pela alta da inflação no Brasil.

De acordo com Carvalho, “Nossas simulações apontam que o preço do litro da gasolina na bomba poderia alcançar valor em torno de R$ 5 e o gás de cozinha R$ 65, uma redução de 25% em relação ao valor médio atual. Ainda assim, a Petrobras manteria uma margem de lucro de 50%”.

Para Carvalho, o projeto é considera não somente os preços internacionais, mas também os gastos com a produção interna do petróleo, na hora de formar o preço. Além disso, ele quer criar um sistema de bandas que determina os preços mínimos e máximos para os produtos.

O senador explica que “Temos petróleo suficiente para refinar e abastecer o mercado interno e não ficar submetido a um processo deliberado de dolarização da nossa economia, que é uma tragédia. A população ganha em real e tem que pagar em dólar”. O relatório do projeto já está pronto, e aguarda a apreciação, disse o seu relator na comissão, o senador Jean Paul Prates.

Quanto custarão a gasolina e o diesel com o ICMS zerado?

Os estados e o Distrito Federal, na tentativa de controlar a inflação sobre os preços dos combustíveis, confirmaram o congelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre 1º de novembro de 2021 e 31 de janeiro de 2022.

Atualmente, o tributo estadual constitui somente uma porção do preço médio encontrado nas bombas dos postos. Isso porque há ainda a margem destinada aos produtores, incluindo a Petrobras, importadores, distribuidores e revendedores. Lembrando que ela é vinculada as oscilações da alta do dólar e do barril de petróleo.

Como são formados os preços da gasolina e do diesel?

Confira abaixo como é feita a divisão de todos os componentes do preço da gasolina encontrado nas bombas:

  • 10,7%: Distribuição e Revenda;
  • 16,9%: Custo etanol Anidro;
  • 27,7%: ICMS;
  • 11,3%: CIDE, Pis/Pase e Cofins;
  • 33,4% Realização Petrobras;
  • 100%: Total.

No caso do diesel, a constituição dos preços e feita do seguinte modo:

  • 11,1%: Distribuição e Revenda;
  • 13,9%: Custo biodiesel;
  • 16,0%: ICMS;
  • 6,9%: CIDE, Pis/Pase e Cofins;
  • 52,1%: Realização Petrobras;
  • 100% Total.

Qual será o valor da gasolina e do diesel sem o ICMS?

Todos os estados, assim como o Distrito Federal, possuem autonomia para definir a alíquota do ICMS cobrada sobre os combustíveis. Atualmente, ela incide sobre o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), com medição a cada 15 dias pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Em suma, as porcentagens de ICMS não tiveram aumento nos últimos anos. Contudo, com a subida nos preços dos combustíveis, o valor arrecadado pelas unidades federativas tornou-se proporcionalmente mais significativo.

Agora, com a decisão de congelar o ICMS por três meses, mesmo que o preço dos combustíveis suba, os estados e o DF não receberão mais o tributo. Na prática, a expectativa é de redução no preço das bombas, porém a isenção da cobrança não dará fim aos reajustes.

Confira como podem ficar os preços dos combustíveis sem considerar o ICMS:

  • Gasolina


Diesel

Inflação tira ceia de Natal: produtos ficam até 26% mais caros

A alta da inflação em 2021 já se reflete nos preços dos itens que compõem a ceia de Natal. Em suma, um dos produtos mais tradicionais, o panetone, está 25,96% mais caro, conforme uma prévia do levantamento da Fipe. Com base na pesquisa do IPC, até o mês de outubro deste ano, a variação média da cesta de produtos de Natal foi de 5,91%. E assim, o valor total passou de R$ 309,86 para R$ 328,17.

Inflação na ceia de Natal: produtos ficam até 26% mais caros

De acordo com a pesquisa do IPC, a ceia de Natal deve aumentar ainda mais. É dito isso, pois os produtos como o pernil, o lombo e o chester têm tido fortes mudanças nos meses de novembro e dezembro.

De acordo com Marcelo Pereira, analista-técnico da Fipe, “a prévia acaba ficando um pouco defasada devido aos itens que são sazonais. Por exemplo, o lombo, o pernil e o peru têm impacto maior em novembro e dezembro. Por isso, a tendência é que tenha uma alta até o fechamento do índice da cesta, na segunda quadrissemana de dezembro”.

Em suma, a pesquisa da Fipe avalia 15 produtos da ceia de Natal e 11 da lista de outros itens natalinos. Além do panetone (25,96%), tiveram alta de dois dígitos a azeitona verde sem caroço (21,91%) e a caixa de bombom de chocolate (12,83%).

Com relação às carnes, o filé mignon aumentou com 35,17%. Enquanto isso, o bacalhau importado ficou 12,34% mais caro. Já o chester, aumentou 7,27%, assim como o peru. Ademais, a carne suína caiu 9,76%, e o lombo com osso, 0,53%. No entanto, o cenário pode mudar até o fim do ano.

Por outro lado, a proteína de porco pode ser uma opção econômica para a ceia de natal. “Os preços das carnes suínas, que estão com variação negativa no ano, mesmo que subam ainda se tornam bem vantajosos em relação ao bacalhau e ao filé mignon, por exemplo”, avalia Pereira.

Encher o tanque de gasolina já custa quase um terço do salário mínimo

O segundo aumento no valor do combustível em 17 dias, e o décimo primeiro do ano, coloca consumidores em alerta. Em alguns estados o tanque de gasolina equivale a um terço do salário mínimo.

Para encher o tanque dos carros, o brasileiro gasta em média R$355 em gasolina, chegando a um terço do salário mínimo vigente de R$ 1.100. Em Salvador o valor equivale a 74,1% da cesta básica que hoje custa R$ 478,86.

As comparações expressam a alta da inflação e o impacto da economia na vida dos brasileiros. De acordo com o  Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação de outubro no Brasil é a maior desde 1995.

Em 2021 o IPCA-15 acumula alta de 8,34% e comparando aos últimos 12 meses a alta é de 10,34%. Em outubro de 2020 a taxa foi de 0,94%. A elevação foi inesperada, economistas projetavam alta de 0,97% de outubro para setembro e 10,09% na comparação anual. O preço do combustível e da energia elétrica contribuíram para esses índices.

Hoje o litro da gasolina está mais caro que 1kg de arroz de marca renomada. Na segunda (25), quando foi anunciada a última alta, postos de combustíveis registraram filas enormes nos postos de consumidores que queriam garantir o abastecimento antes do repasse de aproximadamente R$ 0,30.

Em busca de frear as altas constantes e revisão da política de preços da Petrobras, Wallace Landim, o Chorão, uma das lideranças dos caminhoneiros autônomos, reforça que “está mantida a paralisação do dia 1º de novembro, se o governo não sinalizar alguma coisa concreta”. 

Preços em alta e alimentos mais caros: quem é culpado pela alta da inflação?

De quem é a culpa pela alta da inflação: do governo ou do que acontece no mundo? De acordo com economistas ouvidos pelo UOL, ocorreu mesmo uma alta mundial no preço dos alimentos e do petróleo. Entretanto, a inflação poderia ser menor se o governo não tivesse contribuído com a valorização do dólar, e adotasse as medidas para diminuir o impacto da alta de preços no mundo.

Alimentos mais caros: quem é culpado pela alta da inflação?

Segundo um grupo de economistas, entre as medidas que o governo poderia ter adotado, estão o uso de estoques reguladores de alimentos, um fundo do petróleo para o setor de combustíveis. Bem como, a maior atuação no mercado de câmbio. Já outro grupo não concorda com essas medidas, já que seriam tentativas de manipular os preços de mercado de forma artificial, com efeito pouco duradouro.

Entretanto, os dois grupos de economistas ouvidos pelo UOL afirmam que, se houvesse menos incertezas sobre as políticas do atual governo, o dólar não teria subido tanto. E por tabela, a inflação seria menor. De acordo com Paulo Guedes, ministro da economia, a inflação está mais alta em todo o mundo. Entretanto…

Inflação subiu mais no Brasil

No Brasil, a alta da inflação foi maior. O IPCA saltou de 4,31%, em 2019, para 10,25%, no acumulado em 12 meses até o mês de setembro. Abaixo, veja os fatores da inflação no Brasil:

  • Dólar: A inflação é puxada pelo dólar, que subiu 25% desde o início de março de 2020. E o dólar deixa mais caro tudo que tem o seu preço definido no mercado internacional, tais como os combustíveis;
  • Combustíveis: Gasolina, o diesel e o etanol mais caros prejudicam outros preços, pois os transportes entram nas contas de custos de todos os setores da economia;
  • Energia: A falta de água levou o governo a acionar as usinas térmicas, que custam mais caro que as hidrelétricas;
  • Alimentos: Os alimentos que já estavam subindo de preços, sofreram outro impacto provocado pelas geadas, que prejudicou a produção de culturas.

O que o governo tinha que ter feito?

Para um grupo de economistas, a inflação é mais forte e mais resistente no Brasil. Em especial, por conta das incertezas sobre a política econômica do governo, bem como pela falta de ações concretas, para segurar a alta dos preços em alguns setores.

De acordo com Roberto Padovani, economistas chefe do banco BV, “A moeda brasileira está descolada dos fundamentos da nossa economia por causa das incertezas políticas. Faltam políticas públicas capazes de ancorar a confiança dos investidores, o que reduz a oferta de moeda estrangeira e mantém o dólar valorizado”.

Ademais, o ex-ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega, “O problema da inflação seria menos sério se o presidente fosse outro. Ele tem participação nisso”. Enquanto isso, Fausto Augusto Junior, diretor técnico do Dieese, “Por que o dólar subiu tanto? Tem a ver com os sinais que o governo brasileiro enviou aos investidores. Se não vem dólar para o Brasil, o dólar sobe e contamina toda economia”.

O que o governo ainda pode fazer?

Em suma, o governo pode parar de improvisar e melhorar a comunicação para reduzir a inflação. De acordo com os economistas, os fundamentos da economia do Brasil justificariam um dólar na casa de R$ 4,70, ao invés de R$ 5,50. Entretanto, as incertezas relacionadas ao compromisso do governo em não elevar os gastos, elevam o risco-país e afastam os investidores estrangeiros.

Ademais, o governo já deveria deixar claro qual é o seu plano para os gastos públicos, e para a inflação, não apenas para 2021, mas também para 2022. Como exemplo, os economistas citam o vai e vem do anúncio no novo auxílio às famílias, que nada mais são, do que projetos improvisados em Brasília.

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